Com presidente do Corinthians no estúdio esclarecendo temas polêmicos do clube e exclusiva com Rodrygo, Arena SBT repete recorde de audiência do ano

Foto: Divulgação Lourival Ribeiro/SBT

Contando com a presença de Augusto Melo, presidente do Corinthians, e ainda um bate-papo exclusive de Cleber Machado com o atacante Rodrygo, do Real Madrid e da Seleção Brasileira, o Arena SBT da última segunda-feira (20) teve ótimos índices de audiência na Grande São Paulo. 

O programa marcou 3,3 pontos de média, 9,9% de share e 5 pontos de pico repetindo o recorde de audiência da atração em 2024.

Augusto Melo respondeu aos questionamentos do apresentador do Arena SBT e dos comentaristas Mano, Mauro Beting, Emerson Sheik e Cicinho a respeito das dívidas do clube, a tentativa de trazer Gabigol, a contratação de Igor Coronado e a troca de Mano Menezes por Antônio Oliveira no comando da equipe.

Na sequência, o programa exibiu um bate-papo de Cleber Machado com Rodrygo, que abordou sobre o sucesso do Real Madrid, a boa fase que vive no clube espanhol, o atual momento da Seleção Brasileira, a possível chegada de Mbappé ao clube merengue e os recentes casos de racismo na Europa.

Confira as declarações dadas pelo presidente do Corinthians no Arena SBT

Corinthians com mais de R$ 2 bilhões de dívidas

"Mais de R$ 2 bilhões de dívidas, vocês viram o que saíram dos empresários. Vai sair mais coisa. (O Duilio) assinou a confissão de dívida, renovou contratos que nos trariam uma receita, assinou contratos até 2030, contratos que venciam em 2025, por que renovar por dois, três dias antes da gente tomar posse? Tem muitas coisas que são complicadas, que a gente queria entender".

Dívida pagável

"É pagável, o Corinthians é muito grande, tem uma torcida maravilhosa, consumista, tem uma marca forte que dá retorno para qualquer tipo de investimento. O que basta é credibilidade, são pessoas sérias, fazer um trabalho honesto, como estamos fazendo, declarando tudo o que está acontecendo, qual a forma de contratar, porcentagens, para quem fica, para quem deixa de ficar. Estamos jogando limpo, transparente no mercado, porque a gente quer sair limpo no término do mandato, não quer ter esse tipo de problema. A gente é corintiano, torce para o Corinthians”.

Gabigol foi oferecido ao Corinthians

“Nós nunca prometemos nenhum grande jogador, sempre prometemos um time competitivo, muito forte. Eu nunca prometi que iria contratar o Gabigol. Sempre deixei claro que quando ele nos foi oferecido, eu não fui atrás do Gabigol. Eu sempre deixei claro que o Gabigol tem a nossa cara, nossas características, é um grande jogador, por onde passou foi artilheiro. Chegamos a acertar tudo, ficamos até um tempo esperando por isso. Estava praticamente tudo certo. Ficamos um tempo esperando e chegou uma hora que eu falei: ‘Pera aí eu vou desistir, não dá. Era um primeiro projeto para gente investir tudo de uma certa forma e estava caminhando muito bem, mas eu tive que desistir”.

“Eu nunca prometi uma grande contratação, prometi um grande time, com jogadores com a característica do Corinthians... É isso que estamos fazendo. Não tenho dúvidas de que logo vai ter entrosamento. É um time jovem que eu não tenho dúvida de que vai dar frutos... A gente está monitorando mais um, dois zagueiros, mas a dificuldade está muito grande. As negociações são em euros, com Corinthians é mais caro. A condição financeira está complicada, por isso tiramos o pé. Estamos reestruturando a parte financeira para que a gente possa sair para o mercado mais forte”.

Chegada do Igor Coronado

“Foi uma opção do Mano. (O Antônio) topou também. Pelas características, é um bom jogador. Não teve custo nenhum, somente de salário e que é bem menos, metade daquilo que foi ventilado (R$ 2 milhões)”.

Início de gestão

“Estão todos apostando na gente. Com muita coragem e dedicação, estamos fazendo o trabalho que tem que ser feito. Quebramos uma dinastia de 17 anos. Vocês estão vendo a situação que o Corinthians está, está muito pior. Mais uns 45 ou 50 dias sai a auditoria do Corinthians com a mesma empresa que reestruturou o Flamengo. Não tenho dúvidas que o Corinthians, com uma equação de dívidas e um trabalho mais sério, vai sair disso rapidinho. Estamos dando credibilidade no mercado, buscando grandes parceiros que estão apostando. A visibilidade do Corinthians todo mundo sabe, o retorno é garantido”.

Saída de Mano Menezes

“Já durante a campanha a gente falava que o Mano não era a nossa opção. Ele tinha um contrato que não foi feito por nós de 27 meses que, inclusive, pela nova lei do esporte não se deve fazer isso. Mas a situação que o Corinthians estava, independente disso, sentamo-nos, conversamos e fizemos um planejamento e automaticamente queríamos entender o trabalho dele e trabalhar juntos. Demos total respaldo a ele, que indicou muitos desses atletas que trouxemos”.

“Fizemos um planejamento, mas durante o campeonato a coisa não andou. Vimos que o time não estava se encaixando e a gente imaginava, como imagina hoje, o Corinthians em outra situação. Uma nova filosofia, um time mais jovem também. Foi uma opção nossa mesmo”.

Multa do Mano Menezes

“Não, caiu. A gente teve que esperar até o início de fevereiro e aí ela caiu para quase R$ 13 milhões”.

Tentativa de trazer Márcio Zanardi antes do Antônio Oliveira

“Conheço ele há muito tempo, já fui diretor dele na base, ganhou tudo com a gente na época, sabe montar time, tem um bom vestiário, preleção, é um garoto estudado. Na verdade, tínhamos três opções: ele, o Antônio (Oliveira) e um outro que renovou logo em seguida e descartamos. Liguei para o presidente do São Bernardo para entender a situação dele e falar do nosso interesse. Ele disse que não teria problema, que queria o sucesso do treinador dele, foi um papo muito legal. Mas ele mesmo me alertou que tinha um problema que iria verificar e me falava. Ele me passou a respeito disso. Liguei para o presidente da Federação Paulista de Futebol, conversei com ele e ele me disse que não era permitido. Ou seja, não foi feito nada”.

Zanardi foi a primeira opção?

Sim. Era a melhor opção no sentido de contrato. Sabíamos das dificuldades de trazer o Antônio. O presidente do São Bernardo foi super amigável, o do Cuiabá já teve um problema e o Márcio não tinha multa. Seria mais pela situação financeira do Corinthians e pelo estilo de trabalho. São dois treinadores jovens, que jogam pra frente, com uma filosofia que cai dentro do que a gente imaginava. Os dois iriam dar certo”.

Tentou contratar o Rodrigo Caetano

“Tentamos. Na verdade, estávamos no Rio, o Corinthians jogou e no outro dia o Flamengo jogaria com o Atlético-MG. No almoço aconteceu a conversa, nos interessava, mas estava empregado e não teve acordo. Dali para frente começamos a monitorar o Fabinho”.

Confira o bate-papo exclusivo de Cleber Machado com Rodrygo

Foto: SBT

Mentalidade de campeão do Real Madrid

"A gente tem que ganhar tudo e se não ganhar vai ser cobrado, então a gente já tem essa mentalidade aqui, que tudo que entra, entra para ser campeão e, se você ganhou num ano, os torcedores já estão falando em ganhar no ano seguinte”.

Atmosfera diferente na Champions

"O clima para os jogos da Champions é sempre diferente. Aqui a gente nota muito isso. Durante a semana, a imprensa vendo o treino, as notícias que saem, o comportamento do torcedor também muda bastante, porque no Campeonato Espanhol parece, às vezes, que você está em um teatro, o pessoal é mais quieto. Já na Champions a torcida inflama. Então, querendo ou não, é um tipo de jogo que a gente vai mais concentrado, com mais vontade para ganhar".

Reconhecimento no Real 

"O pessoal sempre me elogia, porque o pessoal que me acompanhou minha trajetória sabe as dificuldades do começo. São 200 jogos, mas no começo eram jogos que eu jogava um pouquinho, entrava mais no final. Acredito que são números bons, mas eu quero melhorar, quero fazer muito mais. O pessoal elogia, sabe da minha dedicação aqui".

Gols contra o Manchester City

"Os dois gols contra o City na semifinal (são especiais). A gente estava morto praticamente, e, faltando um minutinho, eu fiz dois gols e esses aí já viraram quadro aqui em casa, são os gols mais especiais da minha carreira".

Racismo na Espanha

"Esses casos que aconteceram com o Vinícius, aconteceram comigo, talvez sejam a nossa única queixa... É uma luta que a gente faz diariamente, estamos com muita força, tem muita gente apoiando".

Mudanças de treinadores na Seleção Brasileira

"Foram períodos difíceis, digo diferentes, porque na Copa era um time que já estava formado. Já no pós-Copa já fui tendo mais protagonismo. Acho que agora começa de verdade, porque o Dorival vai ficar de vez, então é um período novo, sei da minha importância".

Otimismo com o futuro companheiro de Real, Endrick

"Acredito que ele tenha muita qualidade para ficar com a gente, mas é normal no começo passar por um período de adaptação. Nem todo mundo vai chegar aqui jogando. A gente espera que ele chegue jogando, fazendo gols, mas ele é muito novo, não tem nada de errado se ele passar por esse período de adaptação, é normal e ele vai ver o quanto vai evoluir também". 

Possível chegada de Mbappé ao Real Madrid

"Então, a gente não sabe de nada. Só vemos as notícias. O pessoal acaba publicando, mas a gente não sabe o que está acontecendo, o que vai acontecer. Só tem o Endrick certo, o resto ninguém sabe".

Posicionamento em campo

"Às vezes nem eu sei a posição que eu quero jogar, acabo jogando em tantas, na direita, esquerda, de 9, de 10, nem eu sei mais qual é minha posição, mas acredito que pelos lados".

Sacrifícios no início da carreira

"Parece tudo muito lindo, mas teve toda a dificuldade para chegar até aqui. Talvez, as pessoas não conseguem ver a dificuldade que a gente passa desde pequeno, ter que ficar longe da família, todas as dificuldades até chegar no profissional e as dificuldades no profissional para depois chegar ao Real Madrid e na Seleção”.

"Desde moleque, eu sempre tive um certo talento diferente dos outros, então eu sempre fui muito falado desde pequeno, desde a base. E, claro, com o passar dos anos eu fui melhorando, evoluindo, até chegar no profissional. Com 16 anos eu já estreei no profissional".

Chegada ao Real Madrid

"A chegada foi difícil, foi um choque. Eu jogava com os caras no videogame, via eles sempre pela TV, era um mundo muito distante, e do nada eu estava no vestiário com eles, o Zidane era meu treinador. A primeira vez que vi o Zidane foi um choque. E é aquilo, você fica meio que com vergonha no começo, não consegue se soltar, não consegue ser você. Mas eles me receberam bem, me trataram muito bem, me acolheram muito bem, então foi ficando mais fácil para a minha adaptação".

Brasileiros que ajudaram em sua adaptação no Real

"O que me ajudou muito, além do meu futebol, juntando com o tratamento que recebi de todos, foi o fato de ter brasileiros que facilitaram muito a minha vida: Marcelo, Casemiro, Vini e Militão. Então, eram cinco brasileiros todos os dias juntos e ficava mais fácil do que você chegar num clube novo, em outro país, sem conseguir falar com ninguém. E eu cheguei falando espanhol, porque eu estudei no Brasil antes de vir para cá, o que facilitou minha comunicação com o treinador e com os dirigentes".

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