A pandemia da obesidade é o tema do Repórter Record Investigação desta segunda-feira (26)

Foto: Record/Divulgação

Quando se fala em pandemia, todos se lembram dos milhões de afetados pela covid-19 e do drama vivido pelo planeta há pouco tempo. Mas existe outra doença que atinge ainda mais gente, há vários anos: a obesidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recentemente uma estimativa alarmante: já são mais de 1 bilhão de obesos no mundo todo. O Repórter Record Investigação desta segunda-feira (26/08) conta a história de quatro brasileiros, de idades e realidades diferentes, que precisam vencer a balança e deixar para trás os males causados pelo excesso de peso.

Com mais de 250 kg, Claudinei Rodrigues precisa perder peso com urgência para continuar vivo. Mas para conseguir uma cirurgia bariátrica no Sistema Público de Saúde, ele precisou embarcar em uma viagem que parece não ter fim. O ex-caldeireiro já tentou a sorte em quatro cidades diferentes de São Paulo e Goiás. "Eu tenho medo de morrer a qualquer momento. Se eu deixar do jeito que está, eu corro o risco. Se eu fizer a cirurgia, eu vou correr risco. Então, eu prefiro tentar fazer a cirurgia para poder voltar à minha vida normal," desabafa. 

Adriana dos Santos conseguiu fazer a bariátrica há dois anos. Só que, enquanto perdia peso, ganhou uma notícia inesperada: ela estava esperando um bebê. A gestação trouxe alegria para a família e apreensão para os médicos. "Recomenda-se de um ano a um ano e meio após a cirurgia para iniciar o processo de gravidez. Durante o processo de emagrecimento, enquanto o peso não estiver estabilizado, não é indicada por conta das perdas de íons, de minerais, de vitaminas que, na gestação, são extremamente importantes para o bem-estar materno e, principalmente, fetal". explica Juliana Fontes, ginecologista e obstetra especializada em gestações de alto risco.

O número de crianças e pré-adolescentes com excesso de peso e obesidade no Brasil é quase três vezes maior do que a média global. Com menos de dois anos de idade e pesando 30 kg, Kemilly faz parte dessa estatística. Assim como Davi, que chegou aos 13 anos com 156 kg. Nos dois casos, a quantidade e a qualidade da alimentação ajudam a explicar o problema.

Casos como esses mostram que o consumo de alimentos ultraprocessados surge como um fator decisivo na obesidade infantil. Produtos populares entre as crianças, como bolacha recheada, macarrão instantâneo e suco industrializado são baratos, de fácil acesso e possuem ingredientes artificiais nocivos à saúde.

"Os ultraprocessados têm maior quantidade de gordura saturada, de açúcar livre, menos quantidade de fibras e de proteínas. Além disso, eles têm aditivos químicos cosméticos - como corantes, saborizantes e texturizantes - que estão associados a processos inflamatórios no nosso organismo, várias doenças crônicas e ao excesso de peso", afirma Maria Alvim, integrante do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP.

O Repórter Record Investigação, apresentado por Luiz Fara Monteiro, vai ao ar nesta segunda-feira (26/08), às 22h45. 

Anderson Ramos

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