'Estrela da Casa': Os próximos passos e música de Evellin

Foto: Globo/Manoella Mello

"Foi muito incrível, uma experiência única que eu vou guardar para sempre no meu coração. Com certeza, um divisor de águas na minha vida. Parecia que eu estava vivendo um sonho". É assim que Evellin, a "Dotôra do Sertanejo", que deixou o 'Estrela da Casa' na semifinal de ontem, dia 29, avalia sua experiência participando da competição. A mineira não ganhou provas e cantou somente duas vezes no Festival: uma convidada pelo Hitmaker Gael Vicci, outra na única Batalha que enfrentou antes da reta final do programa. Ela acredita que, se tivesse se apresentado mais vezes diante do público, poderia ter mostrado como fica à vontade nos palcos e chegado à final. Mas, está tranquila com o resultado e já com um novo foco: a sua carreira daqui por diante.
 
Confira, na entrevista a seguir, o passo a passo imaginado por Evellin para seu lançamento ao mercado musical, que inclui repertório novo e shows pelo Brasil, e sua perspectiva sobre o que viveu ao longo de 48 dias no 'Estrela da Casa'.
 
Se pudesse resumir a experiência de participar do ‘Estrela da Casa’ em sentimentos, quais seriam eles?
Gratidão, loucura, saudade, choro, riso... Foi um mix de sentimentos. Eu senti tudo naquela casa. Foi muito incrível, uma experiência única que eu vou guardar para sempre no meu coração. Com certeza, um divisor de águas na minha vida. Eu me sinto muito privilegiada de estar aqui na Globo. Foi tudo muito lindo, parecia que eu estava vivendo um sonho. 
 
Que aprendizados você leva do reality para sua vida? 
Eu sinto que evoluí bastante como artista e também como pessoa. É muito difícil conviver com várias pessoas diferentes, ainda mais sendo artistas com o mesmo sonho que o seu. Eu respeitava muito o sonho das outras pessoas. Aqui fora, poderiam achar que eu estava em cima do muro. Mas, é difícil essa questão da rivalidade para mim porque eu realmente amei conhecer as pessoas que estavam ali, suas histórias. Eu aprendi muita coisa nas oficinas de talento. Sinto que eu melhorei muito na composição, no palco também, nas apresentações. Aprendi a olhar mais para a plateia, movimentação de palco... Tudo ali é uma escola. Então, com certeza, eu estou saindo uma artista melhor e também uma pessoa melhor.
 
Apesar de ter trocado para o quarto azul durante a competição, você se manteve do lado dos integrantes do quarto laranja nas votações. Qual era a sua estratégia com esse posicionamento?
Gente, juro mesmo, não era estratégia. Eu estava perdida (risos). Eu gostava muito das meninas do quarto laranja, dos meninos, Califfa, Ramalho, MC Mayarah, Thália. E eu também me identificava mais com o jeito e tinha muita afinidade, por exemplo, com a Unna X e com o Lucca, que também é do sertanejo. Então, era uma confusão na minha cabeça. As pessoas tinham uma rivalidade principalmente com o Lucca e eu não conseguia ver essa coisa ruim, de vilão, nele. Eu queria ficar feliz e bem com todo mundo. Não pelo fato de ser estratégia, mas porque eu gostava deles, de verdade. 
 
Hoje, avaliando, teria feito diferente? 
É muito fácil falar que faria diferente agora, que a gente já sabe tudo. Lá dentro é muito difícil saber como agir. Você não sabe nada, nem que horas são! Teve uma situação em que eu falei que o pessoal do quarto laranja não sabia que eu iria votar na Leidy [Murilho], mas eles sabiam. Foi porque eu fiquei me sentindo numa sinuca de bico ali no quarto. Eu comuniquei a ela que eu iria votar nela e ela já tinha falado para mim que votava em mim também, caso precisasse. Ali eu não estava agindo com maldade. Talvez, avaliando agora, eu mudaria a forma de falar, não falaria alguma coisa. Mas eu estava sendo sincera, tentando deixar as pessoas bem e criar amizades verdadeiras. E talvez eu fosse para o quarto azul quando o Lucca me chamou da primeira vez.
 
Você cantou com diversos artistas que passaram pela casa, entre eles Chitãozinho & Xororó, Ivete Sangalo e Katy Perry. Qual foi o mais especial para você? 
Meu Deus! Escolher um artista que foi mais especial é muito difícil. Mas com certeza o que mais me marcou foi cantar com Chitãozinho & Xororó a música que é o hino nacional brasileiro (risos), que é "Evidências". O Xororó me entregou o microfone e sentou para me ouvir cantar! Aquele foi o momento mais emocionante do programa para mim. Também amei o Felipe Araújo lá, a Lauana Prado – os cantores sertanejos você já viu que eu puxo um saco deles todos, né? (risos) – a Ivete Sangalo... Gente, eu cantei "Quando a chuva passar" para Ivete! E valeram a pena todas as minhas aulas de inglês para eu conversar com a Katy Perry e cantar a música dela.  Foi muito bom!
 
E dentre as Oficinas e Workshops, qual ou quais você acredita que mais contribuíram com a sua construção de carreira?
Eu gostei muito da oficina de composição do Vinicius Poeta. Eu gostaria muito de um dia me comunicar com ele e ele compor para mim. O Bibiu também ajudou muito a gente na performance. Me ajudou a me soltar mais. Também a da Janaína Pimenta, que é fono da Ivete Sangalo, muito chique! Todas foram muito proveitosas, mas destaco essas. 
 
Sua primeira apresentação no Festival aconteceu a convite do Hitmaker Gael Vicci, quase 30 dias depois do início da competição. Como você avalia esse fato, tanto pelo lado da oportunidade dada por ele como por esse dia ter demorado um pouco a chegar?  
Para mim essa foi a parte mais difícil. Aqui fora eu já fazia shows todo final de semana. Me sinto muito bem cantando. É o lugar em que eu me alivio, em que estou fazendo o que eu nasci para fazer. Eu fico muito feliz no palco com público, plateia. A cada semana que eu via as pessoas se apresentando e eu não tinha me apresentado, me dava uma agonia. Me dava vontade de pedir para me colocarem na Batalha. Só que eu ficava com medo de o público achar que isso era uma soberba ou que seria uma jogada errada. Mas foi por pouco. Eu cheguei a falar várias vezes: "Gente, eu prefiro ir para a Batalha do que ficar sem cantar". Foi um drama. E quando eu cantei foi um alívio. Eu fiquei muito feliz e muito grata ao Gael naquele dia. Eu acho que naquela semana eu já estava no meu limite. É muito ruim ser artista, cantora, estar num reality de música e não cantar. Foi muito bom cantar, mas demorou. Eu não ganhava prova de jeito nenhum! Pela habilidade eu até ia bem. Na hora da sorte, não. Também não recebi nenhum voto até o final do programa. Eu precisei primeiro do Gael e, só depois, eu fui para a Batalha, mas também sem votos, na semana em que a gente tinha que escolher alguém para não ir e fui a menos mencionada.
 
O que impactou mais no seu desempenho no jogo: não ter feito mais apresentações ou ganhar mais provas? 
Um mix das duas coisas. Eu acredito muito que se eu tivesse cantado mais, eu ganharia mais força. Eu tenho muita segurança no palco e acho que as pessoas queriam ver isso. Então, poderiam se identificar mais ainda comigo. Eu atrairia mais público se eu estivesse cantando sempre, como o Lucca, que foi para várias Batalhas, ou Matheus, que esteve em alguns Duelos. Eles foram conquistando um fã clube, aquelas pessoas fiéis. Nas vezes que cantei, eu vi que as pessoas gostaram muito. Eu queria ter cantado mais desde o início, mas não estava nas minhas mãos. Eu tentava de tudo nas provas. Na etapa que dependia de mim, eu ia bem. Na hora da sorte, ela não estava comigo. Eu também me relacionava bem com todo mundo na casa, e não era votada. Por isso, não ia para a Batalha.
 
Se pudesse escolher algum artista para gravar um feat, quem seria? 
Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo, Ana Castela, Lauana Prado e Simone Mendes. São referências! A Simone Mendes é a mulher do sertanejo que, para mim, depois da Marília Mendonça, tem a voz mais perfeita. Ana Castela é uma menina, jovem, e eu me identifico muito com o jeito dela. Também gostaria muito de cantar com a Lauana, de quem falei muito na casa e acabou nos visitando. Chitãozinho & Xororó e Zezé di Camargo são como deuses do sertanejo, mitos; seria sonhar até além.
 
E dentre os companheiros de confinamento, gravaria com alguém? 
Com o Lucca por ser do sertanejo também e porque eu gosto muito dele. A Unna X é minha amiga, estou torcendo muito por ela também. E o Lucca é um cara bacana demais, seria muito legal gravar um feat com ele.
 
Tem algum arrependimento no programa por algo que fez ou que tenha deixado de fazer?     
Eu acho que eu teria me arriscado mais. Talvez, até pedido mesmo para me colocarem na Batalha, para poder cantar. Eu teria ido para o quarto azul e pronto, sem pensar no que as pessoas iam pensar. Isso talvez fizesse eu ser votada e, consequentemente, cantar no Festival. Eu teria seguido o meu coração e agido mais sem tanta cautela.
 
Quem você acha que é o participante mais forte do ‘Estrela da Casa’? E para quem fica a sua torcida?
Eu acho que os mais fortes são Lucca e Matheus Torres. Mas eu estou torcendo muito para a Unna X, muito! Ela é uma pessoa e artista incrível. Eu quero levar a amizade dela para a vida. 
 
Quais são seus planos para desenvolver sua carreira aqui fora? 
Eu gostaria muito de gravar um novo projeto. Se possível, fazer um camping com compositores para pensar em músicas que são a minha cara e no estilo que eu quero, que é um sertanejo com músicas inéditas, porém com um gosto de raiz. Penso em um repertório para cima, dançante, mas eu também quero ter uma música ou duas bem românticas, que mostrem a extensão da minha voz. Eu gostaria muito de fazer isso primeiro. Depois de selecionar o repertório, fazer uma turnê nos estados do Brasil lançando esse novo projeto. E, quem sabe, um dia chegar a cantar em Barretos, que é o meu sonho!
 
Como você gostaria que o público recebesse o seu trabalho daqui por diante? 
Eu gostaria que as pessoas que me ouvissem sentissem muita alegria. Sentissem orgulho das suas origens, das suas raízes, do que mais amam. Eu não canto sertanejo porque está na moda. Eu canto porque eu realmente amo muito; canto o que sinto. Eu gostaria de ter letras que tocassem o coração das pessoas e que elas acreditassem nos sonhos delas através das minhas músicas.
 
‘Estrela da Casa’ é um formato original e inédito da Globo, com direção artística de Rodrigo Dourado, direção geral de Aída Silva e Carlo Milani, produção de Maiana Timoner e Rodrigo Tapias, roteiro de Edu Sciortino e Rafael Chaché e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar segunda, terça, quinta, sexta e sábado, após ‘Renascer’, quartas, depois do ‘Segue o Jogo’, e domingos, após o ‘Fantástico’, e tem desdobramentos no Multishow, Gshow e transmissão 24 horas por dia no Globoplay.     

Anderson Ramos

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