Documentário inédito e exclusivo do Canal Curta! conta trajetória do brasileiro Santos Dumont, o Pai da Aviação

Cena do documentário 'Santos Dumont, O Céu na Cabeça' com imagem do aviador e algumas de suas invenções. Crédito: divulgação/Curta!

Um homem com os pés no chão e o céu na cabeça, que desde criança dizia que o homem podia voar e que transformou essa certeza em realidade. Assim era o mineiro Alberto Santos Dumont (1873-1932), personagem do documentário inédito ''Santos Dumont, O Céu na Cabeça'', que estreia com exclusividade no Curta!. Dirigido por Eder Santos e Monica Cerqueira, que também assina o roteiro, o longa traz detalhes da vida pessoal e profissional do inventor por meio de uma pesquisa minuciosa. Imagens de arquivo e de dezenas de invenções do aviador, recortes de jornais nacionais e internacionais, documentos pessoais e entrevistas com pesquisadores brasileiros, franceses e americanos integram a obra.
 
Filho de um engenheiro e cafeicultor, Dumont se apaixonou ainda cedo pelas histórias de Júlio Verne. O autor francês, considerado o inventor da ficção científica, escrevia histórias sobre máquinas gigantes capazes de flutuar no ar. O jovem brasileiro, que via a primeira ferrovia do país ser construída em sua cidade natal, pensava que os gigantes voadores já haviam sido inventados. Sem as amarras do impossível, sua mente inventiva se debruçou sobre os estudos e as experimentações para realizar tal feito.
 
“Santos Dumont é um brasileiro fascinante, eu diria que é um herói. Pra mim, ele deu o primeiro grande passo da aeronáutica. O problema era como dirigir os balões, que ficavam ao dispor do vento”, explica o historiador Alberto Dodsworth, sobrinho bisneto do inventor. O primeiro dirigível construído por ele utilizou a recém-lançada tecnologia do motor a petróleo, possibilitando dirigir um balão e realizar o sonho de poder voar pelos ares.
 
A França foi a casa das grandes conquistas de Dumont. Ele chegou ao país em 1892 e intensificou seus estudos sobre a aviação. Cada uma de suas construções era melhor do que a anterior, trazendo a resolução de problemas e buscando a autonomia da máquina. Em 1901, ele decidiu participar de um torneio que iria premiar o aviador que usasse o seu dirigível para dar uma volta na recém-inaugurada Torre Eiffel. Dumont foi o mais rápido a completar o percurso e distribuiu o prêmio entre os mecânicos da sua equipe e os mais desafortunados.

Alguns anos depois, em 1906, ele ganhou outra premiação importante para sua trajetória. Com o famoso 14-Bis, primeiro avião mais pesado que o ar, Dumont conquistou o Prêmio Archdeacon e o Prêmio do Aeroclube da França ao voar mais de 200 metros pelos céus de Paris. Todas essas construções e seus resultados eram catalogados e divulgados pelo próprio aviador, que nunca registrou uma patente. “O que Santos Dumont fez foi algo muito importante. Ele voou publicamente de uma forma que emocionou o mundo todo e realmente acelerou todo o desenvolvimento dos aviões, porque as pessoas viam o que ele estava fazendo”, afirma o jornalista e biógrafo americano Paul Hoffman.
 
Com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, Dumont viu com pesar sua invenção ser usada como arma de destruição. Infeliz e se sentindo culpado, abandonou os estudos na área da aviação e retornou ao Brasil. Ao voltar, resolveu seguir os passos de seu pai e se dedicar à vida no campo. Lutando contra o pesadelo que era ver as suas criações usadas belicamente, durante anos tentou impedir essa utilização sem, no entanto, alcançar sucesso. Em 1932, Santos Dumont tirou a própria vida, ação essa que ficou em segredo durante anos.
 
“Santos Dumont, O Céu na Cabeça” é uma produção da Trem Chic viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O documentário também pode ser visto no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro TV+ e no site oficial da plataforma (CurtaOn.com.br) um dia depois da estreia no canal. A exibição é no dia temático Sextas de História e Sociedade, 19 de julho, às 22h.

O compositor David Tygel ao piano (Crédito: divulgação/Curta!)

David Tygel revisita seus principais trabalhos em episódio inédito de 'Na Trilha do Som'

A aptidão para a música acompanha o compositor David Tygel desde a infância. Com sua mãe, escutava diferentes estilos musicais e desenvolveu o gosto pelo canto. Quando já estava quase decidido a seguir por esse caminho, encontrou Zé Rodrix, Ricardo Villas e Maurício Maestro, que se tornaram amigos e parceiros em seu primeiro projeto musical, o Momento Quatro. No episódio inédito da série “Na Trilha do Som”, exclusiva do Curta!, o músico, ganhador do Grammy Awards 2023 por sua participação no grupo Boca Livre, revisita sua trajetória e seus trabalhos.
 
O primeiro projeto como compositor de trilha sonora veio em 1985 com o filme “Espelho de Carne”, de Antônio Carlos da Fontoura. Tygel relembra o convite com muito entusiasmo durante a entrevista, contando que há muito queria adentrar nesse universo que acreditava ser pouco explorado. “Quando eu comecei a fazer música para cinema, tinha pouca gente ligada nisso, pouquíssimos compositores e um pessoal que ainda não acreditava no cinema. Os próprios diretores e produtores de cinema não davam essa importância para a música. [...] A gente foi educado muito em ler as legendas e, quando fomos obrigados a ouvir, o pessoal sacou a deficiência do som”, explica o músico.
 
No ano seguinte, ele compôs para o longa “O Homem da Capa Preta”, de Sérgio Rezende. Repleto de personagens, criar as trilhas para o filme foi um grande desafio já que cada história pedia uma composição diferente. O trabalho do filme abriu portas para Tygel, que nos anos seguintes trabalhou em diversas outras produções, como, por exemplo, “Lamarca” (1994), também dirigido por Sérgio Rezende, que conta a história de Carlos Lamarca, guerrilheiro brasileiro que foi um dos líderes na luta contra a ditadura militar.
 
Sobre esse trabalho, que envolveu a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo e o músico Marcelo Maestro, seu amigo pessoal, Tygel destacou a grandiosidade das composições e a contraposição da trilha com a solidão enfrentada pelo guerrilheiro. Ele relembra que, quanto mais sozinho o personagem ficava, mais altas e detalhadas eram as canções. “Foi um trabalho muito bonito, a orquestra é absolutamente maravilhosa e foi um dos filmes da minha carreira que eu acho mais bacana. A música ficou aquilo que eu tinha imaginado”, comemora o compositor.
 
Tygel também trabalhou no desenvolvimento de trilhas sonoras para longas-metragens como “Leila Diniz” (1987)”, de Luiz Carlos Lacerda; “Dois Perdidos Numa Noite Suja” (2002), de José Joffily; “Doida Demais” (1989), “Quase Nada” (2000) e “O Paciente - O Caso Tancredo Neves” (2018), de Sérgio Rezende.

Em oito episódios, a série “Na Trilha do Som” conta a trajetória de compositores de trilha sonora de diferentes gerações, tendo os depoimentos dos músicos ilustrados por imagens de suas obras nas produções audiovisuais. Os outros sete são: Chico Buarque, André Abujamra, Plínio Profeta, David Tygel, DJ Dolores, Gilberto Gil e Remo Usai (in memorian).

''Na Trilha do Som'' é uma produção da Urca Filmes viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A série também pode ser assistida no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível no Prime Video Channels, da Amazon, na Claro TV+ e no site oficial da plataforma (CurtaOn.com.br) um dia depois da estreia no canal. A exibição é no dia temático Segundas da Música, 15 de julho, às 20h30.

Segundas da Música – 15/07

19h30 – ''Grandes Mitos: Vikings'' (Série) - Episódio: O Casamento Sangrento - INÉDITO E EXCLUSIVO

Depois de uma longa guerra, os Vanir e os Aesir selam a paz. Asgard deve ser reconstruída e um mestre construtor se oferece para o trabalho - em troca, exige a lua e o sol. Mimir é decapitado e sua cabeça é devolvida para Odin, que o embalsama para que a continue sendo seu fiel conselheiro. As primeiras palavras do ressuscitado Mimir avisam: os filhos de Loki causarão a queda dos deuses… Diretores: Camille Dalbéra Duração: 26 min Classificação: 14 anos Horários alternativos: 16 de julho, terça-feira, às 5h30 e às 13h30; 17 de julho, quarta-feira, às 7h30; 20 de julho, sábado, às 11h30 e 21 de julho, domingo, às 2h e às 17h15.

20h30 – ''Na Trilha Do Som'' (Série) - Episódio: David Tygel - INÉDITO E EXCLUSIVO

David Tygel nos recebe em seu estúdio para falar do seu processo de composição e comenta de seu passado como músico do grupo Boca Livre, mostrando de que maneira isso influenciou seu trabalho como compositor de trilhas marcantes como a de "O Homem da Capa Preta" e "A Cor do Seu Destino". Diretores: Marcelo Janot Duração: 24 min Classificação: 10 anos Horários alternativos: 16 de julho, terça-feira, às 0h30 e às 14h30; 17 de julho, terça-feira às 8h30; 20 de julho, quinta-feira, às 20h30 e 21 de julho, domingo, às 12h.

Terças das Artes – 16/07

20h30 – ''Brasil Visual - 2ª Temporada'' (Série) - Episódio: A dualidade entre o Mundo dos Vivos e dos Mortos – INÉDITO E EXCLUSIVO

Forças vinculadas à espiritualidade guiam os processos artísticos e pensamentos presentes no documentário. Nesse sentido, a dualidade entre o mundo dos vivos e dos mortos encontra na poética das obras um meio para se expressar. A Kalunga se transforma numa máquina do tempo para ver o invisível com seus olhos d´água. Direção: Rosa Melo Duração: 26 min Classificação: 14 anos Horários alternativos: 17 de julho, quarta-feira, às 0h30 e às 14h30; 18 de julho, quinta-feira, às 8h30; 20 de julho, sábado, às 19h; 21 de julho, domingo, às 10h30.

21h50 – ''Sessão PortaCurtas: A Alma das Coisas'' (Documentário) - INÉDITO NO CANAL

Nascimento, vida e morte de uma escultura carnavalesca. Atrelada à mitologia dos Orixás, uma metáfora da criação a partir do boneco Babalotim, um ídolo menino que já viveu muitos carnavais. Direção: Douglas Soares, Felipe Herzog Duração: 20 min Classificação: Livre Horários alternativos: 17 de julho, quarta-feira, às 1h50 e às 15h50; 18 de julho, quinta-feira, às 9h50; 20 de julho, sábado, às 7h30; 21 de julho, domingo, às 18h30.

Quartas de Cena e Cinema – 17/07

23h – ''Coreografia, O Desenho da Dança no Brasil'' (Série) - Episódio: Rui Moreira - INÉDITO NO CANAL

A fluidez e presença de Rui nos palcos, desde seus tempos de Grupo Corpo, sempre fizeram dele “o corpo do qual os olhos não desgrudavam”. De seu início na companhia Cisne Negro ao encontro com as raízes africanas no Senegal – onde fez uma imersão para criar o espetáculo Co ÊS, retratado neste episódio – a trajetória de Rui é a de um verdadeiro anjo 45, guerreiro e sedutor. Direção: Jorge Saad Jafet Classificação: Livre Horários alternativos:18 de julho, quinta-feira, às 3h e às 17h; 19 de julho, sexta-feira, às 11h e 20 de julho, sábado, às 9h.

Quintas do Pensamento – 18/07

23h – ''Foucault Contra Ele Mesmo'' (documentário)

O filme destaca as múltiplas facetas de uma vida movimentada, desde sua chegada a Paris no final dos anos 1940, quando o jovem provinciano integra a École Normale Supérieure, até 1984, quando o pensador mundialmente conhecido morre bruscamente, vítima da AIDS. "Foucault contra ele mesmo" ou como um dos maiores pensadores do século XX fez questão de nunca dar uma visão definitiva dele mesmo e de sua obra. Direção: François Caillat Duração: 53 min Classificação: 12 anos Horários alternativos: 19 de julho, sexta-feira, às 03h e às 17h; 20 de julho, sábado, às 14h30; 21 de julho, segunda-feira, às 20h30 e 22 de julho às 11h.

Sextas de História e Sociedade – 19/07

22h – ''Santos Dumont, O Céu na Cabeça'' (Documentário) - INÉDITO E EXCLUSIVO

Um documentário histórico-poético para revelar o homem Santos-Dumont, além de seus inventos. Fatos e curiosidades serão contados nos lugares onde ele viveu buscando vestígios que revelem sua presença e memória. Cada território estará ligado a fatos e lembranças de diferentes períodos da vida de Santos-Dumont (1873-1932). Direção: Eder Santos e Monica Cerqueira Duração: 72 min Classificação: Livre Horários alternativos: 20 de julho, sábado, às 2h e às 15h30; 21 de julho, domingo, às 21h30; 22 de julho, segunda-feira às 16h e 23 de julho, terça-feira, às 10h.

23h30 – ''Histórias da Gente Brasileira'' (Série) – Episódio: ''República – A Era de Ouro do Rádio'' - INÉDITO E EXCLUSIVO

Foi no início dos anos 20 que o presidente Epitácio Pessoa inaugurou a Era do Rádio no Brasil. Desde então a radiodifusão passou por grandes transformações. A nova mídia foi utilizada como instrumento político durante a Era Vargas, colaborou para o surgimento da dramaturgia folhetinesca e de uma embrionária MPB, revelando artistas que exerceram influência de norte a sul. Direção: Beca Furtado Duração: 26 min Classificação: 10 anos Horários alternativos: 20 de julho, sábado, às 03h30 e às 11h; 21 de julho, domingo, às 18h; 22 de julho, segunda-feira às 17h30 e 23 de julho, terça-feira, às 11h30.

Sábado – 20/07

22h – ''O Barato de Iacanga'' (Documentário)

Os bastidores do Festival de Águas Claras, o mais lendário festival alternativo dedicado à música brasileira. A narrativa é construída a partir de Leivinha, idealizador do evento. Na época com 20 anos, ele organizou as quatro edições do festival (1975, 1981, 1983 e 1984), transformando a fazenda de seus pais no principal destino hippie daquele período. Direção: Thiago Mattar Duração: 94 min Classificação: 16 anos Horários alternativos: 21 de julho, domingo, às 15h30 e 22 de julho, segunda-feira às 2h15.

Domingo – 21/07

23h – ''The Rolling Stones: Crossfire Hurricane'' (Série) – Episódio 1

Tomando o título de uma letra de “Jumpin´ Jack Flash”, “Crossfire Hurricane” dá ao espectador uma visão íntima de como é exatamente fazer parte dos Rolling Stones enquanto eles superam denúncias, drogas, dissensões e mortes. Ao longo de um ano em produção, “Crossfire Hurricane” é e continuará sendo a história definitiva da Maior Banda de Rock & Roll do Mundo. Direção: Brett Morgen Duração: 60 min Classificação: 16 anos.

Anderson Ramos

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