Neco (Danton Mello) e Belinha (Regiane Alves). Foto: Globo/ Zé Paulo Cardeal |
Dos muitos personagens que Danton Mello interpretou desde que iniciou a carreira na infância, sem dúvida o Neco, de Cabocla, está entre os mais marcantes e desafiadores. Na trama, o rapaz é filho do coronel Justino (Mauro Mendonça), e discorda do pai na postura e visão de mundo. Ao longo da história, se envolve cada vez mais na política para tentar mudar a situação na fictícia Vila da Mata. Para o ator, gravar as cenas em que Neco fazia discursos foram os momentos mais difíceis do trabalho em 'Cabocla'. "As cenas de palanque tinham muito texto, discursos políticos de três a quatro páginas, porque era só o Neco que falava no comício. Ele era um cara preocupado com a saúde, a educação, com o bem-estar do povo da sua região. Foi um personagem cheio de valores", relembra Danton.
Outro ponto forte da trama de Neco que faz o personagem ser lembrado até hoje é o romance proibido com Belinha (Regiane Alves). A moça é filha do coronel Boanerges (Tony Ramos), inimigo de seu pai. O ator destaca a importância da parceria que teve com Regiane Alves para o sucesso do casal. "Foi uma alegria contracenar com a Regiane e tantos outros do elenco. A novela fez muito sucesso e era incrível ser reconhecido, abordado, receber o carinho do público, e até hoje as pessoas falam muito e relembram esse personagem que marcou, e me marcou como profissional. Acho que essa reprise vai ser sem dúvida um sucesso", acredita.
Na entrevista abaixo, Danton Mello relembra um pouco mais sobre o trabalho em 'Cabocla':
Qual a sensação ao saber que 'Cabocla' vai voltar no 'Edição Especial'?
Estou muito feliz com o retorno de uma novela linda e que marcou tanto, fez um grande sucesso. É um trabalho muito lembrado até hoje por muitos fãs do meu personagem, o Neco, e da novela em si. Vai ser muito prazeroso e divertido rever esse trabalho e acredito que o público vai ficar muito feliz de acompanhar novamente as aventuras dessa novela linda.
A novela tem uma trama política forte e seu personagem estava totalmente inserido nesse universo. Como foi a preparação neste sentido? Acredita que os temas abordados seguem atuais?
Sim, seguem atuais sem dúvida. Principalmente assuntos voltados à política do coronelismo, da disputa política entre famílias do interior. O Neco, meu personagem, era um cara de vanguarda, progressista, queria mudar o mundo, a situação da sua cidade. Me lembro muito das cenas de comícios, no palanque, e dos discursos políticos. Era um cara preocupado com a saúde, a educação, com o bem-estar do povo da sua região. Foi um personagem cheio de valores.
Recorda a cena/sequência mais difícil e a mais divertida que fez na novela?
Foram muitas cenas e boas recordações. Entre as mais difíceis, eu citaria as cenas de palanque, eram discursos políticos de três a quatro páginas de texto porque só o Neco falava no comício. E já as cenas divertidas? Ah! Muitas (risos). Trabalhar com Tony Ramos. Oscar Magrini, Mauro Mendonça, John Herbert, com esse elenco incrível, colegas leves que transformavam qualquer set em um ambiente agradável. A gente tinha o intuito de contar essa história sempre com leveza nos bastidores, com carinho e respeito.
Quais as principais lembranças que guarda desse trabalho e da rotina de gravação?
Tínhamos um ambiente leve, prazeroso, era muito bom estar no set, ir para o trabalho e encontrar todos esses colegas maravilhosos. Era muito divertido, apesar de a rotina ser bem intensa. As fazendas ficavam no interior de São Paulo, era muito puxado sair antes do dia amanhecer para gravar todas as cenas da fazenda, almoçar, e voltar para os estúdios para gravar mais cenas. Era puxado, mas muito prazeroso.
Como foi a repercussão do personagem na época? Até hoje o público fala com você sobre o Neco?
Essa novela fez muito sucesso. Era incrível ser reconhecido, abordado, receber esse carinho do público, e até hoje as pessoas falam muito e relembram esse personagem que marcou, e me marcou como profissional. Foi um trabalho muito intenso, um personagem lindo, do bem, ainda recebo esse carinho e atenção das pessoas por causa do Neco. E por isso, acho que essa reprise vai ser sem dúvida um sucesso.
Você se destacou recentemente na série 'Justiça 2' e estará na próxima novela das seis, 'Garota do Momento'. Como enxerga essa boa fase profissional e o que ainda deseja realizar na carreira?
Estou muito feliz! Não só no meu momento atual, mas por tudo o que vivi nos meus 43 anos contando histórias. Olho para trás e só vejo grandes trabalhos, encontros, aprendizados, eu sempre digo e repito que nunca estudei na teoria, aprendi na prática. Meus mestres e professores foram os grandes artistas desse país. Feliz demais com tudo que vivi, desde 'A Gata Comeu', 'Vale Tudo', 'Tieta', 'Cabocla', 'Sinhá Moça', 'Hilda Furacão', foram tantos trabalhos marcantes e incríveis que só tenho orgulho. O meu desejo é continuar contando histórias, que até o último suspiro da minha vida eu tenha força para estar contando histórias no teatro, na televisão e no cinema. É isso que eu desejo!
Com estreia dia 26 de agosto no 'Edição Especial', após o 'Jornal Hoje, ‘Cabocla’ tem texto de Benedito Ruy Barbosa, adaptado por Edmara e Edilene Barbosa, com direção de núcleo de Ricardo Waddington e direção geral de José Luís Villamarim e Rogério Gomes.
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