O apresentador João Vitor Xavier conversa com Bruno Maia, CEO da Feel the Match Crédito: Divulgação CNN Brasil |
Qual o potencial do futebol brasileiro para multiplicar cifras e fazer render bons negócios? CEO da Feel The Match, Bruno Maia, conversou com João Vitor Xavier no CNN Esporte S/A e traçou análises sobre esse universo, com base em seu conhecimento no assunto e em modelos internacionais. Produtor e diretor da série “Romário, o Cara”, disponível no serviço de streaming MAX, o empresário contou o que o motivou a investir na produção, evidenciando elementos que fazem do ex-jogador uma figura sem paralelos.
O CNN Esportes S/A com Bruno Maia vai ao ar neste domingo (21), às 21h15, na CNN Brasil.
''Na série do Romário, a gente mostra quando começam os primeiros patrocínios de um jogador, com a Seleção de 94, a primeira em que jogadores têm contratos individuais. Até então, eles faziam normalmente permuta botando um boné que tinha a marca de um restaurante, eles comiam de graça, ou pegavam uma roupa. Era tudo muito amador. O jogador não tinha capacidade de rentabilizar a própria imagem individualmente'', explica.
Sobre a decisão de perfilar Romário em uma série, Maia endossa sua admiração pelo ex-atleta: ''Ele é o cara, é um personagem muito rico do futebol brasileiro.'' ''É difícil encontrar na biografia de qualquer jogador do futebol brasileiro uma série de acontecimentos em um curto espaço de tempo tão malucos quanto é desse cara.''
Os episódios somam mais de 80 entrevistados, incluindo Guardiola, Ronaldo, Roberto Baggio, Baresi,Stoichkov, Neymar, Bebeto, Parreira, Jorginho, Zinho e Ricardo Rocha, entre outros. Dunga não respondeu, contou.
A ideia da produção veio, em parte, de uma série a que Bruno assistiu sobre o Chicago Bulls. ''O que a gente pode fazer de análogo a isso no esporte brasileiro? Infelizmente, a gente não tem um NBA no Brasil, a gente um uma liga, um produto forte. O que nos resta são eventuais clubes, momentos, ídolos.''
''A série do Michael Jordan'', continua, mostra como nem sempre é preciso depender da exibição de um jogo, lembrando que aquela foi uma produção feita durante a pandemia.
Para ele, é preciso entender qual a real capacidade de impacto econômico que os clubes têm para gerar, a partir das paixões que despertam em uma base da população. ''Não é só culpa dos clubes de futebol, a maturidade do nosso mercado também é diferente, do mercado de mídia, do mercado do esporte como um todo'', fala. Os clubes no Brasil, observa ele, ainda são essencialmente dependentes dos direitos de transmissão das competições.
A entrevista ao CNN Esportes S/A aborda ainda pela Máfia do Apito, primeiro escândalo de apostas comprovado no futebol brasileiro, a também pela questão do preconceito de gêneros nesse universo.
''A gente não pode exigir de ninguém sair do armário ou falar da sua vida privada, são direitos, cada um avalia o que quer fazer com isso. Mas quando alguém tem a coragem de se expor por uma causa e algo que pode causar efeitos negativos na sua vida, por conta do preconceito, e as pessoas fazem isso, a gente precisa muito valorizar, especialmente quem fez - o Emerson, que hoje é presidente do Bahia, o Richarlyson''.
Ex-vice-presidente de marketing do Vasco, entre 2018 e 2019, Maia lembra como funcionava a gestão Eurico Miranda e analisa o momento atual do clube. Ressalta a capacidade de produção de conteúdo nas redes sociais e de engajamento, mesmo não tendo a maior torcida do Rio de Janeiro.
''A gente viu nos últimos anos também um crescimento importante das redes sociais dos clubes, gerando um trabalho mais efetivo e conteúdos que têm mais recorrência de consumo pelos fãs'', diz. ''Vejo muito uma mudança de guarda nos profissionais, uma molecada que chegou há sete, oito, às vezes 10 anos, e está amadurecendo o mercado da comunicação no esporte e traz um ar novo''.
O CNN Esportes S/A vai ao ar neste domingo, às 21h15 na CNN Brasil
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