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| Cortella concedeu entrevista à CNN Brasil nos estúdios no canal em São Paulo; na foto, da esq. para a dir., as jornalistas Elisa Veeck e Thaís Herédia e o filósofo. Foto: Reprodução/CNN Brasil |
Um papa é mais que um representante religioso, mas uma figura política com ascendência sobre a sociedade global há séculos. A avaliação é do filósofo Mário Sérgio Cortella, que analisou o processo de escolha do novo pontífice que comandará a Igreja Católica após a morte de Francisco, na última segunda (21).
A conversa com as jornalistas Elisa Veeck e Thaís Herédia vai ao ar neste sábado (26), às 21h, e integra o pacote de conteúdos preparados pela CNN Brasil sobre a morte do papa Francisco e a escolha do novo líder dos católicos com entregas multiplataforma na TV, no portal e nas redes sociais.
Para Cortella, o papa ideal será atento às questões que movimentam hoje a política global, como meio ambiente e imigração. ''Religiosamente e na teologia, não afeta ele ser assim ou assado. Mas, na presença como vida na sociedade, isso importa'', afirma. ''Um papa enfraquecido seria extremamente danoso se imaginamos tudo que precisará ser enfrentado''.
O filósofo também cita desafios como governos autoritários em países de forte presença católica, usando como exemplo as Filipinas. ''Aí você tem estruturas que já foram mais autoritárias, e não têm tanto esse enfrentamento. Pode haver de um lado o apoio àquela demolição do que é necessário e, de outro, apenas uma conivência'', diz.
Cortella avalia que o conclave terá como grande novidade a presença dos cardeais no mundo digital. ''Antes, alguns só se encontravam ali. Hoje, também existe isso, muitos não se conhecem pessoalmente, mas hoje você dialoga, conversa, manda mensagem. Ninguém chega desinformado ou perdido'', explica.
Como legado de Francisco, o filósofo cita a simplicidade manifestada no caixão de madeira comum escolhido pelo pontífice. “Ele tinha uma mensagem: ‘quem vem depois de mim, tome atenção para não ter uma ostentação exagerada’. Ele carregava a própria pasta, pagava a conta dele”, diz.
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