Com Noam Chomsky e Celso Amorim, documentário Utopia Tropical estreia em março nos cinemas

Divulgação

Utopia Tropical, o novo documentário de João Amorim, diretor de 2012 Tempo de Mudança (2010) e Chicago 10 (2007), já tem data de estreia. O filme, que aborda o surgimento dos governos de esquerda da América Latina nas últimas décadas, chegará aos cinemas no dia 07 de março, com a distribuição da O2 Play. 

A obra, elogiada por Luiz Carlos Barreto como "o maior filme feito na história do cinema brasileiro", promete uma experiência envolvente e instigante – mergulhando nas complexas relações Brasil-EUA e nas nuances da política latino-americana.

Produzido pela Amorim Filmes, o documentário apresenta ao público as conversas entre o linguista e ativista político norte-americano Noam Chomsky e o diplomata e ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim. Com a proposta de lançar um olhar crítico sobre a ascensão e a queda dos regimes de esquerda nos países latino-americanos, aborda os papéis da corrupção e da manipulação dos Estados Unidos e da mídia para desacreditar o sonho de uma América Latina mais justa e plural.


Utopia Tropical traz Chomsky e Amorim analisando as consequências dessas mudanças para as minorias, as populações afrodescendentes e indígenas, além de seus efeitos no meio ambiente e na economia dos países latino-americanos. ''Apesar de em Utopia Tropical fazermos um retrato das últimas décadas, o filme fala justamente da necessidade de estarmos alertas, trabalhando juntos para uma sociedade mais justa, que respeite e dê voz à diversidade, à natureza, aos povos originários'', comenta Amorim.

Utopia Tropical passou pelo Festival do Rio, Festival de Brasília, Mostra de São Paulo e Festival de Havana e foi selecionado para o Festival Indie Independente de Madrid, Festival de Cinema Brasileiro de Paris, FIFDH, Festival Independente de Cinema da Europa e London Director Awards. O filme também recebeu o prêmio de Melhor Longa Metragem no Caribbean Sea International Film Festival, na Venezuela.

''Acredito que estamos sujeitos a grandes ciclos históricos, e certamente existe uma vontade da classe dominante em permanecer no poder e isso se aplica a nações também. No caso da relação entre Estados Unidos e a América Latina, podemos evidenciar esses ciclos com clareza. Como Celso diz, toda vez que surge um governo de esquerda, nacionalista, com enfoque em causas sociais, ele é seguido de um golpe, ou uma tentativa de tomada de poder'', completa.

De acordo com o diretor, os temas abordados no filme vão além da América Latina e têm relação direta com questões globais como economia, paz, desigualdade, mudanças climáticas e política.

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