Felipe Malta, jornalista e apresentador do Primeiro Impacto, conta que expressar as emoções em um diário foi importante para seu crescimento profissional e pessoal

Divulgação Rogério Pallatta/SBT

O programa ''Pod Ser Melhor'' desta segunda-feira de feriado, 20 de novembro, traz convidados ilustres para falar sobre felicidade e como o sentimento é uma habilidade que pode ser treinada. A apresentadora Roberta Miguel entrevista o jornalista Felipe Malta e o Gustavo Arns professor de psicologia positiva. O episódio vai ao ar às 18h no canal do SBT no YouTube.

Gustavo Arns pratica psicologia positiva, é idealizador do Congresso Internacional da Felicidade e palestrante. O especialista explica que a psicologia positiva teve seu início no começo dos anos 2000, por um psicólogo estadunidense chamado Martin Seligman, que  assumiu a presidência da Associação Norte Americana de Psicologia e fez um grande chamado aos profissionais da área. Martin percebeu ao longo da sua história que a psicologia tinha se dedicado às doenças como esquizofrenia, estresse, depressão, mas precisava de uma área para se decidir à felicidade, a generosidade, o perdão, a gratidão, a resiliência, esses grandes elementos para a vida boa. 

“A crença de que uma vida feliz seria uma vida livre de tristeza, isso é humanamente impossível, a tristeza faz parte da vida, o medo faz parte da vida. O bem estar emocional não é você não sentir ansiedade e estresse, isso faz parte do contexto, mas é a forma como eu lido com tudo isso que eu sinto, as ferramentas que eu tenho para lidar com o estresse, isso pode ser a respiração, o exercício físico, a terapia, conversa com os amigos”, declara Arns.

Felipe Malta é jornalista, apresentador do Primeiro Impacto e o mais novo palestrante. Ele conta no podcast que escrevia suas emoções de vida em um diário e que essas expressões viraram um projeto.

“Começou com uma meta profissional, desde muito novo, porque eu queria ser um apresentador de televisão. Eu comecei no SBT como estagiário 12 anos atrás. Eu tinha meu caderno e anotava tudo o que eu poderia melhorar. Era uma conversa em que eu monitorava meu avanço como profissional, por fim, eu fui de peito aberto e comecei a falar sobre tudo, não somente aquilo que dizia sobre minha profissão. Comecei a entender o que muitas coisas eu vivia no meu ambiente de trabalho, as minhas fraquezas e talentos, eram questões emocionais que eu tinha, algumas muito bem resolvidas outras nem tão bem resolvidas e assim foi indo. Eu fiz isso intuitivamente, eu não lembro de ter visto algo para eu ter um diário, mas hoje eu olho para trás e vejo que foi a melhor coisa que eu já fiz, porque todas as vezes que eu estou confuso, eu quero registrar, quando estou feliz, eu quero registrar, se eu estou triste, eu quero registrar, ou se estou ansioso, que é a maioria do tempo, eu pego meu celular, abro o bloco de notas, anoto as datas e começo. Tem sido maravilhoso por olhar para trás e ter essas anotações que são umas 150 ao longo de 13, 14 anos e ver o que eu me dizia no começo dos 20 anos, agora no começo dos 30 anos, ver aqueles problemas que eu dizia ter lá trás e ver que eu caminhei, porque agora eu resolvi [...]. Este diário me ajuda a reconhecer não o que falta, mas o que eu já tenho”, diz Malta.

O especialista Gustavo Arns explica as origens da felicidade: “Tem uma parte da felicidade que ela é genética, mas a gente não tem como dizer o que é da genética ou o que é da infância, porque elas se misturam, elas se confundem, uma parte da felicidade vem dessa nossa história biográfica, os traumas que vivemos, os condicionamentos que nós sofremos, a forma como desde criança por pequenas frases dos nossos pais e criadores ensinaram a lidar com o que estava acontecendo, tudo isso tem um impacto na forma como nós enxergamos a vida, como vemos nossa realidade, mas a ciência vem mostrando que uma grande parte da felicidade é da nossa escolha”.

O ''Pod Ser Melhor'' vai ao ar quinzenalmente, às segunda-feira, às 18h00 no canal do SBT no YouTube

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