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| Fernando Nakagawa, Débora Oliveira e Marcos Lisboa no CNN Entrevistas. Divulgação/CNN Brasil |
O CNN Entrevistas deste sábado, 25, às 18h30, recebe o presidente do Insper, Marcos Lisboa. O especialista em Economia e Finanças conversa com Fernando Nakagawa e Débora Oliveira. Entre outros temas, ele analisa o arcabouço fiscal para 2025, dizendo que vê problemas.
''O arcabouço tem uma inconsistência porque ao mesmo tempo que você criou uma trava no crescimento da despesa, que foi uma ótima notícia, tem sempre um discurso contra limitar o crescimento da despesa”. Para ele, o conjunto de regras adotadas e, em particular, a volta da indexação da saúde e educação, criou uma contradição “porque, por um lado, você quer aumentar a receita mas, por outro lado, ao aumentar a receita, diversas despesas necessariamente têm que crescer também e o total das despesas está limitado por 2,5%''.
Outros pontos do arcabouço lembrados por ele dizem respeito ao salário mínimo, “que amarra toda a previdência”, e o reajuste de servidores. Além disso, ''a preocupação é que esse governo já começou aumentando os gastos na educação significativamente e sem dizer de onde vem a receita'', ele alerta.
Lisboa defende o teto de gastos e o tema qualidade da política pública, que na sua visão não aparece em áreas como a educação, segurança pública e infraestrutura.
Sobre a Reforma Tributária, Marcos Lisboa se diz preocupado com a pressão de grupos e lamenta a perda de oportunidades no Brasil.
''Eu acho que seguir a lei é sempre recomendável'', afirma sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal. O presidente do Insper salienta que o atual governo começou aumentando gasto sem previsão de receita, desde a PEC da transição, com os deputados da base aliada hoje que apoiaram medidas de aumento de gasto sem receita do governo anterior.
Com elogios ao trabalho de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central, Lisboa destaca que o país saiu de uma inflação muito alta na pandemia pra uma inflação bem baixa.
Quem é Marcos Lisboa
Atual presidente do Insper, Marcos Lisboa ocupou o cargo de vice-presidente (2013 a 2015)na instituição. Ele também atuou no primeiro governo Lula como secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (2003-2005).
Foi diretor-executivo do Itaú Unibanco e, de 2009 a 2013, atuou como vice-presidente da empresa. Lisboa foi professor assistente de economia na Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas entre 1998 e 2002 e, anteriormente, de 1996 a 1998, professor assistente de Economia no Departamento de Economia da Universidade de Stanford. Ele é Ph.D. em Economia pela Universidade da Pensilvânia.
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