Dirigido por Amos Gitaï, thriller político 'O Último Dia de Yitzhak Rabin' estreia no Brasil em novembro

Divulgação

''O Último Dia de Yitzhak Rabin'' (Rabin, The Last Day), dirigido por Amos Gitaï (“Kedma”, “Kadosh - Laços Sagrados e “Uma Noite em Haifa”), estreia em circuito limitado de salas de cinema em 2 de novembro de 2023, com distribuição da Synapse Distribution. Lançado em 2015 e premiado no Festival de Veneza do mesmo ano, o thriller político acompanha os últimos momentos de Yitzhak Rabin, ex-primeiro-ministro de Israel e vencedor do prêmio Nobel da Paz, até seu assassinato, em 1995, por um estudante ligado a um grupo de extrema direita. Essa é a primeira vez que o filme será exibido em cinemas brasileiros. 
 
No dia 4 de novembro de 1995, 100 mil pessoas se reuniram em uma manifestação em prol da paz no centro de Tel Aviv, cidade na costa israelense. Yitzhak Rabin, o então primeiro-ministro do país, discursou em frente a uma multidão poucos minutos antes de levar três tiros nas costas do estudante Yigal Amir, membro de um grupo de extrema direita. O acontecimento evidenciou não só a gravidade da violência entre comunidades religiosas dentro de Israel, mas também o radicalismo político.
 
“Anos se passaram e eu estava interessado em dissecar os motivos que levaram à morte de Rabin. As perspectivas de paz desapareceram com o acontecimento nos anos 1990, mas os homens que tornaram possível a morte do primeiro-ministro ainda estão por aí. Na verdade, alguns deles estão agora no poder”, diz o cineasta Amos Gitaï. Para ele, a existência de uma onda de violência crescente entre os grupos religiosos é extremamente preocupante.


Símbolo principal do processo de paz entre israelenses e palestinos, Rabin também recebeu o Prêmio Nobel da Paz um ano antes da sua morte, em 1994, pelo trabalho amplamente reconhecido no Oriente Médio. “A pessoa que esboçou algum tipo de alternativa política para a realidade em que vivemos foi Rabin por conta da sua simplicidade, integridade, conversa direta e, principalmente, a sua compreensão de que fazer a paz significa também que reconhecer que o outro existe”, comenta o diretor.

Para produzir o filme, Gitaï usou uma metodologia que se tornou sua marca registrada: o processo de escolha do elenco foi feito enquanto o roteiro era escrito por ele e por Marie-José Sanselme, colega de longa data. Em suas pesquisas, o cineasta se debruçou sobre imagens registradas no dia do acontecimento e selecionou alguns atores para interpretar papéis essenciais, como os membros da comissão que julgou o caso e o próprio assassino de Rabin.

''Quando eu estava com o projeto em mãos, decidi que faria esse filme não apenas como diretor, mas como cidadão israelense. Essa é a voz de uma memória que precisa ser ouvida'', conclui Gitaï.

''O Último Dia de Yitzhak Rabin” participou de diversos festivais internacionais, como o Festival de Cinema de Munique e o Festival Internacional de Veneza de 2015, em que concorreu ao Leão de Ouro de Melhor Filme e venceu outras duas categorias: ''Golden Mouse'' e “Human Rights Film Network Award'', prêmios honorários cedidos a partir da avaliação de críticos de cinema.

Sinopse oficial
 
Em 1995, o primeiro-ministro Yitzhak Rabin é baleado em um grande comício no centro de Tel Aviv. O diretor Amos Gitaï investiga as consequências deste evento que pôs fim à esperança de um processo de paz em Israel.

Anderson Ramos

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