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O movimento que está tomando conta das praças e parques brasileiros estará também no 'Globo Repórter' desta sexta-feira, dia 4. Calistenia é o nome do método que usa o peso do próprio corpo para trabalhar a força e resistência muscular e ajuda a aumentar a flexibilidade e a mobilidade. Em lugares onde faltam espaços de lazer, jovens se reúnem para praticar uma modalidade de calistenia chamada de streetworkout. Conduzido pela repórter Bianka Carvalho, o programa mostra o encontro mensal que vários grupos do Rio de Janeiro promovem no Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro. São movimentos ousados, de atletas de alto rendimento, mas feitos por pessoas comuns, que não vivem do esporte, como um marceneiro e um padeiro ouvidos pela reportagem. A jornalista também se aventurou em uma aula. “Quando você consegue, a energia que toma conta da cabeça e do corpo é especial demais. Sabe aquela sensação de que você pode fazer qualquer coisa e nem é só sobre atividade física não, é sobre tudo”, diz Bianka.
Mas é importante que os exercícios de calistenia sejam feitos sob orientação de um instrutor capacitado, para garantir que as técnicas estão sendo realizadas corretamente, diminuir o risco de lesões e para que seja possível alcançar a maior quantidade de benefícios. Movimentos que qualquer um pode fazer, mas é importante ter uma orientação profissional para saber se é adequado para sua condição para atenuar os riscos e potencialize os benefícios da prática. “Você pode fazer sem ninguém, pode achar um exercício na internet, mas você não tem garantia que aquele exercício é adequado para a sua condição, por isso a orientação profissional é fundamental para atenuar os riscos e potencializar os benefícios daquela prática”, explica Cauê La Scala, doutor em Ciências da Saúde.
As universidades brasileiras se dedicam a estudar este fenômeno e já há pesquisas mostrando os benefícios da prática para a saúde, como o aumento da imunidade e a diminuição da dor. O ‘Globo Repórter’ visita a Universidade Federal de Sergipe para conhecer o Funcional Training Group, grupo de estudo em calistenia e exercícios funcionais em idosos que tem reconhecimento internacional. Mais de mil idosas já participaram das atividades deste grupo e das pesquisas. Em São Paulo, um trabalho da USP Leste, desenvolvido em escolas de educação infantil descobriu que crianças pequenas de comunidades estão com dificuldades de desenvolvimento motor. A falta de opções, a vida dentro de casa e o tempo de tela produzem crianças que não sabem fazer coisas simples como pular, andar para o lado, entre outros problemas de coordenação motora. O trabalho nas escolas mostra como a falta de estímulo para as meninas fazerem exercícios de força pode prejudicar o desenvolvimento delas e como isso pode impactar no sedentarismo na fase adulta. “Não existe atividade física de menino ou de menina. A atividade física é saudável, prazerosa, gera felicidade na criança e traz desafio motor”, ressalta Alessandro Nicolau Ré, coordenador do projeto.
A equipe de reportagem também esteve em uma comunidade na região metropolitana do Recife, onde mora uma família inteira que pratica a calistenia. O pai, Rafael, é pedreiro e ensina os filhos pequenos de 7 a 12 anos a treinar. São três meninas e um menino que fazem movimentos que muitos adultos não conseguem. “Tenho muito orgulho deles porque são muito guerreiros e não tem tempo ruim com eles, estão sempre de pé, lutando, apesar de todas as adversidades”, conta Rafael.
No Espírito Santo, a Polícia Militar está testando um tipo de calistenia para melhorar o condicionamento dos soldados. Um trabalho que pode ser mais eficiente e rápido que o treinamento convencional. Uma pesquisa da Universidade do Espírito Santo quer avaliar o efeito na tropa do treinamento que está sendo chamado de nova calistenia. Os PMs serão examinados e acompanhados por vários profissionais. “O trabalho tático operacional deles requer que eles tenham uma integração do corpo como um todo, não só no dia a dia da ronda operacional, mas também em cima do cavalo, e a calistenia consegue fazer isso”, conta Alexandre Machado, educador físico.
O ‘Globo Repórter’ vai ao ar nesta sexta-feira, dia 4, logo após a novela ‘Terra e Paixão’.
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