Foto Beatriz Oliveira |
Os apresentadores Chris Maksud e Atilio Bari recebem o ator Fabio Assunção na primeira edição da nova temporada do Persona, neste domingo (17/3), a partir das 21h, na TV Cultura. Durante o programa, o artista relembra momentos importantes de sua carreira, como se apaixonou pelo teatro, sua experiência ao migrar do teatro à televisão, sua relação com produções de comédia e muito mais.
Indicado ao Emmy Internacional, em 2009, um dos atores mais respeitados da televisão e do teatro brasileiro, Fabio Assunção conta sobre como foi o início de sua carreira na televisão: “Fui ver uma peça que a Bri Fiocca atuava e ela conversou comigo. Ela falou: “Você já pensou em fazer dramaturgia?”. [...] E eu falei: “Vamos, quero fazer sim.”. E ela me falou para pegar um texto na Globo da Marechal, que eu iria para o Rio fazer um teste. [...] E uma semana depois, o Paulo Ubiratan me ligou dizendo que eu tinha passado no teste. Aí eu fui pro Rio e acabei fechando meu primeiro contrato. [...] E é aquela coisa também da coragem do ator, né? De chegar e falar “bom, eu não manjo muito disso aqui mas eu vou! Vou com tudo!”. O artista ainda diz que, logo depois, já estava contracenando com grandes figuras brasileiras, como Lima Duarte.
Fabio também participou da peça “Oeste”, dirigida por Marco Ricca, e comentou sua preferência ao ambiente teatral. “Eu acho que no teatro eu sou mais dono do tempo, sabe? Eu gosto de chegar duas horas antes, sentar no palco e olhar a plateia vazia. [...] Olhar aquele espaço todo silencioso, eu deito ali e respiro naquele vazio. Então, o tempo é seu. Você faz o seu rito. O teatro tem coisas muito curiosas, né? A sensação que eu tenho quando eu entro em cena [...] é como se fosse um corpo no universo, que a velocidade que você chuta é a velocidade que a bola vai. A energia que você começa é o jeito que a trajetória vai, e você vai nesse fluxo”, relata o ator.
Atilio Bari pergunta ao artista como ele se sentiu em suas primeiras experiências como ator: “Eu sempre tive essa coisa de mergulho, sabe? Então, se eu vou fazer, não importa se é amador, é essa coisa de entrar nessa viagem da obra, personagem que você está fazendo. Acho que o barato de atuar é, exatamente, você conhecer outras formas de vida.”
Durante a entrevista, o Persona ainda traz homenagens e depoimentos de personalidades que trabalharam e conviveram com Fabio Assunção, como Marco Ricca, Cacá Amaral, Paulo Halm, Zezé Bueno, Diaulas Ullysses e outros.
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