"Eu nunca gostei tanto de estar nesse corpo de agora", revela Isabel Teixeira no Provoca

Foto Beatriz Oliveira

Nesta terça-feira (1/8), Marcelo Tas conversa no Provoca com a atriz e diretora Isabel Teixeira. No bate-papo, ela conta sobre o que aprendeu ao fazer a personagem Bruaca, da novela Pantanal, fala sobre estar feliz com seu corpo aos 50 anos e o sofrimento na adolescência, o livro Avelã, escrito para a mãe, e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, às 22h.
 
O que a Bruaca te deu?, questiona Tas. “A novela me fez olhar para mim mesmo, a perguntar para mim se eu estava mesmo feliz com as escolhas que eu estava fazendo, porque nós somos tão livres e esse lance do livre arbítrio é tão profundo (...) eu posso realmente usar o meu livre arbítrio”, diz.
 
Em outro momento do programa, Tas pergunta se a atriz já passou por alguma transição marcante. “Eu estou passando (...) eu nunca gostei tanto de estar nesse corpo de agora (...) eu vejo espaço hoje em dia pra gente se reconhecer de outras maneiras (...) só que quando eu era adolescente, na década de 90, só tinha um caminho, de ser magra, branca, o padrãozinho (...) eu sofria e não tinha porquê (...) como eu gosto de quem eu fui, e como eu estou acolhendo essa criança, essa adolescente que eu fui só agora (...) eu me maltratei um pouco na autoestima, de nunca estar satisfeita, tolhendo o meu prazer por conta de não me sentir encaixada, sempre devendo”, revela a atriz.
 
"Você tem um livro Avelã que escreveu para a sua mãe. Por que esse nome?", indaga Tas. “Porque foi a última palavra que ela escreveu no único diário que ficou (...) o livro chama Avelã porque eu vou atrás da avelã, como na Era do Gelo o esquilo vai atrás da noz, pra entender uma ausência (...) eu perdi ela na minha mão mesmo (...) quando ela se foi, eu estava do lado”, conta.

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