Especial 'Vim de Lá' resgata a herança africana do carioca

Divulgação Globo

Dengo, neném, caçula, batuque. Jiló, quiabo, angu. Palavras do dia a dia e alimentos à mesa que têm em comum a origem africana. Mas essa herança vai muito além dessas contribuições. No dia 25 de novembro, no mês da Consciência Negra, logo após o ‘Jornal Hoje’, a Globo exibe para o Rio de Janeiro o programa 'Vim de Lá', para dar à luz às origens do povo carioca negro com seus ancestrais, contando a formação da cidade a partir de africanos escravizados e trazidos à força. Em especial os "bantos", povos de várias regiões da África que falavam idiomas com a mesma origem. A equipe da editoria Rio do Jornalismo da TV Globo embarca para Angola e mostra as semelhanças entre Rio e Luanda nos ritmos, na gastronomia e nos costumes. 
 
As religiões de matriz africana ajudaram a moldar a espiritualidade brasileira. O samba e o funk, ritmos que são a cara do Rio, nasceram a partir dos tambores africanos. E o próprio jeito de ser do carioca tem raízes do outro lado do Oceano Atlântico. Com apresentação de Alexandre Henderson e direção de Chico Regueira, ‘Vim de lá’ refaz os caminhos por onde os escravizados passaram: a praça onde eram expostos em Angola; o porto onde embarcavam na capital Luanda. No Rio, visita o Cais do Valongo, principal ponto de chegada de escravizados no Brasil. O programa mostra o legado que essa rota deixou na Pequena África, como ficou conhecida a parte central da cidade, e no subúrbio, com destaque para o Mercadão de Madureira.
 
“’Vim de Lá’ traz uma reflexão sobre o que foi a vinda dos negros escravizados para o Rio de Janeiro e fala também sobre o quanto o negro contribuiu pelo ponto de vista político, econômico, social e histórico do país. Nós trouxemos a conexão histórico-cultural, mas é um programa que foi pensado também para que a sociedade entenda que o país tem sim uma dívida histórica muito grande com o negro. O impacto de tudo o que nossos antepassados viveram está aí até hoje, nas condições desiguais, no acesso à escolaridade, à saúde. É um programa que mexe comigo. É preciso que a sociedade entenda que a reparação é para ontem”, conta o apresentador Alexandre Henderson.
 
O programa busca ainda pontos de conexão na linha direta Rio-Angola e mostra as semelhanças entre as favelas, as feiras de rua e os ritmos. O baile funk tem um correspondente na África: o kuduro. A música se faz presente com samba de partido alto, bateria da escola de samba da Portela e samba de terreiro. A pluralidade cultural carioca é resultado de um encontro de povos africanos que não aconteceu nem mesmo na própria África. ‘Vim de Lá’ é uma oportunidade para lembrar e celebrar as raízes e origens do povo carioca. 
 
O especial ‘Vim de lá’ vai ar neste sábado, dia 25, logo após o ‘Jornal Hoje’, para o Rio de Janeiro.

Anderson Ramos

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