Repórter Record Investigação denuncia a ação de facções em terras indígenas da Amazônia, nesta segunda-feira (29)

Foto: Reprodução

Facções criminosas que aterrorizam centenas de cidades brasileiras estão cada vez mais próximas de um patrimônio da humanidade: os povos originários da Amazônia. O Repórter Record Investigação desta segunda (29/07) denuncia que, além do tráfico de drogas, criminosos agora atuam no garimpo, em reservas protegidas por lei. É o chamado "narcogarimpo".
 
"Quando você junta essas duas coisas, o narcotráfico e o ouro, a questão se torna mais complicada. Se o PCC é forte vendendo droga, imagina ele agora minerando ouro, traficando ouro?", questiona o professor da Universidade Federal de Roraima (UFRR) Rodrigo Pereira Chaves.
 
"Nós temos muita preocupação em relação à presença de indivíduos faccionados ou grupos criminosos nos territórios indígenas. Eles têm um modelo, uma forma sutil de trabalhar com as comunidades indígenas, aproveitando essas necessidades, essas vulnerabilidades, para que sirvam de olheiros, de informantes. Isso é muito perigoso para a luta dos povos indígenas," explica o advogado do Conselho Indígena de Roraima, Ivo Macuxi.
 
O combate às facções em terras indígenas ganhou um reforço na fronteira com a Venezuela. O Exército Brasileiro faz operações praticamente todos os dias para destruir acampamentos de garimpo ilegal. "Os indígenas estão o dia inteiro ali, convivendo com criminosos que estão armados, que têm um poder de pressão. Então, as pessoas muitas vezes são coagidas, colocando em risco sua própria vida se forem fazer um enfrentamento ao garimpo," afirma Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo.
 
Em Raposa Serra do Sol, cabe aos próprios indígenas zelar pela segurança do território e da comunidade. A vigilância improvisada tenta coibir a ação de garimpeiros na fronteira com a Guiana. "A gente tem destruído materiais de garimpo, impedido grande quantidade de bebidas alcoólicas adentrando nas nossas comunidades, impedido furto de animais das nossas comunidades. A gente tem impedido a entrada de pessoas desconhecidas querendo arrendar terra sem o conhecimento da liderança. Com o grupo de proteção, a gente diminui bastante a entrada de pessoas desconhecidas," explica Anastácio Lima, um dos integrantes do Grupo de Vigilância e Proteção Territorial.
 
A equipe do Repórter Record Investigação entra no território Yanomami para acompanhar uma das lideranças indígenas mais ameaças do país. Por denunciar crimes dos garimpeiros contra sua etnia, Júnior Yanomami precisa sempre de escolta de agentes da Força Nacional. "Estou fazendo uma parte, gritando para salvar um povo que está lá dentro da floresta. Eu estou fazendo essa voz para poder gritar também aqui no meio da sociedade. A sociedade precisa ouvir para poder chegar ajuda e salvar o entorno dos Yanomami, que é muito frágil," desabafa Júnior Yanomami.
 
O documentário "Facções em Terras Indígenas" vai ao ar nesta segunda-feira (29/07), às 22h45. A temporada completa do Repórter Record Investigação já está disponível para assinantes do PlayPlus.

Anderson Ramos

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