O youtuber Enaldinho conversou com Phelipe Siani sobre sucesso nas redes sociais, responsabilidade com o público infanto-juvenil e planejamento financeiro para construir um canal bem-sucedido. O programa será transmitido nesta terça (26), ao meio dia no canal da CNN Pop no YouTube, e à meia noite na tela da CNN Brasil, disponível na TV paga e no streaming. Leia abaixo algumas das principais falas de Enaldinho durante o bate-papo com o jornalista:
- "Essas 18 bilhões de visualizações foram construídas em formiguinha. Não foi de um dia pra noite. Foi demorado, foi chão. Era dia após dia, postando até três vídeos por dia: dois longos e um curto. Foi muito trabalho e, mesmo assim, eu entendo que menos pode ser mais. Hoje, busco reduzir a frequência e aumentar a qualidade, porque o mercado mudou";
- "Eu não me defino como um criador infantil. Muita gente acha que eu gravo vídeos para crianças, mas eu faço conteúdo para a família. É limpo, qualquer pessoa pode assistir. Claro, atrai crianças, mas é algo pensado para que pais e filhos possam consumir juntos, sem preocupação";
- "Naturalmente, quando você vê muitas crianças te assistindo, você passa a ter uma responsabilidade maior. Isso me fez abraçar esse público. Meu conteúdo é pensado para ser gostoso pra família inteira assistir, mas também para que pais possam ficar tranquilos em deixar seus filhos consumirem";
- "Eu sempre fiquei com uma coisa na cabeça: isso não é pra sempre. Não quero ser aquele tio que diz: 'Ah, eu já fui rico um dia.' O YouTube é muito incerto. Tem meses que você ganha muito, outros em que ganha pouco. Por isso, investi em diversificação desde cedo. Sempre quis me preparar para um futuro onde, mesmo que eu parasse, tivesse segurança";
- "O Brasil é pequeno. Desde 2019, pensei: temos que ir para o espanhol e o inglês. Português é uma língua fraca no mercado global. O desafio era dublar conteúdo com qualidade, porque é caro. Agora, com inteligência artificial e mais estrutura, estamos conseguindo expandir. Já tenho um canal em espanhol com quase quatro milhões de inscritos e estamos lançando conteúdo em inglês";
- "Gravar com o MrBeast foi surreal. Ele me mandou uma mensagem dizendo: ‘Quero você no maior vídeo da história do YouTube.’ Eu tive que investir alto para estar lá, mas fui, porque sabia que não era só sobre visibilidade, era uma aula. Queria ver como o maior criador de conteúdo do mundo trabalha, como ele pensa. Foi uma oportunidade única que abriu portas para conexões e fortaleceu minha estratégia de internacionalização";
- "Quando recebi uma proposta para vender meu canal, percebi que minha empresa era muito personificada. O maior limitador era: ‘E se algo acontecer comigo?’ Isso me fez repensar tudo. Decidi não vender e, desde então, trabalho para despersonificar a marca e criar um negócio que vá além de mim”;
- "Quando lançamos o álbum de figurinhas, foi uma explosão. Eu lembro que, em três dias, já estava em reimpressão porque vendeu mais de um milhão de envelopes. Isso elevou a marca a outro patamar e abriu portas para novos produtos e parcerias."