Divulgação Globo/João Miguel Júnior |
No cenário de um barracão de escola de samba construído nos Estúdios Globo, a partir do simbolismo de quem se prepara para entrar na avenida, Djonga, Larissa Luz e a estreante Lua Miranda trazem, em cinco episódios, um resgate dinâmico e lúdico sobre a história do movimento negro brasileiro. Com música, arte, dança e conversas necessárias, estreia no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, a série documental Original Globoplay ‘Resistência Negra’, que pretende, como diz o nome, fazer o espectador refletir sobre a história da resistência negra no Brasil a partir de temas como aquilombamento, trabalho, política, cultura, religião e educação, sob o olhar do povo preto.
Com autoria de Grace Passô, Mariana Jaspe e Paulo Lins, e pesquisa de Jaqueline Neves, a série tem direção geral de Mayara Aguiar. Através da presença de diversas personalidades, como o idealizador da obra, o professor doutor babalaô Ivanir dos Santos, a série conta como o povo negro resistiu – e resiste – até hoje, no Brasil.
Pesquisadores, integrantes da luta do movimento negro e figuras ancestrais trazem à cena depoimentos que elucidam o enredo sob o ponto de vista dos reais protagonistas da narrativa. A trajetória de nomes como Emília do Patrocínio, Zumbi dos Palmares, Benedita da Silva, Carolina Maria de Jesus, André Rebouças e Francisco José do Nascimento (o Dragão do Mar), entre outros, é rememorada e ilustra a quantas duras penas a forma de olhar para esta história vem mudando ao longo dos anos. Outros nomes, como Erica Malunguinho, Conceição Evaristo e Julio de Sá, narram as próprias vivências em entrevistas inéditas, mostrando que a luta segue viva, ativa, e ainda se fará importante por muitas gerações.
Em uma média de dez depoimentos por episódio, a série documental conta com reflexões de intelectuais negros como Sueli Carneiro, Cida Bento, Lucimar Felisberto, Petrônio Domingues, entre outros. Vez ou outra, eles são acompanhados por performances cênicas, que incluem a presença de uma personagem criança, interpretada por Lua Miranda, e musicais entoados por Larissa Luz e Djonga, nessa trama em que foram resgatados os princípios fundamentais do Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba, o “G.R.A.N.E.S Quilombo”, criado originalmente por Candeia, em 1975.
Resistir. Conservar-se firme. Não sucumbir. Não ceder. Recorrer ao dicionário segue sendo o melhor caminho para alcançar os passos de quem veio de longe, desde que o primeiro tumbeiro deixou o continente africano e iniciou o desembarque forçado de cerca de 12 milhões de pessoas no Brasil. E, já que não havia escolha, reexistir foi a maior lição deixada pelos que abriram os caminhos para os mais novos. É o que ‘Resistência Negra’ mostra que nunca deixou de ser feito no país.
Apresentada por Larissa Luz e Djonga, a produção, idealizada pelo professor doutor babalaô Ivanir dos Santos, aborda a história da resistência negra no Brasil a partir de temas como aquilombamento, trabalho, política, cultura, religião e educação. Com autoria de Grace Passô, Mariana Jaspe e Paulo Lins, e pesquisa de Jaqueline Neves, a série tem direção geral de Mayara Aguiar e supervisão artística de Rafael Dragaud. A direção de gênero é de Mariano Boni.