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| Selton Mello, Simone Zuccolotto e Matheus Nachtergaele no set de filmagens de ''O Auto da Compadecida 2''. Foto: Divulgação |
No dia 29 de novembro, às 13h30, o Canal Brasil exibe um Cinejornal inédito com os bastidores do set do aguardado longa-metragem ''O Auto da Compadecida 2'', sequência do clássico do cinema brasileiro no início dos anos 2000, que estreia dia 25 de dezembro nos cinemas. Apresentado por Simone Zuccolotto, o programa reúne os atores Matheus Nachtergaele, Selton Mello e Enrique Diaz, além dos diretores pernambucanos Flávia Lacerda e Guel Arraes em entrevistas exclusivas. Na conversa, eles falam sobre as expectativas, os sentimentos desse reencontro e o significado de retornarem às salas de cinema mais de 20 anos depois, em um momento de efervescência do setor audiovisual.
''É a vida dando uma chance da gente reencontrar quem amamos e personagens que já não são mais nós. O João Grilo e o Chicó são do Brasil, como o Saci Pererê ou a Iara, todo mundo é meio dono desses personagens. Eles estão mais velhos, mas ainda são meninos. É meio como andar de bicicleta e a expectativa da gente era muito grande nos primeiros dias, depois nós servimos aos personagens'', reflete Matheus Nachtergaele sobre as emoções desse reencontro.
Selton Mello complementa sobre a essência dos personagens e reforça como esse trabalho tem a capacidade de levar o público do filme de volta ao cinema. ''Nós amadurecemos e os personagens também, mas a essência Chicó ou Grilo é a mesma, é a essência preservada desses passarinhos de Ariano Suassuna. É leve vivê-los de novo. Eu e Matheus pouco nos encontramos em outros trabalhos e isso preservou a dupla. Temos uma missão importante de levar o público de volta para as salas de cinema, é um filme onde as pessoas podem se ver, ouvir sua própria língua e abrir uma nova porteira para todo o potencial gigantesco de talento brasileiro. Conseguimos imprimir isso no filme'', explica o ator.
A sequência de “O Auto da Compadecida” traz João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello) em novas aventuras, juntos de Joaquim Brejeiro (Enrique Diaz) e Rosinha (Virgínia Cavendish), que retornam ao elenco, além de novos personagens, como o Coronel Ernani (Humberto Martins), Antônio do Amor (Luis Miranda), Arlindo (Eduardo Sterblitch) e Clarabela (Fabiula Nascimento). A personagem Compadecida, interpretada no primeiro filme por Fernanda Montenegro, será protagonizada agora por Taís Araujo.
''Eu fui a segunda assistente de direção de ‘O Auto da Compadecida’ e, desde então, eu e Guel tivemos muitos encontros felizes. Ele foi um mega parceiro em toda a minha carreira e é uma honra dividir a direção com ele. Em ‘O Auto da Compadecida 2’, tentamos resgatar camadas a mais que o Ariano [Suassuna] plantou e tenho certeza que ele ficará orgulhoso, pois os personagens ganham uma dimensão maior e falamos de outros assuntos que aumentam o espectro da obra. O desafio foi fazer este segundo filme com toda a herança e expectativa que tem'', conta Flávia Lacerda, que dirigiu a sequência ao lado de Guel Arraes, diretor da primeira produção. ''Eu estava há 12 anos sem filmar. Fiz ‘Grande Sertão’ [lançado em 2023] e fazer ‘O Auto da Compadecida 2’ foi voltar às minhas origens da comédia, que faz parte da minha história, e foi um alívio e divertimento!'', afirma Guel.
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| Foto: Laura Campanella |
SINOPSE
Depois de 20 anos desaparecido, João Grilo retorna à pequena Taperoá para se juntar ao seu velho companheiro Chicó. Acontece que agora ele é recebido como uma celebridade na cidade. Afinal, reza a lenda que havia sido morto por bala de espingarda e ressuscitado após um julgamento que tinha o Diabo como acusador, Nossa Senhora como defensora e o próprio Jesus Cristo como juiz. Disputado como principal cabo eleitoral pelos dois políticos mais poderosos da cidade, ele faz de tudo para finalmente aplicar o golpe que vai lhe render muito dinheiro e, quem sabe, vida mansa – como se fosse possível que ele se aquietasse. Só que nada sai como planejado e ele terá de recorrer à Compadecida novamente.
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