Mundo Novo, drama antirracista de Alvaro Campos, estreia nos cinemas brasileiros em maio

Foto: Divulgação

O longa-metragem de ficção Mundo Novo, escrito e dirigido por Alvaro Campos, já tem data de estreia. O filme, produzido pela Coqueirão Pictures, em coprodução com Vilania Ficcional e Nós do Morro e produção associada da VideoFilmes, conta a história dos preconceitos vividos por um casal inter-racial e chega aos cinemas brasileiros em 23 de maio com distribuição da O2 Play.

Mundo Novo, que esteve na 45ª Mostra Internacional de São Paulo, fala das vidas de Conceição, uma advogada negra, e de Marcelo, um grafiteiro branco, que decidem pedir financiamento bancário para comprar um apartamento no Leblon após passarem o isolamento da pandemia de Covid-19 juntos. Mas, para conquistarem o novo lar, o casal precisa da ajuda de Charles, irmão de Marcelo, o que acaba revelando os verdadeiros pensamentos de Charles sobre o casal. O longa também passou pelo Festival do Rio de 2021, onde arrematou dois prêmios: Melhor Roteiro, para o diretor Alvaro Campos e elenco, e Melhor Atriz, para a atuação de Tati Villela, no papel de Conceição.

''Eu nunca havia feito um longa-metragem, somente curtas e médias. Me debrucei sobre as referências e embarquei na construção da Conceição. Fiquei muito feliz com o resultado do filme. Produção, fotografia, tudo contribuiu para que eu pudesse ganhar o prêmio. Eu atuo há muito tempo, é o que me move e me mantém viva. Ser reconhecida pelo meu trabalho é um dos maiores presentes e me dá força para continuar'', comenta a atriz Tati Villela.

O drama antirracista foi filmado integralmente no morro do Vidigal, com parceira do grupo Nós do Morro, explorando o ponto de vista da comunidade do Vidigal para contar uma história sobre o racismo estrutural no Brasil e sua relação greográfica na cidade do Rio Janeiro. Além disso, o longa é inspirado no clássico ''Adivinhe quem Vem para Jantar''.

''O longa da década de 60 foi inspiração para tantas obras primas como ''Febre da Selva'' e ''Corra!'', e cruzar todas essas referências pela ótica do Vidigal, explorando a convivência forçada e a sublimação cordial dos choques raciais e de classe, era empolgante. Se em ''Adivinhe quem Vem para Jantar'' há uma reflexão sobre a sinceridade prática dos ideais dos progressistas dos anos 60, em Mundo Novo há o esforço de esmiuçar o mesmo na classe média brasileira de hoje'', explica o diretor Alvaro Campos.

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