Carlos Eduardo Pereira discute livro "Agora Agora" no Trilha de Letras

Foto: Divulgação / TV Brasil  

A edição inédita do programa Trilha de Letras recebe o escritor Carlos Eduardo Pereira nesta terça (30), às 22h30, na TV Brasil. O convidado bate um papo com a apresentadora Eliana Alves Cruz sobre racismo no país a partir do seu mais recente romance, o título "Agora Agora". O papel do livro no fomento à empatia é outro assunto destacado pelo autor no decorrer da entrevista.

A atração sobre literatura também pode ser acompanhada em formato podcast nas plataformas digitais. A conversa gravada na BiblioMaison para o programa fica disponível no app TV Brasil Play e no canal do YouTube da emissora pública. A produção sobre o universo literário ainda tem uma versão radiofônica que vai ao ar às quartas, mais tarde, às 23h, pela Rádio MEC.

No quadro "Dando a Letra", espaço do Trilha de Letras que traz sugestões de leitura, a booktuber Taryne Zottino indica a obra "Humanos Exemplares", romance da escritora carioca Juliana Leite. O segundo livro da autora acompanha a solitária rotina de uma viúva idosa que vive das lembranças para lidar com o tédio do presente.

Identificação e empatia

Durante o Trilha de Letras, Carlos Eduardo Pereira reflete a respeito de temas sociais latentes. Essas perspectivas são levantadas na conversa com a anfitriã Eliana Alves Cruz ao comentar a sua mais recente produção literária, o livro "Agora Agora".

A obra aborda três gerações de homens negros de uma mesma família que têm o mesmo nome: Jorge. A partir da história de cada um deles, a narrativa traça um panorama do racismo no Brasil, revela como afeta as oportunidades e destaca a influência na psique de pessoas negras.

Carlos Eduardo também fala sobre o papel do livro para gerar identificação. "A literatura me parece ser a experiência mais radical de empatia", sugere. A proposta chama a atenção do leitor para questões que podem não fazer parte do cotidiano de todos, mas certamente colaboram para que se enxergue determinadas causas com olhos mais empáticos.

O romancista explica que o público pode imaginar a partir se suas próprias concepções. "Na literatura, a gente como leitor cria aquele universo, por mais que tenha um narrador direcionando as coisas, alguém que pensou antes, um escritor", pondera sobre o exercício de se colocar no lugar do outro.

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