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| Divulgação Lourival Ribeiro/SBT |
Um dos principais nomes do automobilismo brasileiro, o sorocabano Djalma Fogaça, carinhosamente apelidado de ‘Caipira Voador’ é o entrevistado da semana do podcast ''Pod Pai Pod Filho'', que, toda segunda-feira, às 19h (de Brasília), traz um bate-papo diferente, conduzido por Téo José e o seu filho Alessandro, no YouTube do SBT Sports e no próprio canal do ''Pod Pai Pod Filho''.
Hoje com 60 anos e ainda guiando na Copa Truck, pela equipe do seu filho, o também piloto Fabio Fogaça, a FF Motorsport, Djalma discorreu durante a conversa sobre sua trajetória no automobilismo, ainda no kart, onde foi campeão paulista, e nos números títulos de monopostos, incluindo o Brasileiro de Fórmula Ford e o Brasileiro de Fórmula Chevrolet. O amor pelas pistas, como conta, veio por conta do seu pai Wladimir Fogaça. “Meu pai sempre foi apaixonado por automobilismo e, inclusive, no começo, era ele quem corria atrás dos patrocínios para mim”.
Djalma Fogaça chegou a disputar a F-3 Sul-Americana e a F-Opel na Europa, onde chegou a ganhar uma importante preliminar do GP de San Marino de 1991, mas, a falta de dinheiro, o fez retornar ao Brasil, disputando a Stock Car, onde ganhou três corridas em Interlagos e foi terceiro colocado no campeonato de 1996.
Após deixar a Stock Car, Djalma passou a guiar caminhões, outra paixão do seu pai, que foi caminhoneiro e dono de uma transportadora. Wladimir, inclusive, faleceu em 2002, após assistir uma corrida do filho, em Cascavel. “Ele morreu feliz, porque era a coisa que ele era mais apaixonado da vida”.
Djalma se tornou piloto de Fórmula Truck, hoje Copa Truck, e dono da sua própria equipe no fim dos anos 90. Um problema, segundo ele mesmo conta, é o fato de ser um péssimo administrador. Ele assume, ganhou muito dinheiro com o automobilismo, mas perdeu muito também.
“Nunca consegui guardar dinheiro. Sempre fui um péssimo administrador. Ganhei um monte e perdi dois montes. Rapidinho, tudo o que eu ganhei na Stock Car, dois ou três meses que fiquei sem salário quando eu saí, estava quebrado. Gastei muito em bobeira, carro top que milionário não tinha...”, conta.
Durante a conversa, Djalma Fogaça, inclusive, não conteve as lágrimas ao falar de uma situação que viveu quando pensou que não conseguiria trazer os caminhões de volta para casa após uma corrida por falta de dinheiro.
“Fomos para uma corrida em Campo Grande e tinha um patrocinador meu que me dava R$ 5 mil na semana da corrida e R$ 5 mil na segunda-feira se o caminhão aparecesse na TV. Com os R$ 5 mil nós abastecemos as duas carretas, viajamos e ficamos em uma pousada que ninguém fica nela, baratinha, porque era o que tinha”, afirma.
Djalma largou em último e vinha em uma corrida de recuperação, já na sétima posição, quando, na reta final, a pressão do seu caminhão zerou e ele acabou parando na pista. Sua primeira reação ao chegar nos boxes foi saber se o caminhão havia aparecido na televisão. Ao receber como resposta que apenas na hora que quebrou bateu o desespero.
Sem dinheiro para abastecer os caminhões para voltar, cerca de R$ 3 mil, ele disse para quem estava com ele que só restava orar. Foi quando, avisaram para ele que havia caído uma TED de R$ 5 mil da patrocinadora.
“Poderia ter ficado quieto, mas estava errado e liguei para eles dizendo que a secretária havia feito um pagamento errado”, conta já com os olhos cheio de lágrimas.
“Ele disse: ‘Não tem nada errado. Nós combinamos de aparecer na TV’. Eu disse: ‘Mas o caminhão só apareceu na hora que quebrou’. E ele: ‘Não, apareceu legal a minha marca’. Foi coisa de Deus”, finalizou.
O podcast completo com Djalma Fogaça estará disponível no YouTube do SBT Sports e no próprio canal do “Pod Pai Pod Filho” a partir das 19h (de Brasília) desta segunda-feira (28).
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