José Celso Martinez ganha tributo na TV Brasil neste sábado

Divulgação

Em homenagem ao dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, conhecido como Zé Celso, a TV Brasil apresenta uma edição especial do programa Recordar é TV neste sábado (8), às 21h. O artista de 86 anos faleceu quinta (6) em São Paulo. Ele estava internado há dois dias em um hospital após um incêndio atingir o apartamento em que morava na capital.

A produção reúne entrevistas históricas concedidas pelo veterano para programas da TV Educativa do Rio de Janeiro. O raro conteúdo está preservado no acervo da emissora púbica. O tributo combina participações do irreverente e visionário astro das artes cênicas em atrações exclusivas do canal nas quais discorre sobre a cultura brasileira e suas paixões.

No primeiro bloco, a TV Brasil resgata duas entrevistas do experiente artista para o Gema Brasil, apresentado por Rodolfo Bottino, em 2001 e 2003. Na sequência, a produção destaca uma sabatina com Zé Celso conduzida pelo também saudoso Fernando Pamplona em 2005 no programa "A verdade de...".

Sem medo de experimentações, José Celso Martinez Corrêa foi um gênio iconoclasta. Ele incitou gerações de atores e as plateias de suas peças como nenhum outro encenador brasileiro. Há mais de seis décadas na liderança do Teatro Oficina, o ator e diretor criou espetáculos sensoriais que jamais serão esquecidos.

Papo descontraído sobre grandes montagens

No Gema Brasil, o bardo tupiniquim bate um animado papo com o ator Rodolfo Bottino sobre alguns de seus célebres trabalhos como "Esperando Godot" que ele fazia na época. Zé Celso também reflete sobre a crítica, explica o cenário de sua montagem e conjectura sobre a obra de Samuel Beckett.

Com um carisma performático, o dramaturgo também recorda outros projetos como as performances das adaptações "As Bancantes" e "Os Sertões" realizadas nos anos 1990 e 2000. Dotado de uma personalidade brilhante, Zé Celso reflete sobre a vida e interpreta trechos da canção "Rindo à toa".

Ainda durante essa produção da TVE/RJ, o encenador sai do estúdio e aborda as origens do antigo e sofisticado Teatro Oficina no próprio local ao lado de Bottino. Provocador, Zé Celso ainda conjectura sobre a cena do teatro brasileiro contemporâneo e traça um panorama a respeito das artes cênicas no mundo.

Reflexões filosóficas sobre o teatro nacional

No bloco final da homenagem, José Celso Martinez é sabatinado pelo inesquecível produtor e apresentador Fernando Pamplona, com sua voz de timbre único no programa "A verdade de...". O apresentador questiona sobre a revolução interna ao passo que o inspirado diretor responde só ser possível a partir da transformação na vida e no trabalho.

O anfitrião do programa da TVE/RJ também pergunta sobre o amor no mundo. Gênio da dramaturgia, Zé Celso filosofa ao mencionar Vinicius de Moraes, Vinicius de Morais e Antônio Conselheiro. O artista ainda cantarola e faz performance no palco do antigo canal público carioca.

Considerado um dos maiores expoentes do teatro nacional, Zé Celso dirigiu obras que marcaram época e cujo legado atravessa gerações como "O Rei da Vela", do Oswald de Andrade, e "Roda Viva", de Chico Buarque. O teatrólogo tem como referências personalidades da área como Augusto Boal e Bertolt Brecht.

Anderson Ramos

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