Bruno Mazzeo e Debora Lamm comemoram a estreia da nova fase de 'Cilada'

Foto: Divulgação

Bruno Mazzeo quase admite que seu personagem em 'Cilada', também chamado de Bruno, é seu alter ego. Mas não é só o jeito de encarar as dificuldades e roubadas do dia a dia que os dois têm em comum: a parceria com Debora Lamm é perceptível dentro e fora das telas. Na nova temporada da série de humor, que estreia hoje no Globoplay, a dupla de amigos interpreta um casal que está há anos junto, enfrentando os dilemas de um casamento em crise. Em 10 episódios, o público pode conferir diferentes situações do cotidiano e, com pelo menos uma, os atores garantem que todo mundo vai se identificar.  
  
A nova fase começa dez anos após o último episódio da série original, uma das comédias pioneiras no Multishow, que também foi adaptada e exibida no Fantástico e chegou a virar filme, ‘Cilada.com’ (2011). Nesta nova temporada, o humorístico surge repaginado, com a dupla de protagonistas passando por situações típicas dos tempos atuais.
  
Com uma cumplicidade que ultrapassa a vida profissional, Bruno Mazzeo e Debora Lamm, que respectivamente interpretam os personagens Bruno e Debora, comentam as novidades da nova fase de ‘Cilada’. Atualizada e repaginada, a obra promete divertir diferentes gerações.  
  
Confira a entrevista com Bruno Mazzeo:   
 
Cilada é uma comédia que retrata situações do cotidiano. Como criador da série, como é o seu processo criativo para pensar em diferentes ciladas? Você se inspira na sua própria realidade?    
Minha fonte de inspiração nesta série é o cotidiano. Buscamos muito mais a identificação com a situação vivida, do que a graça pela graça. Não só me inspiro nas coisas que acontecem comigo, com minha parceira Rosana Ferrão, mas também nas coisas que ouço de amigos, ou nas coisas que imaginamos que possam de fato acontecer. O que eu mais gostava no contato com o público não era quando me diziam “foi muito engraçado”, mas sim “aconteceu igualzinho comigo”.    
  
De que forma você descreveria o Bruno, seu personagem, nesta nova fase de Cilada?    
Ao contrário do que muitos pensam, Bruno não é meu alter ego. Quer dizer. Pensando bem… enfim.  
  
Como foi contracenar com a Debora Lamm neste projeto?    
Não tem ninguém com quem eu tenha trabalhado mais do que Debora Lamm. É um prazer estar ao seu lado, um astral que contagia, uma das risadas mais gostosas que conheço. Fora isso, é uma das melhores atrizes da sua geração (e das outras também), uma parceira com quem me entendo no olhar.  
  
Pra você, Cilada pode ser considerada uma obra transgeracional?    
Eu realmente estou muito curioso para saber isso. Continua sendo uma série capaz de abranger um público amplo. Uma daquelas que casais podem ver juntos, pais podem ver com filhos. Afinal, as ciladas são parte da vida de todos nós.  
  
Nos últimos anos, muitas obras clássicas foram regravadas, repensadas e resgatadas de alguma forma. Você acha que Cilada se insere nesse mercado da nostalgia e memória afetiva? Como você avalia esse movimento no audiovisual?    
Pode ser. Quando topei a pilha do produtor Augusto Casé foi pensando em celebrar essa história tão importante pra minha vida. Juro que não fui motivado por isso estar acontecendo com outras obras. Isso está acontecendo não só no audiovisual como, por exemplo, na música, com shows comemorativos de álbuns específicos, reencontros… será que é coisa da idade?  
  
Cada episódio da série traz uma cilada diferente. Quais são os principais assuntos abordados nesta temporada? O que o público pode esperar?     
Acho que o público pode esperar uma identificação imediata com situações pelas quais todos passamos. Sempre olhando pela lente do humor. A desgraça de ontem é a graça de amanhã. A série sempre teve essa característica de ser “temática”. Assim, podemos passar por assuntos variados. Seja uma ida ao cartório, um fim de semana no resort, uma reunião de condomínio, um almoço de família, uma balada sertaneja; seja as redes sociais, aplicativos e novas tecnologias. O único tema repetido vai ser o do “Churrasco”, que é o mais pedido toda vez que falo do Cilada nas redes. Talvez seja o greatest hit.  
  
Ao longo da trama você interpreta vários outros personagens que ajudam a ilustrar a história e trazem um humor muito característico. Qual é o objetivo dessa dinâmica e como foi o processo de construção desses diferentes personagens?  
Sempre fez parte da linguagem do Cilada esses depoimentos, talking heads de personagens variados comentando as situações vividas por Bruno. Dessa vez focamos nos dois personagens que mais marcaram: o pitboy Alexandre Focker e o antropólogo Albênzio Peixoto. Fora isso, existem o que chamamos de “simulações”, as cenas que ilustram o assunto. Para essa parte, agora temos o Pedroca Monteiro, que participa comigo e Debora. Aí podemos emular situações históricas, como JK e Niemeyer construindo Brasília, o naufrágio do Titanic, Dona Flor e seus dois Maridos e até Super Homem num churrasco.  
 
Confira a entrevista com Debora Lamm:  
 
De que forma você descreveria a Debora, sua personagem?   
A Debora é uma mulher comum que dá margem para muitas mulheres se identificarem com ela. É muito fácil se reconhecer em diversas situações ali.  
 
Como foi contracenar com o Bruno Mazzeo neste projeto?   
Eu e Bruno nunca deixamos de conviver, nem de trabalhar juntos. Essa nova temporada oficializa ainda mais nossa afinidade artística e nossa intimidade cênica. Está tudo ali para o público testemunhar!  
 
O foco principal da temporada é um casamento em crise, e esse tema é pano de fundo de muitas comédias românticas. Na sua opinião, o que Cilada consegue mostrar de diferente a respeito desse assunto?   
As pessoas conhecem esses personagens há anos, já viram o Bruno e a Debora em uma série de situações e agora vão acompanhar o amadurecimento deles como casal estabelecido num relacionamento irritantemente comum. Não há heróis, maniqueísmo, bem e mal e tantos outros chavões da comédia romântica. Bruno e Debora são o retrato fiel do ser humano médio que somos, e o desconforto que o dia a dia do casal gera é mostrado de forma hilária.  
 
Entre os diferentes temas abordados ao longo da temporada, qual é o que mais te marcou ou chamou atenção, e por quê?   
Bruno e Debora tentando se adequar ao tempo, arriscando o relacionamento aberto, sem o menor sucesso.  
 
Tem alguma curiosidade das gravações que você gostaria de destacar?   
Crises de riso inúmeras. Inúmeras mesmo.  
 
Criada por Bruno Mazzeo, a série Original Globoplay ‘Cilada’ é escrita por Bruno Mazzeo e Rosana Ferrão, com colaboração de Gustavo Gessullo e Bárbara Duvivier. A direção de arte é de Rafael Ronconi, com direção de Felipe Joffily. A produção é de Augusto Casé.   

Postar um comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do O Universo da TV.

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato