'Profissão Repórter' mostra histórias de pessoas envolvidas no processo de fechamento dos manicômios judiciários

Divulgação Globo

Até maio do próximo ano, todos os manicômios judiciários do Brasil serão desativados, de acordo com a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Pessoas com transtornos mentais que cometeram crimes devem ser tratadas nas instalações do Sistema Único de Saúde (SUS), com o apoio da família. A medida do CNJ aplica no Judiciário o que determina a Lei Antimanicomial de 2001: que o tratamento seja feito fora de unidades isoladas do convívio social e familiar do interno. O 'Profissão Repórter' desta terça-feira, dia 5, conta histórias de pessoas que estarão envolvidas nesta mudança. 
 
O repórter Caco Barcellos e o repórter cinematográfico Eduardo de Paula acompanham os internos que chegaram ao fim do cumprimento da medida de segurança no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Franco da Rocha, em São Paulo, e conversam com médicos que veem com preocupação o fechamento dessas instituições. Em Porto Alegre, os repórteres Ariane Veiga e Erik Von Poser visitam o único manicômio judiciário do Rio Grande do Sul. Com quase 100 anos de existência e cerca de 200 internos psiquiátricos, o Instituto Psiquiátrico Forense não pode receber novos internos desde 2015 por conta de uma interdição parcial provocada pela superlotação e pela precariedade das instalações.   
 
Com a interdição do IPF, a Penitenciária Estadual de Canoas vem recebendo detentos com diagnóstico de transtorno mental. A unidade é um presídio comum que não oferece tratamento psiquiátrico. A juíza Sonáli da Cruz Zluhanda, da Primeira Vara de Execuções Criminais, diz que o Judiciário vive um impasse com a resolução do CNJ. "Aqui não é local para quem tem problema mental. Muitos deles são presos preventivos, aguardando o resultado do processo. Se no final do processo, resolve que necessita de medida de segurança, daí o juiz vai ter que decidir para onde ele vai porque no Instituto Psiquiátrico Forense não aceita mais pessoas com medida de segurança", explica a juíza. 
 
Os repórteres Aline Macedo e Chico Bahia conhecem o trabalho do Programa de Atendimento Integral ao Louco Infrator (PAILI), que segue as premissas da política antimanicomial. A equipe de técnicos acompanha todos os casos de pessoas inimputáveis que tenham cometido crimes no estado de Goiás. 
 
O 'Profissão Repórter' vai ao ar nesta terça-feira, dia 5, logo após a novela ‘Todas as Flores’.

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