Gravado na Serra Gaúcha, ''Até que a música Pare'' estreia em 3 de outubro nos cinemas

Foto: Divulgação

Dirigido pela premiada cineasta gaúcha Cristiane Oliveira, Até que a Música Pare estreia no cinema em 3 de outubro. Este é o terceiro longa da diretora, que já se destacou com Mulher do Pai e A Primeira Morte de Joana. O filme, rodado em quatro cidades da Serra Gaúcha — Antônio Prado, Veranópolis, Nova Roma do Sul e Nova Bassano —, explora temas como relações familiares e luto, ambientado no contexto único da cultura local e falado, em grande parte, em Talian, idioma de origem italiana preservado na região.

Ao centro da trama, encontramos o casal Alfredo e Chiara, interpretados por Cibele Tedesco e Hugo Lorensatti, membros do renomado grupo teatral Miseri Coloni, de Caxias do Sul (RS). Depois que o último filho do casal sai de casa, Chiara decide acompanhar o marido em suas viagens como vendedor, percorrendo os botecos da Serra Gaúcha. Ao longo dessas jornadas, uma tartaruga e baralhos de cartas entram em cena, testando a solidez de um casamento de mais de 50 anos.

Grande parte do filme é falado em Talian, língua brasileira surgida da mistura do Português com as línguas dos imigrantes que vieram do Norte da Itália para o Brasil no século dezenove. Estima-se que mais de meio milhão de brasileiros sabem falar em Talian, sobretudo nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, e em pontos do Paraná, Mato Grosso e Espírito Santo.

Em sua equipe, ATÉ QUE A MÚSICA PARE conta com Aletéia Selonk na produção, Julia Zakia (“Periscópio”), na direção de fotografia; Adriana Nascimento Borba (“Mulher do Pai”) assina a direção de arte; e a montagem é de Tula Anagnostopoulos, premiada em Gramado 2021 por “A Primeira Morte de Joana”.

Além de Cibele Tedesco e Hugo Lorensatti, o elenco do longa inclui Elisa Volpatto (da série “Bom Dia, Verônica”), o ator italiano Nicolas Vaporidis (“Todo o Dinheiro do Mundo”, de Ridley Scott) e reconhecidos talentos locais.

Na equipe italiana, capitaneada pelo produtor Emanuele Nespeca (“Il Futuro”), da Solaria Films, há ainda a dupla responsável pela pós-produção de som, Gianfranco Tortora (“Uma Questão Pessoal”) e Massimo Filippini (“O Mistério de Silver Lake”), bem como a compositora Ginevra Nervi (“Non Odiare”).

Vencedor do prêmio para projetos com potencial de coprodução do edital Brasil-Itália (2016), promovido em conjunto pela ANCINE e pelo Ministério da Cultura italiano, o projeto participou do evento de mercado When East Meets West (Trieste, na Itália) e dos laboratórios internacionais EAVE on Demand e do Talents Script Station (Festival de Berlim).

ATÉ QUE A MÚSICA PARE conta com recursos públicos geridos pela Agência Nacional do Cinema – ANCINE e com investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA administrados pelo BRDE. Recebeu ainda o apoio do FUNDO DE VOLTA AOS SETS gerido pelo SHOW ME THE FUND.

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