Divulgação Mariana Carvalho |
Nesta terça-feira (25/7), Marcelo Tas entrevista a jornalista Nathalia Ziemkiewicz, que é especialista em comportamento e pós-graduada em educação sexual. Entre os assuntos, falam sobre a importância da educação sexual, sexo e políticas públicas e desinformação de profissionais da área da saúde. O Provoca vai ao ar, inédito, às 22h, na TV Cultura.
"Não existe outra forma de criar intimidade sexual e fazer educação sexual [...] sem falar de sexo", afirma Nathalia Ziemkiewicz. Durante a entrevista, a especialista em saúde sexual conta que desde o nascimento de sua filha, ao trocar suas fraldas, ela e seu marido fazem questão de pedir licença ao tocar em sua vulva. Ressaltando que ao fazer isso, estava se auto educando e mostrando à criança os limites que devem existir em relação ao seu próprio corpo. "Isso vai construindo, ao longo do tempo, autonomia. Ela vai entender que ninguém pode chegar 'pegando na minha vulva' assim", completa Nathalia.
"Uma série de estigmas voltaram nos últimos anos, e acho que a gente precisa reconstruir esse caminho em direção a uma sexualidade saudável e positiva", afirma a repórter. Marcelo Tas e Nathalia falam sobre como discutir a respeito de sexo engloba questões de políticas públicas. E ao ser questionada sobre quais são as principais dificuldades de brasileiros e brasileiras em relação ao sexo, ela responde que, no caso dos homens, diz respeito à ideia de desempenho e performance. "[Por conta disso], vamos falar sobre disfunção erétil, perda de ereção ou ejaculação rápida como se fossem grandes fantasmas: 'se eu viver isso, se eu passar por essa experiência, minha carteirinha de homem vai ser confiscada'."
Ao discutir sobre as dificuldades sexuais femininas, Ziemkiewicz afirma: "Às vezes o próprio ginecologista que está lá, ele não tem o conhecimento [...] para dizer a ela [...] que 'é normal que o movimento da penetração não seja satisfatório para você, ou não o suficiente'". E continua, dizendo que 85% das mulheres não conseguem ter um orgasmo apenas com a penetração, precisando do estímulo do clitóris. "Se eu vou para uma relação sexual, e isso pra mim é sinônimo de dor, de tédio, de alguma coisa que eu faço para agradar apenas o outro, eu não vou querer estar lá de novo", completa a especialista.
Sobre Nathalia Ziemkiewicz
Jornalista especializada em comportamento e pós-graduada em educação sexual. Foi repórter de comportamento das revistas Época e Istoé ao longo de dez anos, colunista de sexo do Yahoo Brasil e da Bayer Jovens, embaixadora e produtora de conteúdo para os lubrificantes Kmed (Cimed), editora da Luvv. Além disso, foi idealizadora do site Pimentaria (2013), cujo canal no Youtube soma 130 mil seguidores. A jornalista faz, também, palestras sobre saúde e bem-estar sexual, gênero e empoderamento feminino, em eventos corporativos e particulares.
Como repórter colaboradora da Revista Crescer (Editora Globo) há mais de seis anos, assinou diversas reportagens sobre comportamento, saúde, sexualidade, tendências etc nos universos materno e infantil.
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