''Eu percebi que não tenho atitudes maternas, eu realmente nasci para ser tia'', declara Karin Hils

Divulgação Rogério Pallatta/ SBT

A estrela Karin Hils chegou para brilhar no ''Queijo com Goiabada'' desta terça-feira, 23 de janeiro. A atriz, cantora e compositora fala sobre a carreira promissora e revela detalhes da sua vida pessoal, como a relação com o pai e o fato de não se identificar como uma futura mãe. Apresentado por Ana Zimerman e Nicholas Torres, o episódio será exibido às 21h40, no canal da TV ZYN no YouTube.

Karin conta que desde pequena tinha um encanto pela música, a Black Music sempre foi uma referência para ela, de Ray Charles a Mariah Carey. Em 2002, ela participou do ''Popstars'', reality musical do SBT que a revelou no grupo Rouge. Com uma trajetória de sucesso, Karin fez diversas peças musicais, novelas, séries e filmes. Na teledramaturgia do SBT, além de ''A Infância de Romeu e Julieta'', a atriz trabalhou em “Carinha de Anjo” no papel da Irmã Fabiana.

Em ''A Infância de Romeu e Julieta'', Karin interpreta Glaucia Monteiro, a irmã de Bernardo que vive tentando provar para o pai, Leandro, que é capaz de cuidar dos negócios da família e tomar o posto dele, mas falha em todas suas tentativas. Ao contrário de Bernardo, Glaucia se esforça pouco profissionalmente e bajula descaradamente o pai, querendo mostrar constantemente que é a melhor filha, melhor mãe, melhor empresária e que tem o melhor marido e filhos em comparação ao irmão. É casada com Fred. Espalhafatosa e com o ego lá em cima, gosta de chegar, aparecer e mostrar que manda, seja na família, na empresa ou até mesmo no condomínio onde mora. Extremamente ambiciosa, faz qualquer coisa para ser reconhecida como a melhor. 

''A Glaucia é um desafio para mim até hoje, eu pedi para essa oportunidade, para esse papel, eu estava muito querendo fazer algo diferente do que eu estava acostumada a fazer e também fui descobrindo vários aspectos dentro desse trabalho. Descobri que minha veia cômica é muito latente, eu tento trabalhar isso um pouco mais para poder arranjar esse equilíbrio, porque eu fui chamada para ser vilã e eu levei isso muito a sério, tentando trabalhar a vilania internamente, porque é muito complicado. Ela está sendo um desafio até agora'', diz a cantora.

Por outro lado, as atitudes de Glaucia surgem a partir de um trauma e desvalorização na própria família. Ela sofre pelo machismo do pai, como a própria atriz define. Na trama, Glaucia acaba roubando uma joia da família que pertencia a sua mãe, a mesma joia que Leandro presenteou Vera.

''Muitas das atitudes da Glaucia são legítimas. São levantadas algumas questões ali dentro como o olhar preferencial do pai pelo irmão, que é absolutamente machista esse olhar, de querer que Bernardo tome conta dos negócios, ao mesmo tempo vem a Vera, a cunhada da Glaucia, que para todos os efeitos veio tomar o lugar dela. Ver o olhar do pai para Vera, aquela mulher que até então não era da família, que se soma a um amor e um olhar direcionado do pai para a nora, a Glaucia foi se sentindo cada vez mais deixada de lado. E eu acho que foi muito legítimo algumas das reações dela, até mesmo o roubo da joia. Poxa vida, gente, uma coisa da família deveria ser dada para Glaucia'', alega Hils.

Vilã ou mocinha? 

''Vilã, vilã e vilã! Os vilões são humanos! Todo mundo tem um pouco de vilão e todo mundo tem um pouco de mocinho. Eu acho que a gente foi muito acostumado a querer pensar e querer mostrar o lado bom da gente, sendo que a gente é tudo na nossa vida e às vezes se torna um sofrimento absolutamente desnecessário quando você não se reconhece neste lugar, com suas qualidades e defeitos e até onde você é capaz de ir. Eu acho que o desafio da vida é você administrar isso ao longo da nossa jornada, porque tudo é humano. A inveja é humana, o ego é humano, querer estar na frente do outro, se impor, tudo isso faz parte. E eu acho que tem outras características da vilania hoje em dia e é quase um anti-herói. Eu vejo dessa maneira'', comenta a entrevistada.

O que você aprendeu com seu personagem?

''Eu estou aprendendo até hoje mais sobre mim mesma. Eu não tenho a autoestima da Glaucia. Tinha umas cenas que eu tinha que falar dela mesma com minha imagem e eu não conseguia colocar aquilo ali com verdade, eu tinha dificuldade de falar ‘eu sou maravilhosa’, eu não tenho esse lugar na minha vida e eu percebi que eu precisava trabalhar nisso. Me desprender disso também foi um aprendizado com a Glaucia'';

''Entender o meu lado pessoal, até a minha relação com meu pai, porque igual a Glaucia, eu também não tinha uma relação boa com meu pai, mas diferente dela, eu virei as costas e fui embora correr atrás da minha vida, eu fui fazer meu corre, não fiquei igual ela: 'Papai, olha para mim'', ''papai, eu fiz isso para te agradar''. Eu tive que fazer o contrário em minha vida'';

''Aprendi também que eu não tenho vocação para ser mãe mesmo, porque quando eu estou com crianças eu me torno ainda mais criança que elas, por isso que as mães em ‘Carinha de Anjo’ falavam: ''A Minha filha está com a Karin? Calma, deixa eu ficar junto'' [...].  Eu percebi que não tenho atitudes maternas, eu realmente nasci para ser tia'', brinca Karin Hils.

O podcast “Queijo Com Goiabada” vai ao ar toda terça, logo após a exibição da novela, no YouTube da TV ZYN, SBT Vídeos e nas plataformas de áudio.

Anderson Ramos

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