Documentário inédito investiga o potencial de cura das drogas psicodélicas

Divulgação Curta!

Na década de 1960, as drogas psicodélicas eram famosas por seus efeitos recreativos que alteravam a mente. Hoje, já se tem a compreensão do potencial terapêutico dessas substâncias. Pesquisas científicas estão em andamento para entender como os psicodélicos podem ser usados no tratamento de condições como vício, depressão e o transtorno de estresse pós-traumático (TSPT). O documentário inédito e exclusivo ''Psicodélicos Podem Curar?'', a ser exibido no Curta!, questiona e investiga o assunto. A produção é da PBS e a direção, de Larkin McPhee.

O documentário explora as descobertas recentes e entrevista médicos e pacientes. O Dr. Roland Griffiths, diretor do Centro de Pesquisa Psicodélica da Universidade Johns Hopkins, compara o efeito dos psicodélicos a reprogramação do sistema operacional de um computador, promovendo mudanças fundamentais na consciência. Jon Kostas, participante de Terapia Assistida por Psilocibina, menciona que deixou de consumir álcool desde a sua primeira sessão:, “funcionou quase como um antibiótico”. A pesquisa está na vanguarda, mas os resultados iniciais dos ensaios clínicos oferecem esperança, afirma a produção.

A conexão entre os psicodélicos e práticas ancestrais de algumas culturas indígenas também é destacada no filme. Há milhares de anos, essas substâncias à base de plantas foram usadas em ritos de passagem e cerimônias de cura. Adrian Primeaux, da tribo Sioux Yankton, compartilhou que vem de uma linhagem de cinco gerações que usam o peiote. "Para mim, o peiote é uma erva medicinal muito íntima. Usamos como um guia; usamos como um meio de sincronizar com o universo. Meus avós me explicaram, desde muito jovem, que poderíamos alcançar qualquer forma de sucesso por meio da medicina e do peiote, se nos aproximássemos com a intenção correta", relembra Adrian.

Essa mudança de perspectiva sobre os psicodélicos, de substâncias ilegais e perigosas para auxiliares das terapias, levanta questões sobre o que essas drogas estão fazendo no cérebro dos pacientes e como podem ser aproveitadas para ajudar o tratamento de doenças mentais.

A Dra. Rachel Yehuda, neurocientista da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, questiona: “Como você passa de uma posição que diz ‘essas drogas são ilegais, essas drogas são ruins para você’, para outra que diz ‘essas drogas são terapêuticas’? É assim que você se cura de doenças mentais?”. Embora haja muita esperança em relação à medicina psicodélica, os cientistas estão cientes dos riscos inerentes.

"Psicodélicos Podem Curar?” pode ser assistida também no Curta!On – Clube de Documentários, disponível na Claro TV+ e em CurtaOn.com.br. Novos assinantes inscritos pelo site têm sete dias de degustação gratuita de todo o conteúdo. A estreia é na Quinta do Pensamento, 06 de julho, às 23h.

Produção inédita sobre a Colômbia aborda o grafite e insurreição artística urbana

Na Colômbia, a insurreição ganha vida nas cidades, onde a arte e a política se encontram em uma fusão poderosa. Junto a isso, há o desafio de construir uma imagem de paz, enquanto a lembrança da guerra permanece enraizada. Nessa cultura violenta, a rua desempenha um papel significativo. O sexto episódio da série inédita "Novo Mundo: Pintura de Rua na América Latina", que está sendo exibida no Curta!, explora como grafiteiros e grupos colombianos têm desafiado o sistema por meio de suas manifestações artísticas. A direção é de Belisario Franca e Juan Tamayo.

O episódio narra que cada mural tem um contexto específico e é estrategicamente planejado. Alguns têm o poder de transformar completamente o ambiente onde estão localizados, e como eles podem ser disputados, especialmente em certos territórios e nas principais estradas. Um fenômeno narrado é o fato de artistas pintarem murais sob pontes, apenas para vê-los sendo cobertos novamente.

A ideia de se manifestar nas ruas era distante e exigia precauções para o muralista e agente cultural Alberto Velasco. No entanto, ele enxergou ali a chance de preencher uma lacuna junto à sua comunidade. “Os muros representam o poder da cidade. Particularmente em Cali, há muitos interesses políticos e éticos por trás dos muros, nos territórios. Vejo que através dos muros há um excelente meio de comunicação. Pretendo preencher as lacunas que temos aqui na Colômbia e no meu território”, enfatiza Velasco. 

Para alguns entrevistados, como o artista urbano Apu, houve um aumento significativo de grafites nas ruas de Cali, porém é necessário que o trabalho artístico vá além da simples pintura decorativa. “Precisamos direcioná-lo para que não seja apenas uma pintura para embelezar os espaços, mas sim pintar para transmitir uma mensagem forte e contundente para o povo. A ideia é torná-lo compreensível”, diz Apu, que também expressa o desejo de que os murais despertem a consciência das pessoas.

Para Jesús David Rodríguez, pesquisador de arte urbana, o grafite na Colômbia tem como base o protesto. Os muros se tornaram um meio para isso, seja através de frases rápidas, slogans, ou pinturas mais elaboradas. “O tema social é sempre resgatado, seja a defesa do território, as marchas camponesas ou as greves, que também se refletem nos murais”, destaca ele, mencionando ainda que, posteriormente, o grafite hip-hop ganhou destaque com o surgimento de mais grafiteiros na cena.

"Novo Mundo, Pintura de Rua na América Latina" narra como, através da arte urbana, grupos e indivíduos encontram uma voz poderosa nas ruas. A série é composta por oito episódios, explorando um país diferente a cada episódio. Além da Colômbia, os outros são: Bolívia, Argentina, Chile, Peru, Equador, Brasil e México. A produção é da Giros Filmes e Tercermundo Producciones e foi viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A estreia do episódio é na Terça das Artes, 04 de julho, às 23h. 

Segunda da Música (MPB, Jazz, Soul, R&B) – 03/07

21h – ''Salve o prazer!'' (Documentário) 

Um mergulho na vida e na obra do fotógrafo, cenógrafo e artista plástico Carlos Filho, conhecido como Cafi. Pernambucano, radicado no Rio e vivente do mundo, ele participou da vida cultural brasileira durante 4 décadas, desde os anos 1960 até sua morte no réveillon de 2019. Cafi protagonizou todas as filmagens do projeto, revendo suas trajetórias, encontrando parceiros e amigos e revelando novos olhares. Entre seus muitos trabalhos estão as históricas capas de discos de grandes nomes da música brasileira. Foram quase 300 no total, começando com o icônico Clube da Esquina, com as fotos dos 2 meninos. Salve o prazer é um tributo à arte, ao talento e ao amor pela vida. Direção: Natara Ney e Lí­rio Ferreira. Duração: 52 min. Classificação: 14 anos. Horários alternativos: 04 de julho, terça-feira, às 01h e às 15h; 05 de julho, quarta-feira, às 09h; 08 de julho, sábado, às 23h.

Terça das Artes (Visuais, Cênicas, Arquitetura e Design) – 04/07

22h – ''A Casa Azul de Frida Kahlo'' (Documentário) - Em comemoração ao 116º aniversário de Frida Kahlo 

A Casa Azul, localizada na Cidade do México, é onde Frida Kahlo nasceu e morreu. Esse documentário relembra as aventuras ali vividas por Frida, Diego Rivera, e também por personalidades como Leon Trotsky, André Breton, Sergei Eisenstein, Pablo Neruda, Waldo Frank, Pablo Picasso, entre outros. A Casa Azul consolidou arte e revolução do Surrealismo Mexicano, no velho e no novo mundo. Direção:  Xavier Villetard. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 05 de julho, quarta-feira, às 02h e às 16h; 06 de julho, quinta-feira, às 10h; 08 de julho, sábado, às 16h30; 09 de julho, domingo, às 23h. 

23h – ''Novo Mundo, Pintura de Rua na América Latina'' (Série) – Episódio: "Colômbia"

As imagens que ilustram os muros das cidades modernas guardam uma estreita relação com os seus habitantes. Na América Latina, essa relação é ainda mais profunda, uma vez que a sua arte urbana nasceu ligada a processos de resistência, rebelião e transformação que marcaram as últimas décadas. A realidade de indivíduos e grupos silenciados na cultura “formal” ganha voz neste fenômeno social e estético, que traz à tona traumas, reivindicações e sonhos que jamais circulariam de outra forma dentro da indústria cultural. A série explora um país diferente a cada episódio. Direção: Belisario França e Juan Tamayo. Duração: 60 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 05 de julho, quarta-feira, às 03h e às 17h; 06 de julho, quinta-feira, às 11h; 08 de julho, sábado, às 21h; 09 de julho, domingo, às 11h.

Quarta de Cinema (Filmes e Documentários de Metacinema) – 05/07

21h30 – ''Crítico'' (Documentário)

Dirigido por Kleber Mendonça Filho (de “O som ao Redor” e “Bacurau”), este documentário enfoca o trabalho de críticos de cinema e a visão de cineastas — como Walter Salles, João Moreira Salles e Carlos Saura — sobre os profissionais que avaliam filmes. Os registros começaram em 1998 e seguiram até 2007, ocorridos no Brasil, Estados Unidos e Europa, com cineastas e críticos do mundo inteiro. Direção: Kleber Mendonça Filho. Duração: 76 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 06 de julho, quinta-feira, às 01h30 e às 15h30; 07 de julho, sexta-feira, às 09h30; 09 de julho, domingo, às 14h30.

Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 06/07

23h – ''Psicodélicos Podem Curar?'' (Documentário) 

Drogas alucinógenas – popularmente chamadas de psicodélicas – têm sido usadas por sociedades humanas há milhares de anos. Hoje, os cientistas estão voltando suas atenções a estas substâncias que alteram a mente – tanto naturais quanto sintéticas – e descobrindo que elas podem ter impactos clínicos profundamente positivos, ajudando pacientes que lutam com uma série de aflições. Direção: Larkin McPhee. Duração: 53 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 07 de julho, sexta-feira, às 03h e às 17h; 08 de julho, sábado, às 15h30; 09 de julho, domingo, às 22h.

Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) – 07/07

23h – ''Verde-Esperanza: Aborto Legal na América Latina'' (Documentário)

Enquanto lideranças progressistas no Brasil batalham para que não haja retrocessos na legislação sobre aborto, mulheres que estiveram à frente da descriminalização na Argentina e na Colômbia mostram como a conquista foi possível. Direção: Maria Lutterbach. Duração: 42 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 08 de julho, sábado 03h e às 12h30; 09 de julho, domingo, às 19h.

Sábado, 08/07 

20h30 – ''Caminhos dos Orixás'' (Série inédita) - Episódio: ''Oxóssi - A origem de nossa dinastia''

As matas se abrem para que possamos conhecer Oxóssi: o caçador de uma flecha só. O provedor, o pai do conhecimento, da pesquisa, da investigação. Oxóssi é o nosso grande Pai Ancestral. É aquele que traz o alimento para casa, alimento esse que provém de uma caçada de esperança. Oxóssi é o trabalhador brasileiro que sai para caçar boas formas de se viver em um mundo que não nos quer. Direção: Betse de Paula. Duração: 26 min. Classificação: 10 anos. Horário alternativo: 09 de julho, domingo, às 10h30.

Domingo, 09/07 

18h – ''Lobo do Lobo e a Literatura Latino-Americana'' (Série) – Episódio: ''Mariana Enriquez''

Escritora e jornalista, Mariana Enriquez se notabiliza por divertir-se com a morte, a crueldade e a violência. Pensar a natureza do mal é uma mera trivialidade da vida. Sua literatura é um caso de amor com o terror. Escreve sem receios. Seu compromisso, diz, é com a linguagem e não com o real. Traz às costas o fantasma de Silvina Ocampo, sobre quem escreveu um ensaio biográfico. Direção: Daniel Augusto. Duração: 52 min. Classificação: Livre.

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