Episódio desta semana do Repórter Record Investigação mostra a dura realidade dos crimes contra mulheres no Brasil

Foto: Reprodução/Record

Um crime que aumenta a cada ano no Brasil. Entre 2015 e 2023, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que quase 11 mil mulheres foram mortas no país vítimas de feminicídio, e esses números não param de crescer. Em média, quatro brasileiras são mortas por dia, na maioria das vezes, simplesmente, por serem mulheres. Essa brutal realidade é o tema do sexto episódio da nova temporada do Repórter Record Investigação, já disponível no PlayPlus, o streaming da RECORD

A equipe da série visitou famílias de mulheres vítimas de maridos, namorados e ex-companheiros, em São Paulo e no Espírito Santo.  

"Os crimes não chegam, diretamente, a serem praticados na sua violência máxima. São gradativos, iniciam com violências verbais, morais, físicas, até chegar, infelizmente, ao feminicídio", explica a diretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, Raquel Gallinati. 

Na região do ABC paulista, Valéria Delfino se casou ainda adolescente, aos 16 anos, com um homem 12 anos mais velho. Depois das primeiras agressões, ela tentou se separar e prestou queixa à polícia. Mas não foi suficiente. Edson dos Santos matou a companheira, a facadas, na frente dos dois filhos do casal.  

"Quando cheguei minha filha estava toda descabelada, o rosto vermelho, ele batia a cabeça dela na parede, na cama. A porta do quarto dos meninos teve que tirar porque estava toda furada de faca", relata a mãe de Valéria, Eliete dos Santos. 

O filho mais velho de Valéria também foi ouvido pela reportagem e deu um depoimento perturbador e emocionante à repórter Marcela Varasquim. “Não gosto mais dele (do pai). Nunca gostei também. O jeito que ele fez a minha mãe sofrer, eu praticamente não perdoo mais, nunca perdoo", desabafa o garoto, de apenas 11 anos. Enquanto o irmão mais novo diz: “O pai ficou preso, e a mãe ficou com o papai do céu”.  

No Espírito Santo, o ex-marido de Marciane Pereira não aceitava o fim do casamento. Ao descobrir que ela tinha um novo namorado, ateou fogo na mulher, que teve queimaduras em quase a metade do corpo e perdeu uma perna. 

"Comecei a perguntar se tinha mão, seio, barriga. Se eu tinha ouvido, boca, nariz. Porque, até então, na minha mente, não tinha noção nenhuma do estrago que tinha feito", relata a vítima. 

“A gente está falando de um homem, com uma fragilidade na sua masculinidade. Muitas vezes eles estão desempregados, ou não ganham tanto quanto gostariam, sendo violento, dominando a mulher. Aí ele se sente homem, é uma visão de masculinidade extremamente frágil. Extremamente pobre”, analisa a psicanalista Vera Iaconelli.  
 
Para Juliana Martins, Coordenadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em um relacionamento abusivo, o agressor vai isolando a mulher de outras relações sociais que ela tenha. “Então, é muito difícil, de fato, ela romper sozinha com esse tipo de violência”. 

Essas e outras histórias que servem de alerta para a sociedade estão em Feminicídio, Até Quando?, novo episódio da atual temporada do Repórter Record Investigação, já no PlayPlus (www.playplus.com/), onde também podem ser acessadas as outras reportagens d

Anderson Ramos

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