TV Brasil exibe clássico "O Beijo no Asfalto", inspirado na obra de Nelson Rodrigues, nesta sexta

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O drama "O Beijo no Asfalto" (1980) é o destaque da faixa de atrações da sétima arte da TV Brasil nesta sexta (10), às 21h. A produção nacional é baseada na celebrada peça de teatro homônima do dramaturgo Nelson Rodrigues. O filme também pode ser assistido no app TV Brasil Play. 

Com grandes artistas em cena, o longa-metragem dirigido pelo cineasta Bruno Barreto com roteiro de Doc Comparato é estrelado por personalidades da dramaturgia brasileira. O elenco reúne astros como Ney Latorraca, Tarcísio Meira, Daniel Filho, Lídia Brondi e Christiane Torloni no núcleo central. 

O filme faz parte de uma mostra temática da emissora pública com sucessos nacionais das telonas realizados pela produtora L.C. Barreto, que em 2023 completa 60 anos de atividade. A programação já trouxe outros clássicos do cinema como "Dona Flor e seus Dois Maridos" (1976) e "O Quatrilho" (1995). 

História teve outras duas versões nas telonas 

Ambientada no Rio de Janeiro, a trama acompanha a crise vivida pelo bancário Arandir que se torna vítima de uma polêmica repleta de preconceito ao prestar socorro a um desconhecido atropelado na via pública. O protagonista concede ao moribundo seu último pedido: um beijo na boca. 

O gesto de afeto causa espanto e é transformado em escândalo pela imprensa sensacionalista, o que provoca uma série de consequências para o bancário e sua família. A atitude ainda serve de mote para uma investigação policial que leva a suposições de que o acidente tenha sido um assassinato. 

A situação repercute na sociedade diante da interferência de um repórter inescrupuloso e um delegado corrupto. Eles fazem do caso um escândalo que abala a reputação de Arandir. A controvérsia gera um trágico e surpreendente desfecho, com cena emblemática do cinema brasileiro. 

A adaptação para as telonas do clássico de Nelson Rodrigues escrito para o teatro em 1960 teve outras duas versões cinematográficas. Com o título "O Beijo", a primeira teve direção de Flávio Tambellini em 1964. Os papéis principais foram interpretados por artistas renomados como Reginaldo Faria, Jorge Dória, Xandó Batista, Nelly Martins e Norma Blum. 

Já em 2018, o ator e diretor Murilo Benício realizou a terceira filmagem do consagrado título dos palcos. O elenco era formado por intérpretes como Lázaro Ramos, Stênio Garcia, Otávio Muller, Débora Falabella e Luiza Tiso.  

A película ainda contou com a diva Fernanda Montenegro que participou da montagem original na década de 1960, ao lado dos renomados Tarcísio Meira e Christiane Torloni que também encenaram o texto naquela oportunidade e estão no longa em cartaz na programação da TV Brasil. 

Enredo do clássico teatral convertido para o cinema 

Ao presenciar um atropelamento numa movimentada avenida do Rio de Janeiro, o bancário Arandir (Ney Latorraca) atende ao pedido de um beijo na boca feito pelo sujeito prestes a morrer. O gesto vira notícia e ganha as manchetes da imprensa sensacionalista. 

O acontecimento vira pelo avesso a vida de Arandir quando o repórter Amado Pinheiro (Daniel Filho) sugere uma análise do ato para explorar o beijo entre dois homens e vender mais jornais. O homem passa a ser alvo de preconceito da população, enquanto a polícia, por sua vez, começa a investigá-lo, supondo que o acidente tenha sido um assassinato. 

Amado forja uma interpretação da cena para fomentar o caso para levá-lo à esfera policial a partir de sua estreita ligação com o delegado Cunha (Oswaldo Loureiro). O repórter conta sua versão do fato e incita a polícia a apurar uma suposta ligação entre o bancário e o morto. Amado insinua que eles eram supostos amantes, espetaculariza ainda mais o episódio e busca moldar a opinião pública. 

Quando Arandir retorna para casa depois de prestar depoimento na delegacia, a esposa Selminha (Christiane Torloni) defende o marido e considera o ato como um gesto de empatia e solidariedade. Testemunha ocular do beijo, o sogro Aprígio (Tarcísio Meira) acusa o bancário. Ele tenta convencer a filha que seu casamento é uma farsa. 

Sob pressão e graças à repercussão do caso, o bancário deixa o emprego. Toda a situação gera dúvidas e deixa Selminha ainda mais confusa. Somente Dália (Lídia Brondi), a cunhada apaixonada por Arandir, acredita mesmo no que ele diz. 

No hotel, enquanto aguarda a chegada da esposa, Arandir é surpreendido pela presença de Dália. A cunhada confessa o seu amor e a lealdade pelo bancário. Ele também fica espantado com o sogro que, em desespero, provoca o trágico desenlace do filme. 

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