Representante da Argentina no Oscar®, Os Delinquentes chega aos cinemas nesta quinta-feira

Divulgação

Premiado cineasta de longas como O Guardião, o argentino Rodrigo Moreno assina o roteiro e direção de OS DELINQUENTES, filme escolhido para representar a Argentina no Oscar®. Exibido pela primeira vez no Brasil no Festival do Rio, o longa estreia com exclusividade nos cinemas das seguintes praças: São Paulo, Rio de Janeiro, Afogados da Ingazeira, Aracaju, Balneário Camboriú, Belo Horizonte, Brasília, Caxias do Sul, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Niterói, Porto Alegre, Recife e Salvador. Com distribuição da MUBI, em parceria com a Vitrine Filmes, tem classificação indicativa de 14 anos.

OS DELINQUENTES fez sua estreia mundial na mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes. Trata-se de uma coprodução entre Argentina, Brasil (pela produtora Julia Alves), Luxemburgo e Chile, tendo como protagonistas dois bancários cansados de sua rotina, que resolvem cometer um crime para ter uma vida melhor no futuro.

Moreno conta, em entrevista, que a ideia para o longa veio de um clássico do cinema argentino de 1949 chamado Apenas un Delincuente. Mas, como ele mesmo aponta, a situação econômica do país, no presente, é outra e por isso seu filme toma outros caminhos.

''O contexto social e econômico, não só da Argentina, mas do mundo, era o de depois da Segunda Guerra Mundial e o capitalismo estava no zeitgeist. Tudo estava se expandindo, então a Argentina era um país muito rico naquela época. Agora, as coisas mudaram muito e o que temos é uma enorme crise – também do capitalismo. Acho muito superficial o fato de ser rico agora. É meio estúpido. O objetivo do meu protagonista é parar de trabalhar. Quando comecei a pensar neste projeto, o principal obstáculo era encontrar um objetivo para esse personagem. Depois que encontrei, tudo se encaixou'', afirma.

Ele também explica que construiu a narrativa de forma a tornar o roubo do banco um elemento crucial para o filme, embora não seja o centro da trama, podendo assim dar ênfase à trajetória dos personagens.

''Acho que tem mais a ver com a montagem do que com o roteiro. Claro, todas essas coisas tiveram que ser escritas antes, mas o roteiro era mais linear. Contei a história muito cronologicamente. O que descobri na montagem é que o fato de Moran ter conhecido Norma foi mesmo no terceiro ato. Mas nunca pensei realmente em como manter a atenção do espectador. Eu não tinha uma estratégia. Eu confiava em fazer coisas engraçadas'', explica.

A produção do longa levou mais de quatro anos, pois no meio do processo aconteceram a pandemia e outros percalços, que atrasaram as filmagens, e acarretaram certas mudanças, como a troca de diretor de fotografia, o que, no final, acabou dando um ar distinto às duas partes de OS DELINQUENTES.

''A parte do banco foi a última coisa que fizemos. Então foi muito estranho pensar no filme em termos visuais, porque ele estava tão dividido, tão separado, em todas as fases da filmagem, que me exigiu um pouco de fé. Tive três diretores de arte e dois diretores de fotografia. Você vê o filme e sente que é tudo uma coisa, mas não era'', se diverte lembrando.

Sinopse

Dois bancários, Román (Esteban Bigliardi) e Morán (Daniel Elías), questionam suas rotinas e seus cotidianos tediosos em Buenos Aires. Um deles encontra uma solução: cometer um crime. Ele envolve o parceiro no projeto e, de certo modo, é bem-sucedido no plano. Isso os leva a uma grande mudança de vida, na esperança de uma existência mais satisfatória.

Anderson Ramos

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