'Rio, Negro': filme fala do papel da população negra na formação do Rio de Janeiro

Divulgação/Elisângela Leite

Cada canto do Rio de Janeiro, antiga capital da República e do Império, guarda — ou expõe — a contribuição da população de origem africana na formação da cidade. Essa participação ativa dos negros na construção social e cultural carioca é, por vezes, apagada da historiografia, mas o documentário ''Rio, Negro'' propõe trazê-la à tona. O filme, dirigido por Fernando Sousa e Gabriel Barbosa, chega ao Curta! e ao CurtaOn.

Através de um vasto material de arquivo e de entrevistas, o documentário mostra que o que entendemos como as marcas sociais, culturais e estruturais do Rio de Janeiro é algo indissociável da presença dos negros e negras que vivem na capital carioca desde os tempos do Brasil colonial. Entre os entrevistados, estão a Ialorixá Mãe Menininha de Oxum, a arquiteta e vereadora Tainá de Paula, o historiador Luiz Antônio Simas, os escritores Helena Theodoro e Haroldo Costa e o carnavalesco Leandro Vieira.

O longa considera o Rio como uma cidade-diáspora, onde afrodescendentes foram forjando trajetórias individuais e laços comunitários, sempre em disputa com os projetos “civilizatórios” das elites brancas. A ideia é conscientizar o público de que a história do Rio de Janeiro e a do Brasil estão intimamente ligadas à história da população negra brasileira. Sendo assim, não é de se surpreender que ela exerça tantas influências e que haja também um triste legado dos tempos da escravidão.
 
“Estamos falando de uma cidade de fato negra. A capital negra da América. Não por acaso, a gente está falando do principal porto de desembarque de escravizados do planeta. Então, a porta de entrada de escravizados para todo o Brasil, mas principalmente para o Sudeste, era o Rio de Janeiro”, analisa o historiador Eduardo Possidonio, um dos depoentes do documentário.

“Rio, Negro” pode ser assistido também no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível na Claro TV+ e em seu site oficial. Novos assinantes inscritos pelo site têm sete dias de degustação gratuita de todo o conteúdo. O documentário tem produção da Quiprocó Filmes. A exibição é na “Sextas de História e Sociedade”, 24 de novembro, às 21h.

Última parte do documentário sobre George Harrison dirigido por Martin Scorsese vai ao ar no Curta!
 
O Curta! exibe a quarta e última parte do documentário “George Harrison: Living in The Material World”, sobre o ex-beatle George Harrison. A produção, vencedora de dois Emmys, é dirigida pelo renomado cineasta Martin Scorsese e mostra a jornada do guitarrista desde suas raízes em Liverpool até se tornar um artista mundialmente famoso e influente.

A quarta parte do filme mostra George Harrison profundamente afetado pela espiritualidade, além de sua produção musical solo — incluindo sua notável parceria com o músico indiano Ravi Shankar. Entre os momentos de destaque, está o depoimento íntimo de Olivia Harrison, esposa do artista, que fala da relação do casal e da dor diante da morte de seu parceiro de vida, em 2001.

O título do filme, “Living In The Material World”, é o nome do quarto álbum solo de Harrison, lançado em 1973. O filme conta com entrevistas de Paul McCartney, Ringo Starr, Yoko Ono, Eric Clapton, George Martin e Phil Spector, além de farto material de arquivo, incluindo performances, que nos trazem um vislumbre raro da mente criativa por trás de canções como "Here Comes the Sun" e "Something".

“George Harrison: Living In The Material World” pode ser assistido também no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível na Claro TV+ e em seu site site oficial. Novos assinantes inscritos pelo site têm sete dias de degustação gratuita de todo o conteúdo. O documentário tem produção da Grove Street Pictures e Spitfire Pictures. A estreia da última parte é na “Segundas da Música”, 20 de novembro, às 23h.

Segundas da Música – 20/11

21h – Sessão Porta Curtas: “Sérgio Ricardo AKA João Lutfi” (Curta-metragem)

O compositor, cantor, pintor e cineasta João Lutfi, conhecido como Sérgio Ricardo, narra sua trajetória profissional desde o início, como pianista da TV Tupi, passando pela sua experiência como ator na TV, como bossa-novista, até encontrar seu estilo muito próprio e característico como cineasta e compositor. Duração: 44 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 21 de novembro, terça-feira, às 01h e às 15h; 22 de novembro, quarta-feira, às 9h; 25 de novembro, sábado, às 22h; 26 de novembro, domingo, às 17h25.

23h - “George Harrison: Living In The Material World” (Documentário em 4 partes) - Episódio 4 - INÉDITO

O cineasta Martin Scorsese retrata a trajetória do ex-beatle George Harrison, desde suas raízes em Liverpool até se tornar um dos músicos mais talentosos e influentes de sua geração. Através de entrevistas com o próprio músico e com Paul McCartney, Ringo Starr, Yoko Ono, Eric Clapton, George Martin e Phil Spector, além de farto material de arquivo, incluindo performances, o filme nos oferece um vislumbre raro da mente criativa por trás do lendário guitarrista. Duração: 44 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 21 de novembro, terça-feira, às 03h e às 17h; 22 de novembro, quarta-feira, às 11h; 25 de novembro, sábado, às 16h30; 26 de novembro, domingo, às 23h.

Terças das Artes – 21/11

20h – “Novo Mundo, Pintura de Rua na América Latina” (Série) – Ep: “Bolívia”

As imagens que ilustram os muros das cidades modernas guardam uma estreita relação com os seus habitantes. Na América Latina, essa relação é ainda mais profunda, uma vez que a sua arte urbana nasceu ligada a processos de resistência, rebelião e transformação que marcaram as últimas décadas. A realidade de indivíduos e grupos silenciados na cultura “formal” ganha voz neste fenômeno social e estético, que traz à tona traumas, reivindicações e sonhos que jamais circulariam de outra forma dentro da indústria cultural. A série explora um país diferente a cada episódio. Direção: Belisario Franca e Juan Tamayo. Duração: 60 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 22 de novembro, quarta-feira, às 00h e às 14h; 23 de novembro, quinta-feira, às 08h; 25 de novembro, sábado, às 18h30; 26 de novembro, domingo, às 09h.

Quartas de Cena e Cinema – 22/11

20h – “Diretores de Arte” (Série) – Ep.: “Dina Salem Levy” - INÉDITO

Neste episódio, conversamos com a diretora de arte Dina Salem Levy. Acompanhamos sua rotina de trabalho entre sets de filmagem, base de preparação e teatro, conhecendo detalhes da sua trajetória no audiovisual e seu olhar sobre o ofício da direção de arte, tudo isso ilustrado por trechos de filmes que levam sua assinatura, como "Benzinho", "Mate-me Por Favor" e "Um Animal Amarelo". Direção: Flávio Tambellini. Duração: 26 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 23 de novembro, quinta-feira, às 00h e às 14h; 24 de novembro, sexta-feira, às 08h; 25 de novembro, sábado, às 19h30; 26 de novembro, domingo, 10h.

Quintas do Pensamento – 23/11

23h – “Dopamina - Os Efeitos das Redes Sociais no Cérebro”

Em um mundo cada vez mais acelerado, os smartphones se tornaram uma extensão de nós mesmos, proporcionando acesso instantâneo a uma infinidade de conteúdos. As redes sociais, em particular, têm um poder magnético graças aos reforços intermitentes habilmente incorporados em nossas experiências digitais. Para jogar luz sobre o tema, o documentário científico “Dopamina - Os Efeitos das Redes Sociais no Cérebro” parte de pesquisas e depoimentos com especialistas. Um deles é Laurent Madelain, especialista em comportamento humano, que nos explica como esses reforços moldam nossas interações com os aplicativos: “Quando somos recompensados de forma imprevisível, seja com likes, mensagens ou descobertas inesperadas, nosso cérebro entra em um estado de antecipação. A incerteza dessas recompensas cria um loop vicioso, onde nos sentimos compelidos a rolar o feed em busca de mais gratificação”. Outros especialistas narram que, com o tempo, esse padrão de comportamento se transforma em hábito. A motivação inicial de receber recompensas é substituída pela rotina diária. Ao entrar no metrô ou esperar em uma fila, nosso cérebro automaticamente recorre ao telefone, sem pensar na possível recompensa. A produção apresenta dados, revelando que, na França e na Alemanha, o tempo de tela já chega a 3h30 diárias, um aumento significativo em relação a alguns anos atrás. Nos Estados Unidos, esse número ultrapassa as 4 horas, superando o tempo gasto com televisão. E, no Brasil, atinge impressionantes 5h30, mais de um terço do tempo em que estamos acordados. Direção: Lucéte Ragueneau. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horário alternativo: 24 de novembro, sexta-feira, às 03h e às 17h; 25 de novembro, sábado, às 13h40; 26 de novembro, domingo, às 20h20; 27 de novembro, segunda-feira, às 11h.

Sextas de História e Sociedade – 24/11

21h – “Rio, Negro” (Documentário) - INÉDITO NO CANAL

“Rio, Negro” é um documentário que apresenta um olhar sobre a história do Rio de Janeiro. A partir de entrevistas e amplo material de arquivo, a narrativa busca desvelar como a população negra forjou trajetórias individuais e laços comunitários em uma cidade-diáspora marcada pelas disputas em torno do projeto “civilizatório” das elites brancas. Direção: Fernando Sousa, Gabriel Barbosa. Duração: 98 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 25 de novembro, sábado, à 01h e às 14h40; 26 de novembro, sábado, às 21h15; 27 de novembro, domingo às 15h; 28 de novembro, às 9h.

23h – ''A Ética do Silêncio'' (Série) - Episódio: ''A Liberdade Sem Direitos'' - INÉDITO

O período imediatamente após a abolição da escravatura foi marcado por inúmeras tentativas de controlar a movimentação e o trabalho dos últimos libertos — e de uma massa de gente negra nascida livre — a exemplo da “Lei da Vadiagem”. E a população negra, apesar do seu protagonismo na indústria musical nascente, teve de lutar pelo direito à cidade, à educação, ao trabalho e pelo fim da violência escravagista. Direção: Joel Zito Araújo. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 25 de novembro, sábado, às 03h e às 11h; 26 de novembro, domingo, às 18h; 27 de novembro, segunda-feira, às 17h; 28 de novembro, terça-feira, 11h.

Sábado, 25/11

22h20 – ''Meu Amigo Fela'' (Documentário)

Fela Kuti foi o criador do afrobeat — cruzamento entre os ritmos africanos tradicionais e a música ocidental — e uma figura poderosa do movimento dos direitos negros. O documentário apresenta uma nova perspectiva sobre o músico nigeriano, já que sua narrativa é conduzida pelo amigo íntimo e biógrafo oficial de Fela, Carlos Moore, com um olhar intimista sobre a vida do músico. Entre as pessoas entrevistadas, estão seus filhos, mulheres e os ativistas políticos que foram influenciados por sua mensagem e sua música. Além de retratar a história de Fela, o documentário apresenta um contexto político e social da Nigéria e do continente africano durante o século XX, em que o pan-africanismo e a luta pela independência e pela igualdade eram temas recorrentes. A produção faz um paralelo entre a vida e obra de Fela e outras lideranças negras do mundo, como Malcolm X e Martin Luther King, mostrando a importância da luta pelos direitos civis e pela libertação dos povos oprimidos. Direção: Joel Zito Araújo. Duração: 94 min. Classificação: 14 anos. Horário alternativo: 26 de novembro, domingo, às 15h35.

Domingo, 26/11

19h – ''Janela da Alma'' (Documentário)

O que o escritor José Saramago, o cineasta Wim Wenders, a atriz Marieta Severo e o músico Hermeto Pascoal têm em comum? Eles e mais quinze personalidades com problemas visuais, que vão da simples miopia à cegueira total, dão depoimentos revelando sua percepção do mundo no documentário "Janela da Alma", de João Jardim e Walter Carvalho. Direção: João Jardim, Walter Carvalho. Duração: 73 min. Classificação: Livre.

Anderson Ramos

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