Repórter Record Investigação acompanha a rotina de pessoas ameaçadas pelo crime organizado

Foto: Record/Divulgação

Combater facções criminosas, condenar traficantes, denunciar corrupção. Atitudes importantes e necessárias, mas que muitas vezes cobram um preço alto de quem tem coragem para tomá-las. Por todo o Brasil e em diversos lugares do mundo, homens e mulheres são jurados de morte por criminosos e precisam de proteção 24 horas por dia para não serem assassinados. O Repórter Record Investigação que vai ao ar nesta segunda-feira (02/09) acompanha a rotina de três pessoas que conhecem de perto essa realidade: o promotor Lincoln Gakyia, o líder quilombola Jurandir Pacífico e o jornalista Cándido Figueredo.

Lincoln Gakyia é, atualmente, a autoridade com o maior aparato de proteção provido pelo Estado no Brasil. Combatendo o PCC, o Primeiro Comando da Capital, há mais de vinte anos, precisou de proteção especial depois que ordenou a transferência do líder do grupo, Marcos Camacho, o Marcola, de uma penitenciária em São Paulo para um presídio federal em Porto Velho (RO). Acompanhado por mais de vinte policiais todos os dias desde 2019, ele recebeu ameaças de morte da alta cúpula da facção. "Eu me sinto preso,né? Estou tão preso quanto aqueles que eu coloquei atrás das grades", revela o promotor do Ministério Público de São Paulo.

O Paraguai é um lugar de importância estratégica para as facções. O país tem grande produção de maconha e possui uma fronteira seca pouco fiscalizada com o Brasil, entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, o que facilita a passagem de drogas e armas. O jornalista paraguaio Cándido Figueredo atuou por mais de vinte anos na região e denunciou diversos criminosos que atuavam por ali. "Eu lembro que na primeira vez que metralharam na minha casa, parecia uma eternidade. Eu escutava o ruído quebrando minha porta, minha janela, quebrando quadros, tudo dentro da casa", conta. Foram vinte anos com escolta armada, até que um episódio fez com que ele quisesse deixar o país. A morte de um amigo jornalista em 2020 mostrou que o perigo estava mais próximo do que ele imaginava e Cándido decidiu buscar asilo político nos Estados Unidos.

Jurandir Pacífico ainda teme pela vida, depois de ver o irmão e mãe serem assassinados. “Mandam mensagem dizendo que eu sou o próximo da fila”, conta. Ele assumiu a liderança do Quilombo Pitanga dos Palmares, na Bahia, substituindo sua mãe, Bernadete, que foi morta por criminosos dentro de casa em 17 de agosto do ano passado. Binho do Quilombo, irmão de Jurandir e filho de Mãe Bernadete, tinha sido vítima de criminosos anos antes, em 2017, quando foi emboscado nas ruas, a caminho de um enterro na comunidade. Hoje, ele e o sobrinho, Wellington, filho de Binho do Quilombo, vivem sob escolta da polícia baiana 24 horas por dia. “Ainda bem que eu tenho amigos, tenho pessoas que acreditam em mim e reconhecem o legado que minha mãe deixou. Caso contrário, eu já estava morto”.

O Repórter Record Investigação, apresentado por Luiz Fara Monteiro, vai ao ar nesta segunda-feira (02/09), às 22h45. 

Anderson Ramos

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