Hoje, 37% da população acima de 50 anos tem algum tipo de dor crônica. Destes, um em cada três faz uso de opioides como forma de amenizar os sintomas. Para debater o tema, o Dr. Roberto Kalil recebe o neurologista André Macedo, do Hospital das Clínicas de São Paulo, e a reumatologista Ana Luisa Calich, do Hospital Sírio-Libanês, no CNN Sinais Vitais desta semana.
Macedo citou estudos em todo o mundo indicando que de 20 a 40% da população convive com dor crônica. “E esse número vai aumentando com a idade. Em pacientes idosos, pode chegar a 70% dos indivíduos”, afirma.
Os tipos mais comuns atingem a parte inferior do corpo, como artrose de quadril e de joelho, e a dor lombar. “Também merecem destaque a dor de cabeça, como enxaqueca, dor abdominal, sobretudo nas mulheres em idade fértil no período menstrual, e a dor neuropática”, explica Calich.
Para Macedo, as dores de cabeça e na lombar são as mais incapacitantes, além de gerar impacto na produtividade do trabalho. “Há dados nos EUA onde o custo anual da dor chega a US$ 500 bilhões, por perda na produção e com gastos relacionados ao trabalho”. No Brasil, afirma, um paciente com dor crônica pode custar por ano mais de R$ 100 mil por absenteísmo e gastos com tratamentos.
A dor crônica é caracterizada pela manifestação dos sintomas de maneira contínua por ao menos três meses. “É uma dor que, mesmo sem uma lesão, persiste e incomoda. Então, o paciente começa a ter transtornos do humor, depressão e ansiedade, por exemplo”, explica Ana Luisa Calich.
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