Os próximos passos e música de Ramalho, quarto eliminado do 'Estrela da Casa'

Foto: Globo/Manoella Mello

Representando os ''moleques sonhadores'' que não têm tantas oportunidades, Ramalho entrou no 'Estrela da Casa' para mostrar que é possível chegar lá. Carregando a bandeira do Rap nacional com orgulho, ele destaca a oportunidade de conseguir levar o gênero que salvou sua vida para o horário nobre da Globo. ''Para quem sabe, isso é gigante demais, entende? E queria representar todos os artistas independentes do Brasil, todos os moleques sonhadores que não têm acesso. Estava lá para mostrar que é possível chegar. Também viver de música, mostrar meu talento para o Brasil, até para quem não curte Rap, até para o tiozinho, para a vozinha. O meu objetivo era esse: expandir minha arte, mostrar o poder do Rap nacional, ser um artista. E acredito que estou realizado, estou no caminho para conseguir levantar fortemente essas bandeiras que quero levantar'', contou ele nesta manhã. Depois da Batalha contra Matheus Torres e Leidy Carrilho na noite de ontem, dia 9, o cantor do “cabelo de fogo” deixou o reality.
 
Na entrevista abaixo ele relembra os momentos mais marcantes que viveu, os desafios pessoais que precisou superar e conta como planeja os próximos passos de sua carreira.
 
No jogo você criou aliança com as pessoas do quarto laranja. Como era a sua relação com eles? O que fez com que vocês se unissem?
Então, foi algo natural mesmo, desde o primeiro dia. Não foi nada combinado, tipo “vamos nos juntar”. Foi por identificação, por gênero musical, música urbana, pessoas pretas, entende? Aí acabou formando o grupo do quarto laranja.
 
Você fez o feat com Marcos e Belutti e cantou a música “Lapada Dela”, mas acabou esquecendo a letra e improvisou na hora. Como foi esse momento pra você?
Eu estava muito nervoso porque compus aquele trecho que ia cantar no mesmo dia e não consegui decorar direito. Na hora de subir no palco parecia que estava tudo certo, fui calmo, tranquilo, mas deu um branco do nada. Só veio na minha mente mandar um freestyle, um improviso que viesse, porque se eu ficasse parado ia ser pior. Então tive que desenrolar da melhor forma. E saiu daquele jeito lá. Eu não sou MC de freestyle, não é minha praia, mas deu para desenrolar algo ali.
 
Nessa última votação, você empatou com a MC Mayarah e Thália desempatou, mandando você para a Batalha. Você já esperava que a votação teria esse resultado?
Ninguém esperava esse formato de jogo agora, com dois votos. Ninguém imaginava também que ia empatar logo o nosso grupo, que é fechamento mesmo, sabe? Que ia chegar a afunilar nesse nível. Sabíamos que ia acontecer mais para frente, mas agora não. Então pegou de surpresa mesmo, e eu super entendi que ela me escolheu em vez da Mayarah, está tudo certo.
 
Você venceu dois Workshops, o de releitura, com a música “Sorte Grande”, e o de trilha de novela. Qual desses você mais gostou e por quê?
Os dois foram loucos. Porque uma é da Ivete, da Veveta. A outra foi uma trilha para um casal icônico do Brasil, sabe? Mas foi o que eu curti mais. Eu compus um verso meu para a Taís Araújo e Lázaro Ramos, e curti a trilha. Foi uma satisfação fazer essa parada, nunca imaginei compor algo sobre eles, sobre a vida deles. Eles são referência para mim. Eu curti também o que fizemos para a Veveta, mas eu fico hoje com a canção que fizemos para a Taís Araújo e Lázaro Ramos.
 
De todos os artistas que você teve a oportunidade de conversar e trocar conhecimento dentro do Estrela da Casa, quais você destacaria?
Vou falar do último que vivenciamos ali no Workshop, que foi a Taís Araújo, o Lázaro Ramos e o Carlinhos Brown, que é monstro. O Belo também foi da hora trocar ideia, ele é icônico do Brasil e passou a visão para nós. Fora as oficinas também, sabe? Em toda oficina aprendi algo diferente. Não estou lembrando todos os artistas que foram lá agora, porque foram muitos artistas grandes, mas o que mais marcou para mim, que fiquei de cara, foi a Taís Araújo e o Lázaro Ramos.
 
De tudo o que você viveu no Estrela da Casa, o que mais te marcou? Qual aprendizado você vai levar para a sua vida, sua carreira?
Nossa, todo dia era uma sensação diferente ali na casa, mas me marcou o dia que eu ganhei a Prova da Estrela. Eu fui dormir com sangue no olho, acordei com sangue no olho. Falei que ia ganhar essa prova e consegui. Marcou legal minha história lá. Foram altos desafios, né? Tipo, fazer um feat com os caras do sertanejo foi um desafio pessoal para mim. Mas acho que o lance de cantar no Festival é o que mais me impacta, sabe? Cantar no Festival, pisar no palco, cantar ao vivo. Uma estrutura gigantesca que eu nunca tinha cantado, para milhares de pessoas que conhecem o meu talento agora. Até pessoas que não curtem Rap podem estar gostando de mim, do meu som. Então, para mim, isso foi valioso demais mesmo.
 
Qual a sua relação com o cabelo de fogo? Por que escolheu esse estilo como sua marca registrada?
Então, o cabelinho de fogo virou a minha identidade, virou a minha marca mesmo agora. Nunca mais vou parar de fazer. Pelo menos por enquanto. Mas eu tenho algo com fogo, eu gosto muito. Tanto que o meu primeiro EP chama “Fogo a vera”, que lancei em 2019, no começo da minha carreira. Nem gosto muito desse EP, mas o cabelo virou a minha identidade. Só que essa é a terceira versão. Era diferente, às vezes era em cima, às vezes era só dos lados. Chegou nessa versão oficial aqui agora.
 
Qual era seu principal objetivo, musicalmente falando, ao entrar no ‘Estrela da Casa’? Acredita ter conseguido alcançá-lo neste tempo que permaneceu no reality?
Eu entrei levantando a bandeira do Rap nacional, apresentando esse gênero que salvou a minha vida. Levar o Rap nacional para o horário nobre na Globo. Para quem sabe, isso é gigante demais, entende? E representar todos os artistas independentes do Brasil, todos os moleques sonhadores que não têm acesso. Estava lá para mostrar que é possível chegar. Também viver de música, mostrar meu talento para o Brasil, até para quem não curte Rap, até para o tiozinho, para a vozinha. O meu objetivo era esse, expandir minha arte, mostrar o poder do Rap nacional, ser um artista. E acredito que estou realizado, estou no caminho para conseguir levantar fortemente essas bandeiras que quero levar.
 
Com qual artista gostaria de fazer um feat, se pudesse escolher? Indique alguém do programa e alguém de fora do programa.   
Pô, ia ficar louco uma parada com a MC Mayarah, juntar o Rap e o funk. Bota a Thália também, que adora R&B. Faria um misto com o grupo laranja, que só tem gente talentosa. De fora, no Rap, com certeza o Djonga, o Emicida, o L7, o Major RD, Mano Brown, pensando longe. São vários, são muitas referências.
 
Qual você acha que é o artista mais forte da competição? 
Lá de dentro nós não conseguimos imaginar nada, mas vendo aqui de fora acredito que quem está mais forte é o casal, a Unna X e o Matheus Torres. Não sei se é a estratégia deles, mas acho da hora que eles se conectaram, é um casal bonito mesmo. Lá não é jogo para casal, só um vai ganhar, mas acredito que essa junção fez os dois ficarem fortes.
 
E quem você gostaria que ganhasse?
Pô, o grupo laranja inteiro eu queria que chegasse na final. Mas eu gosto muito do Gael Vicci. Acho ele um artista pronto, o moleque está preparado. Fez teatro musical, tem presença de palco, o vocal dele é sinistro. Mas gostaria também que as minas ganhassem.
 
Se tivesse permanecido no programa, qual seria a sua próxima música lançada e por que fez essa escolha?
A próxima música seria do KayBlack, “Segredo”. É um mundo que eu nunca tinha explorado em questão de técnica vocal, tom, melodia. KayBlack é referência.
 
Já tem algo imaginado para sua carreira daqui por diante? Como gostaria que o mercado musical e o público te recebessem?   
Agora é focar em fazer música boa mesmo, ir para o estúdio, fazer umas conexões, uns feats gigantes. A meta é chegar nesse patamar, estamos no caminho. Lançar um disco, divulgar muito mais a minha arte, minha imagem.
 
‘Estrela da Casa’ é um formato original e inédito da Globo, com direção artística de Rodrigo Dourado, direção geral de Aída Silva e Carlo Milani, produção de Maiana Timoner e Rodrigo Tapias, roteiro de Edu Sciortino e Rafael Chaché e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado, após ‘Renascer’, domingos, após o ‘Fantástico’, e tem desdobramentos no Multishow, Gshow e transmissão 24 horas por dia no Globoplay.

Anderson Ramos

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