Divulgação Rogerio Pallatta/SBT |
Danilo Gentili entrevista nesta quinta-feira (13) uma atriz que brilha na TV, no cinema, no teatro e em qualquer plataforma. Rosi Campos vem ao The Noite para falar sobre sua carreira e a peça “O Vison Voador”, atualmente em cartaz em São Paulo. “Vison hoje em dia nem existe mais, é proibido. Antigamente era um casaco feito com uma pele de animal. Toda mulher elegante tinha um vison em casa, ficava na geladeira, para a pele não estragar. E ele é a causa da peça toda. É uma loucura. É prometido para uma mulher, depois vai para outra, para outra. Cada cena ele está em um lugar”, comenta.
Recordando Zé Celso, declara: “Trabalhei (com ele) em 'Mistérios Gozosos', que foi um espetáculo enorme que a gente fez na rua. É uma pessoa de uma coragem incrível, mudou o teatro nacional. Sempre se preocupou com a nossa realidade brasileira, o que o Brasil tem de maravilhoso. É um dos maiores nomes do teatro nacional e mundial. Ele é considerado genial no mundo inteiro.... Você ia para o tetro e saía completamente transformado. Não era uma coisa de você ir ao teatro para ir. A ideia do cara, a genialidade do cara, você falava ‘existe um mundo que eu não conhecia, da imaginação, da genialidade’. O cara era um dínamo, uma potência”.
Sobre seu início nas artes, afirma: “no colégio a gente ia muito ao teatro e eu, quando comecei a fazer teatro, também vendia peças para os colégios”. Ela também fala de sua primeira formação e explica: “fiz jornalismo porque não podia fazer cinema, que era minha paixão. Porque (naquela época) só tinha pornochanchada, não dava”. E recorda outros empregos: “fui trabalhar no Correio, que era um setor da fonegramia, pegava telegramas por telefone. Trabalhei junto com a Eliane Giardini e 20 mulheres. Eram totalmente loucas. Uma era bruxa, tinha japonesa, judia, a gente fritava bife no meio do expediente, era uma farra”.
Citando sua icônica personagem Morgana, do Castelo Rá-Tim-Bum, relata: “eu gravava separado. Em três meses eu gravei tudo e eles demoraram um ano e meio porque, às vezes, cada programa demorava uma semana para ficar pronto. Porque tinha o gato, tinha a biblioteca, os dedinhos, as fadinhas, os músicos. Quando eu ia para baixo para ficar com eles era muito legal. Mas, normalmente, eu gravava três programas por dia”. Sobre o penteado da famosa bruxa, revela: “aquele era o meu cabelo, desfiado, com um laquê horroroso que tinha na época. Ele desfiava inteiro, punha um negocinho aqui no meio e ficava meu cabelo com aquela maquiagem enorme. Aí eu saía correndo e ia fazer o ‘Almanaque Brasil’ toda maquiada com o cabelo todo ‘desgranhado’. Tinha que lavar no dia seguinte e durava uns dois dias”.
Rosi declara ainda que gostaria de ter vivido um personagem um tanto incomum: a macaca ‘Monga’, dos parques de diversão do passado. “Não era maravilhosa a Monga? Era um super efeito especial. Macaco é um bicho tão maravilhoso, não teria problema nenhum em ser chamada de ‘mulher macaca’”, diz.
O The Noite é apresentado por Danilo Gentili e vai ao ar de segunda a sexta-feira, no SBT. Hoje, a partir de 00h45.
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