Divulgação Curta! |
Estreia no Curta! e no CurtaOn o documentário ''Leopoldina - A Imperatriz do Brasil'', de Beca Furtado, que conta a vida da imperatriz Maria Leopoldina da Áustria, em suas diversas facetas: mãe, esposa, religiosa, intelectual e nobre. O filme explora, sobretudo, seu papel fundamental nos bastidores da Independência do Brasil e o apagamento de sua importância política nesse processo — uma consequência de ser mulher.
Além de contar com relatos de historiadores, como Mary Del Priore, o filme apresenta cartas que Leopoldina escrevia para seus familiares, todas narradas dramaticamente pela atriz Luisa Arraes. Nelas, temos uma pequena amostra de sua vida e um fragmento importante da história do Brasil: suas expectativas e frustrações em relação ao casamento com D. Pedro I, a dor da perda de um de seus filhos, o cenário de ebulição política da época, seu ressentimento pelo romance do marido com a Marquesa de Santos e, por fim, seus sentimentos diante da própria morte.
Entre as curiosidades, o fato de que a Imperatriz era uma mulher endividada, a ponto de pedir dinheiro para seu pai, na Áustria, a fim de pagar as dívidas que contraíra. Mas a historiografia conta, segundo os especialistas depoentes, que seus gastos não eram voltados para si, e sim para ajudar os mais pobres — o que ajuda a explicar a grande comoção popular após seu precoce falecimento, em 1826.
Outro ponto de destaque no documentário é a reflexão sobre um apagamento do papel político de Leopoldina devido ao fato de ser mulher. Segundo os pesquisadores entrevistados, a historiografia oficial ressalta apenas suas funções de mãe e esposa — sobretudo a de esposa traída por Dom Pedro —, e descarta sua importância nos bastidores da Independência do Brasil. Enquanto Dom Pedro viajava durante esse processo, inclusive quando teria proclamado o mítico “grito do Ipiranga”, Leopoldina assumia a regência do trono em seu lugar.
“O que me parece que é, hoje, um desafio para entender a Leopoldina é [...] recuperar o que está separado. Aquela que sofre porque o marido tem amante e aquela que atua politicamente, na verdade, é a mesma pessoa”, analisa a historiadora Andréa Slemian, da UNIFESP.
“Leopoldina -- A Imperatriz do Brasil” é uma produção da Giros, viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O filme também estará no streaming CurtaOn, disponível no Prime Video Channels — da Amazon —, na Claro TV+ e no site oficial da plataforma. A estreia é no dia temático “Sextas de História e Sociedade”, 15 de dezembro, às 21h30.
Último episódio de 'Diretores de Arte'
faz homenagem póstuma a Tiago Marques
Uma celebração à vida e à filmografia do diretor de arte Tiago Marques é o que traz o último episódio da série “Diretores de Arte” — uma produção inédita e exclusiva do Curta! — que debate o lugar dos profissionais da direção de arte no cinema e traz, a cada episódio, um nome de grande relevância para o cinema brasileiro e latino-americano.
No seu derradeiro episódio, a série relembra a história de Tiago Marques, falecido precocemente em agosto de 2022, pouco depois de receber o convite para participar da produção. A narrativa se constrói através de registros pessoais, de sua filmografia e de entrevistas cedidas por profissionais do cinema — como os cineastas Walter Carvalho e René Sampaio e o diretor de arte Daniel Flaksman —, configurando uma bela homenagem. O diretor de arte atuou em filmes como “Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro”, “Medida Provisória”, “Faroeste Caboclo”, “Eduardo e Mônica” e “Getúlio”, pelo qual recebeu o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.
Dirigida por Flávio Ramos Tambellini, a produção, dividida em dez episódios, acompanhou o trabalho de nomes como Cassio Amarante (“Xingu”, “Bingo” e “O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias”); Luciana Quartaruolo ("Medianeras", "Delîcia" e "Roman"); Cláudio Amaral Peixoto ("Meu Nome Não É Johnny", "Lisbela e o Prisioneiro" e "Cazuza”); Coca Oderigo ("A Menina Santa", "O Pântano" e "Diários de Motocicleta"); Dina Salem Levy ("Benzinho", "Mate-me Por Favor" e "Um Animal Amarelo") e Tiago Marques.
“Diretores de Arte” é uma série da Tambellini Filmes viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Logo após a estreia no Curta!, os episódios também estarão no CurtaOn -- Clube de Documentários, disponível na Claro TV+ e no site oficial da plataforma Novos assinantes do site têm sete dias de degustação gratuita. A exibição é no dia temático “Quartas de Cena e Cinema”, 13 de dezembro, às 20h.
Segundas da Música -- 11/12
22h35 -- ''John Lennon: Imagine -- O Filme'' (Documentário musical)
Em 1971, John Lennon lançava um álbum que marcaria para sempre a história da música: “Imagine”. Em carreira solo, e não mais como um dos Beatles, o músico compôs a canção-título, que se tornaria uma espécie de “hino da paz”, convidando os ouvintes a imaginar um mundo utópico, além de outras nove faixas. Junto com o disco, ele e sua mulher, Yoko Ono, dirigiram e estrelaram um longa-metragem de 70 minutos, que mostrava o cotidiano do casal na época e tinha, como trilha sonora, as canções do disco. “John Lennon: Imagine — O Filme” não tem narração ou enredo, apenas imagens de John e Yoko, como uma espécie de videoclipe de todo o disco. Entre os destaques do filme, há cenas como a de John tocando “Imagine” ao piano ou vestindo um uniforme militar, para ilustrar a canção “I Don’t Wanna Be a Soldier”. Em outro momento, ele e Yoko Ono jogam sinuca, durante “How Do You Sleep?” — música feita para provocar o ex-colega de banda Paul McCartney. O casal também aparece passeando de barco em um lago, ao som de “Jealous Guy”. O filme conta com as participações especiais do guitarrista e ex-beatle George Harrison e do ator e dançarino Fred Astaire. Duração: 70 min. Classificação: 14 anos. Horários alternativos: 12 de dezembro, terça, às 2h35 e às 16h35; 13 de dezembro, quarta, às 10h35.
Terças das Artes -- 12/12
22h30 -- ''Torquato, Imagem da Incompletude'' (Documentário)
Poeta, jornalista e letrista, Torquato Neto entrou para a história da cultura brasileira por sua originalidade e transgressão. Sempre atuando na vanguarda, o artista piauiense esteve diretamente ligado a movimentos artísticos com este perfil, como a Tropicália, o cinema marginal e a poesia concreta. O filme apresenta um vasto material de arquivo, exibido também aos entrevistados, que, diante das imagens e da passagem do tempo entre elas, relembram Torquato e analisam a sua trajetória. A potência criativa, a generosidade e o afã por produzir uma arte nova e libertária, formal e esteticamente, marcam essas lembranças, além do contexto de forte repressão por parte do regime militar da época. Diretor: Danilo Carvalho e Guga Carvalho. Duração: 70 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 13 de dezembro, quinta-feira, às 2h30 e 16h30; 14 de dezembro, sexta-feira, às 10h30; 16 de dezembro, sábado, às 21h; 17 de dezembro, domingo, às 13h.
Quartas de Cena e Cinema -- 13/12
20h -- ''Diretores de Arte'' (Série) -- Ep.: ''Tiago Marques'' -- INÉDITO
Nesse episódio, homenageamos a trajetória do diretor de arte mineiro Tiago Marques através de registros pessoais, sua filmografia e entrevistas cedidas por seus grandes colegas de profissão. Tiago foi convidado a participar do programa pouco antes de seu precoce falecimento, em 13 de agosto de 2022. Direção: Flávio Tambellini. Duração: 26 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 14 de dezembro, quinta-feira, às 00h e às 14h; 15 de dezembro, sexta-feira, às 08h; 16 de dezembro, sábado, às 19h30; 17 de dezembro, domingo, 11h.
Quintas do Pensamento -- 14/12
22h20 -- ''Pessoas — Contar Para Viver'' (Documentário)
E se existisse um museu que, em vez de abrigar objetos materiais, coletasse e expusesse as histórias de vida de pessoas, famosas ou anônimas? Pois essa é a missão do Museu da Pessoa, que mantém, na internet, um rico acervo com mais de 18 mil depoimentos e cerca de 62 mil fotos e documentos. Convidados pela fundadora do museu, Karen Worcman, e pela produtora Minom Pinho, cinco documentaristas — Marcelo Machado, Marco Del Fiol, Pedro Cezar, Tatiana Toffoli e Viviane Ferreira — mergulharam nessas histórias de vida, como a de Amir Klink, que cruzou o Atlântico numa canoa, ou a de Tula Pilar, empregada doméstica que se tornou poeta. Desse material, nasceu o documentário “Pessoas — Contar Para Viver”, que retrata a vitalidade dos brasileiros e também as desigualdades que marcam a nossa sociedade. Duração: 90 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 15 de dezembro, sexta-feira, às 02h20 e às 16h20; 16 de dezembro, sábado, às 12h40; 17 de dezembro, domingo, às 19h20; 18 de dezembro, segunda-feira, às 10h20.
Sextas de História e Sociedade -- 15/12
21h30 -- ''Leopoldina -- A Imperatriz do Brasil'' -- INÉDITO
O documentário explora o papel fundamental da arquiduquesa austríaca Maria Leopoldina no processo de independência do Brasil. Por meio da leitura de cartas pessoais e imagens de arquivo, o filme transporta os espectadores para o Brasil Imperial, apresentando uma imperatriz forte, à frente de seu tempo e politicamente mais preparada do que muitos imaginavam. Direção: Beca Furtado. Duração: 90 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 16 de dezembro, sábado, às 01h30 e às 16h; 17 de dezembro, domingo, às 22h30; 18 de dezembro, segunda-feira, às 15h30; 19 de dezembro, terça-feira, 09h30.
Sábado, 16/12
22h20 -- "Alceu -- Na Embolada do Tempo” (Documentário)
O documentário apresenta um painel da carreira do cantor e compositor Alceu Valença, através de performances ao vivo, comentadas pelo próprio e por terceiros, contextualizando sua obra singular na história cultural recente do país. Diretor: Paola Vieira. Duração: 90min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 17 de dezembro, domingo, às 14h25.
Domingo, 17/12
21h -- ''Glauber, Claro'' (Documentário)
“Glauber, Claro” retraça, quase meio século depois, os passos do cineasta Glauber Rocha em Roma, na Itália, onde ele esteve exilado na década de 1970. Esse mosaico é formado através de testemunhos de seus amigos e colaboradores e de visitas às locações romanas de seu penúltimo longa-metragem, “Claro” (1975). O documentário investiga a experiência de Rocha e de toda uma geração de artistas na Itália dos anos 70, abordando temas como os bastidores de “Claro” e a sua relevância histórica, o cinema underground, o neorrealismo, o Cinema Novo e a militância política nas artes. O resultado é um inevitável paralelo entre a Itália do século XX e do mundo de hoje, entre a utopia dos anos setenta e a distopia atual. Diretor: César Meneghetti. Duração: 80 min. Classificação: 14 anos.
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