'Estrela da Casa': Os próximos passos e música da finalista Leidy Murilho

Foto: Globo/ Manoella Mello  

Representante do gospel na competição, Leidy já sabia que a sua participação em um reality show de confinamento seria algo diferente e inesperado. Apesar disso, a cantora entrou disposta a mostrar a sua verdade para todo o Brasil e a se conectar com o público de casa, fosse por sua música ou por sua personalidade. E conseguiu: na noite desta terça-feira (1), Leidy Murilho se tornou a quarta colocada da primeira temporada do ‘Estrela da Casa’. 
 
Realizada e feliz com o resultado de sua participação, na entrevista abaixo a cantora gospel relembra os aprendizados e as experiências que viveu ao longo dos 50 dias de reality, e conta o que espera da sua carreira daqui para frente. “Eu saio mais confiante, dona de mim, me sinto mais mulher, mais forte, mais segura. E mais confiante em Deus. Ele me levou a um lugar que eu nem imaginava chegar”, comemora Leidy.
 
Como você descreveria a experiência de participar do ‘Estrela da Casa’? O que mais vai ficar marcado em você?
Uau, foi uma experiência incrível, de grande aprendizado. Eu nunca tinha vivido a experiência, por exemplo, de uma aula de dança como a que tivemos com o Bibiu, que é coreógrafo de famosas, como Lexa e Ludmilla. Eu achava que a minha música era só na adoração para Deus. Mesmo se fosse uma música dançante, eu ficava desajeitada no palco. E eu aprendi a desenvolver performance, o meu lado dançante no palco. Hoje, eu consigo gravar até um clipe, fazer uma apresentação na televisão, porque aprendi também os pontos de filmagem, posicionamento. Tivemos também as aulas com a Nina, a professora de canto, e com os produtores musicais. Às vezes, reclamavam que chegava uma visita e eu ficava fazendo um monte de perguntas. Mas é porque, para mim, era muito importante sugar o máximo de informação. Então, hoje eu me sinto mais segura no palco, mais confiante para cantar a minha música. Descobri que eu posso me conectar com o público olhando para eles. Antes, eu cantava de olhos fechados. Hoje eu descobri que eu posso cantar pra Deus e conectar as pessoas sem necessidade de fechar o olho. Eu posso olhar para as pessoas e entregar essa mensagem. E eu acho que vivi isso tudo com muita verdade. Eu aprendi muito.
 
Você foi uma das finalistas do programa. Na sua visão, qual fator ou quais fatores foram determinantes para que o público te deixasse chegar até aqui?
Bom, na minha opinião, um dos fatores determinantes foi as alianças que eu fiz com alguns participantes que eram fortes não só no lado artístico, mas também musicalmente. Como o Lucca, que é o ganhador e um grande cantor de sertanejo. O Matheus, que também se destacou, a Unna, entre outros. O segundo fator é que acho que fui muito verdadeira no meu jogo, no meu jeito. Eu tenho escutado e olhado alguns comentários de pessoas falando: “Caramba, eu me identifico com você. Eu nem escutava gospel e estou escutando porque vi você, a sua forma de ser, seu jeito alegre, brincalhão.” Então, cada um vai se identificar comigo de uma forma. Alguns pelo jeito de ser, outros pelo jogo. Mas acho que todos eles conseguiram sentir um pouquinho da minha verdade, sabe? 
 
Ao longo do programa, todas as suas apresentações ao vivo foram em situações de risco: quatro Batalhas e dois Duelos. Qual desses momentos foi o mais marcante para você?
Na verdade, considero que foram cinco Batalhas, porque um dos Duelos tinha risco de eliminação. Foi um “trielo”, como disse a Ana. Três desses momentos, de fato, mexeram muito comigo: a primeira Batalha, porque ninguém quer ser eliminado nas duas primeiras semanas; a Batalha com o Nick, porque foi uma semana muito turbulenta, de algumas desavenças e, pra mim, ficar era uma confirmação de que eu estava no caminho certo; e a última foi esse “trielo”, com o Gael e com a Nicole, que eram dois grandes artistas, amigos meus no jogo. E em determinado momento, a gente teve um desentendimento. Esses momentos ficaram marcados para mim como situações de medo de sair. Fiquei com medo de estar errada em algum posicionamento, sabe?
 
Você venceu dois Workshops ao longo da temporada, “Composição” e “Coreografia”. Qual desses foi o mais marcante?
Ah, eu confesso que foi o de coreografia, porque composição é um campo que eu tenho mais facilidade. Agora, a dança foi um desafio real, né? Léo Santana ali, a Lorena, a Tati, e de repente, a gente está ali tendo que fazer passinhos na frente deles. Eu acho que foi muito interessante para mim. 
 
E entre as Oficinas, qual teve mais afinidade com o que você busca para a sua carreira?
A do Bibiu, né? E gostei muito da de styling [com Yan Acioli], que deu dicas sobre roupa, estilo, sapato adequado. Eu não tinha essa percepção. Tanto que, na minha primeira apresentação de “Deus da Minha Vida”, eu usei um salto altíssimo. E eu aprendi que é bom tomar cuidado com o tipo de salto que se usa no palco, por exemplo.
 
No ‘Estrela da Casa’ você participou de dinâmicas envolvendo composição e gravação de diversas músicas que não eram do gênero gospel. Que aprendizados isso te trouxe?
Muito aprendizado, porque eu estava em uma fase de compor mais músicas gospel. E entendi que posso ter uma música romântica. Eu já vinha compondo músicas românticas, inclusive. Eu tinha, sei lá, acho que umas 10, 12 músicas românticas que fiz em momentos de sofrência, mas que eu não tinha coragem de lançar nunca. E eu acho que, apesar de ser uma cantora do pop gospel, de vez em quando, eu posso sim lançar uma música romântica. Inclusive, eu acho que falar de amor é falar de Deus também. Até vou dar um spoiler nessa entrevista para vocês. Está surgindo coisa nova com o Rodriguinho e vai ser uma música romântica.
 
O Rodriguinho é seu amigo aqui fora, né? Vocês já chegaram a conversar?
Sim, eu já recebi mensagem dele hoje, me fortalecendo. Falou que gostou muito da minha participação. Imagina, Rodriguinho, compositor, grande artista, com uma carreira de anos, está torcendo por mim. Descobri que Gil do Vigor também torceu por mim. Gente, pelo amor de Deus. Estou muito feliz. Isso é muito importante. Essas parcerias, poder estar conectada com pessoas que já são grandes nesse meio, também é muito importante.
 
A Sarah Beatriz fez uma Jam Session na casa e você se emocionou bastante pela troca com ela. Conte como foi viver essa experiência no programa?
Foi incrível, porque eu tinha aquelas dúvidas, sabe? Eu sabia que uma cantora gospel seria algo inédito. Quando a Sarah chegou, eu senti que estava num culto, onde costumo ir para cantar louvores. E ela se sentou perto da gente, meros mortais (risos), cantando muito, muito, muito. Ela é uma pessoa que eu já acompanhava aqui fora, que eu já tinha como referência musical e de carreira. Ela é muito mais jovem do que eu, mas é um exemplo de uma menina que correu atrás de seus sonhos e realizou. E eu me conecto porque ela tem a mesma história que eu, vivência de igreja, de cantar nos louvores. Então, aquele momento me trouxe de volta à minha realidade aqui fora, me senti muito à vontade, muito em casa e muito abraçada.
 
De todos os convidados que passaram nas Baladas, Jam Sessions e Workshops, qual/quais foram os mais especiais para você e por quê?
Preciso mencionar a Sarah, não tem como, ficou muito nítido. Mas a Ivete também foi muito marcante para mim. Porque eu sou aquela fã que nunca foi a um carnaval, a um trio elétrico, mas admiro muito a carreira da Ivete, aonde ela chegou e como ela se mantém. A essência dela, os princípios de humildade e simplicidade. Ela é merecedora de todo sucesso na vida dela. A mulher entrou ali na casa e fez aquela festa com a gente, cantou com a gente, cantou uma música gospel comigo. Eu não tinha como deixar de registrar esse momento. Preciso falar de Marcos e Belutti, que também cantaram louvor ali comigo. E eu não posso deixar de falar de Glória Groove, porque ela subiu ao palco na primeira festa e cantou olhando dentro dos olhos. Ela te mata com um olhar. E é o que eu também precisava fazer nas minhas apresentações. Então, eu aprendi muito. Quando ela olhava para mim, parecia que eu ia cair para trás. Foi muito lindo ver o show.
 
Como imagina a sua carreira daqui por diante? Como gostaria que o mercado musical e o público te recebessem?
Eu espero aumentar o público que me acompanha, nas redes sociais, nos streams e nos shows. E de poder fazer outras coisas também. Eu quero poder atrair marcas. Eu quero poder ser uma cantora gospel que também sai da bolha; fazer uma ação de publicidade; estar em outros eventos que não sejam apenas religiosos. Quero alcançar outros lugares para a minha canção.
 
Para sua carreira, que aprendizados no programa foram mais importantes?
Acreditar em mim mesma antes de qualquer coisa, porque eu me sinto saindo mais forte. Eu tenho 38 anos, era a pessoa mais velha da casa. E, quando eu cheguei, estava insegura. Eu falei: “Cara, vou ser engolida por esses jovens aqui.” E eu cheguei ao quarto lugar! Então, agora eu saio mais dona de mim, me sinto mais mulher, mais forte e mais confiante em Deus. Ele me levou a um lugar que eu nem imaginava chegar. 
 
Com que artista você gravaria um feat, se pudesse escolher qualquer artista já consagrado? E com qual competidor do Estrela da Casa?
Bom, de fora da casa, eu sempre tive uma vontade muito grande de gravar com dois artistas do gospel que amo muito, que são referência musical para mim. Eu sempre falo isso, falei isso em todo o processo também, que são o Eli Soares e o Thalles Roberto. Eles são grandes referências para mim. Inclusive, o Thalles é o compositor e cantor daquela música que a Ivete cantou comigo, “Deus da Minha Vida”. Foi a primeira música da primeira Batalha e foi a minha música de mais streams no programa. Então, não tinha como não desejar esse feat. Dentro da casa, eu me conectei a muitas pessoas. Mas, por exemplo, eu tenho vontade de gravar uma música com o Lucca. O Lucca é do sertanejo, mas ele me mostrou uma música gospel dele que eu achei incrível e que eu acho que eu poderia estar gravando com ele. 
 
Tem algum arrependimento no programa, por algo que fez ou que tenha deixado de fazer?  
Olha, eu acredito que nos próximos dias vou poder dizer melhor sobre isso, sabe? Mas, neste momento, eu estou muito segura de tudo que eu entreguei. Eu acho, sim, que como todo mundo, eu errei. Mas eu acho que eu faria tudo de novo, porque isso me coloca no lugar de humana. Não é porque eu sou uma pessoa cristã que eu não erro, que eu não vou falhar. Eu vou errar, eu vou falhar e faz parte da vida.
 
Qual mensagem você gostaria de deixar para todas as pessoas que te acompanharam e torceram por você nesses 50 dias de programa?
Muita gratidão, porque vocês me fizeram acreditar que era possível continuar sonhando. Eu falo aqui de todo aprendizado que tive, que me fez sair de lá mais confiante, mas se não fosse por vocês eu não teria chegado a essa final. Se não fosse por vocês se conectarem comigo. Então, eu quero agradecer a todo mundo, independentemente da sua religião. Pessoas que escutaram a minha voz, gostaram dessa música e se conectaram com Deus através da minha vida. Porque é sobre isso, é sobre fé, sobre amar a Deus. E eu quero continuar me conectando com todos vocês aqui fora.
 
'Estrela da Casa' é um formato original e inédito da Globo, com direção artística de Rodrigo Dourado, direção geral de Aída Silva e Carlo Milani, produção de Maiana Timoner e Rodrigo Tapias, roteiro de Edu Sciortino e Rafael Chaché e direção de gênero de Boninho.

Anderson Ramos

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