O documentário inédito 'Victor Hugo e Os Miseráveis' investiga a obra clássica da literatura mundial

Divulgação Curta!

Em 1862, aos 60 anos de idade, Victor Hugo publicou o romance "Os Miseráveis", sobre a vida de Jean Valjean, um homem condenado a cinco anos nas galés (que se transformam em 19 anos de prisão) por roubar um pão. O livro se tornou um escândalo e despertou no povo o clamor por justiça. Chegou-se a questionar o que levou um conservador como Victor Hugo a escrever algo tão subversivo. E são as origens e as heranças deste clássico da literatura mundial o tema do documentário inédito ''Victor Hugo e Os Miseráveis'', a ser exibido pelo Curta! com exclusividade.

Através de entrevistas com escritores e pesquisadores, o documentário investiga a história por trás de "Os Miseráveis", buscando compreender por que esse romance tem cativado as pessoas ao longo de 150 anos. Explora os temas universais presentes na obra e sua ressonância contínua com diversos públicos. 

"Os Miseráveis" é descrito pela escritora da Academia Francesa Danièle Sallenave como um livro perigoso, que amedronta os poderosos e desperta um sentimento de esperança nos desfavorecidos. A produção mostra que Victor Hugo desenvolveu uma consciência sobre a miséria durante as décadas de 1930 e 1940. Essa percepção foi, segundo Dominique Moncond'huy, professor de Literatura Francesa da Universidade de Poitiers, influenciada pelos encontros do autor com pessoas em situação de pobreza nas ruas de Paris. “Esse desenvolvimento, creio, anda de mãos dadas com a elaboração de um pensamento pessoal, que ele abraça ainda muito jovem”, destaca Moncond'huy.

Para Bradley Stephens, professor de Literatura Francesa da Universidade de Bristol, o que torna "Os Miseráveis" atraente é que a obra incentiva o leitor a considerar a interconexão de toda a humanidade, independentemente de raça, gênero, status social ou nacionalidade. “Hugo pede ao leitor que olhe além dessas diferenças superficiais e perceba, sob as dessemelhanças, um elo que une toda a humanidade”, diz Stephens.

“A genialidade de Victor Hugo é que todos os personagens que ele compôs, em uma época, são verdadeiros em todos os tempos e são verdadeiros em todos os países”, analisa Alain Boublil, autor do musical que tem o mesmo nome do livro. Ele reconhece que é a história em si que cativa o público e sua mensagem não se desgasta com o tempo.

''Victor Hugo e Os Miseráveis'' pode ser assistido também no CurtaOn – Clube de Documentários, disponível na Claro TV+ e em CurtaOn.com.br. Novos assinantes inscritos pelo site têm sete dias de degustação gratuita de todo o conteúdo. A estreia é na Quinta do Pensamento, 29 de junho, às 23h.

Curta! celebra aniversário de Gilberto Gil com exibição de ‘Tropicália’

Em comemoração ao aniversário de 81 anos de Gilberto Gil, dia 26 de junho, o canal Curta! exibe o documentário "Tropicália". O filme, dirigido por Marcelo Machado, reavalia o impacto do movimento tropicalista na cultura brasileira, que ocorreu no final dos anos 1960, e busca compreendê-lo. Com uma produção que consumiu cinco anos de pesquisas, o documentário se destaca por sua capacidade informativa e emocional, permitindo que novas gerações compreendam um período histórico que não viveram e que outros possam recordar aqueles momentos.

O documentário resgata um período em que a cena musical brasileira estava efervescente e os festivais revelavam uma nova geração de talentos. O Brasil vivia a ditadura militar, que acabou levando Caetano Veloso e Gilberto Gil ao exílio. Além deles, o movimento tropicalista contava com nomes como Gal Costa, Arnaldo Baptista, Rita Lee e Tom Zé. Eles misturaram tradições populares com novidades artísticas, criando o Tropicalismo, que abalou as estruturas da sociedade brasileira e influenciou várias gerações.

Além de fotografias e imagens de filmes e shows da época já conhecidas pelo público, o documentário traz cenas inéditas, descobertas após investigação minuciosa. Um exemplo é a participação de Caetano e Gil no Festival da Ilha de Wight, na Inglaterra, em 1970. Caetano, já exilado e após meses de prisão, canta a canção "Shoot me dead" acompanhado pelo escritor Antonio Bivar no pandeiro.

O filme traça conexões entre o Tropicalismo e outras manifestações artísticas da época, como o Cinema Novo, representado pelo diretor Glauber Rocha e filmes como "Terra em transe", bem como o trabalho transgressor do diretor teatral José Celso Martinez Corrêa e do artista plástico Hélio Oiticica, responsável pelo nome "Tropicália". O documentário também esclarece equívocos, como a suposta rivalidade dos tropicalistas com Roberto Carlos durante a era da Jovem Guarda. A produção evidencia a abordagem antropofágica adotada pelos tropicalistas, que mesclaram influências dos sons nordestinos dos pífanos com as guitarras elétricas dos Beatles. A exibição é na Segunda da Música, 26 de junho, às 22h30. 

Segunda da Música (MPB, Jazz, Soul, R&B) – 26/06

22h30 – ''Tropicália'' (Documentário) 

Tropicália é um retrato de um dos movimentos mais marcantes na cultura brasileira, o Tropicalismo. Feito com imagens de arquivo dos anos 1960, o documentário traz material fotográfico, sequências de filmes e programas de TV recuperados e deliciosamente embalados pela música de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes e Tom Zé. Um momento de descoberta e confronto no início dos anos de chumbo. Direção: Marcelo Machado. Duração: 87 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 27 de junho, terça-feira, às 02h30 e às 16h30; 28 de junho, quarta-feira, às 10h30; 01 de julho, sábado, às 16h; 02 de julho, domingo, às 22h30.

Terça das Artes (Visuais, Cênicas, Arquitetura e Design) – 27/06

23h – ''Novo Mundo, Pintura de Rua na América Latina'' (Série) – Episódio: ''Equador''

As imagens que ilustram os muros das cidades modernas guardam uma estreita relação com os seus habitantes. Na América Latina, essa relação é ainda mais profunda, uma vez que a sua arte urbana nasceu ligada a processos de resistência, rebelião e transformação que marcaram as últimas décadas. A realidade de indivíduos e grupos silenciados na cultura “formal” ganha voz neste fenômeno social e estético, que traz à tona traumas, reivindicações e sonhos que jamais circulariam de outra forma dentro da indústria cultural. A série explora um país diferente a cada semana. Os artistas do Equador são enfocados neste episódio. Direção: Belisario França e Juan Tamayo. Duração: 60 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 28 de junho, quarta-feira, às 03h e às 17h; 29 de junho, quinta-feira, às 11h; 02 de junho, domingo, às 11h.

Quarta de Cinema (Filmes e Documentários de Metacinema) – 28/06

22h30 – ''O Método'' (Documentário)

O filme se debruça sobre a arte e o ofício de representar a realidade nas telas. Durante um ano, o professor Carlos Roberto Franke entrevistou documentaristas do Brasil e da Alemanha para seu projeto de pós-doutorado. Após reunir um vasto material sobre o tema, convidou a diretora Liliana Sulzbach para, juntos, desenvolverem um filme que abordasse os métodos utilizados pelos realizadores. Entre os documentaristas entrevistados, estão a diretora alemã Kerstin Stutterheim, com seu rigor formal; Eduardo Coutinho, que explica suas técnicas para entrevistas e sua forma de conceber um filme; Silvio Tendler e seu engajamento; Bertram Verhaag e Inge Altemeier, com propostas investigativas; além da visão politizada de Joachim Tschirner e a da experiência jornalística de Washington Novaes. Direção: Liliana Sulzbach e Carlos Roberto Franke. Duração: 80 min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 29 de junho, quinta-feira, às 02h30 e às 16h30; 30 de junho, sexta-feira, às 10h30; 02 de julho, domingo, às 16h15.

Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 29/06

23h – ''Victor Hugo e Os Miseráveis'' (Documentário) 

O nascimento do livro “Os Miseráveis”, romance que se tornou um monumento da literatura mundial, e a metamorfose política de seu autor rumo aos ideais do progresso social. Direção: Grégoire Polet. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 30 de junho, sexta-feira, às 03h e às 17h; 01 de julho, sábado, às 15h; 02 de julho, domingo, às 21h30.

Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) – 30/06

23h – ''Rastreando Klaus Barbie'' (Documentário)

Conhecido como “Açougueiro de Lyon”, Klaus Barbie foi um oficial de alto escalão da organização paramilitar nazista SS e, posteriormente, chefe da unidade da Gestapo (a polícia secreta de Hitler) em Lyon, na França. Durante a Segunda Guerra Mundial, enviou mais de 7 mil judeus para campos de extermínio e ficou conhecido pela brutalidade com que torturava seus prisioneiros. Depois do fim da guerra, fugiu para a América do Sul e se tornou espião dos Estados Unidos durante a Guerra Fria. Este documentário retrata a trajetória e o julgamento do oficial nazista, com destaque para a proteção que ambos os serviços secretos, da Alemanha e dos EUA, ofereceram a ele, ainda que em períodos diferentes. Sua produção baseou-se em pesquisas realizadas pelo historiador alemão Peter Hammerschmidt e em arquivos históricos. Direção: Christophe Brulé, Vincent Tejero. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horário alternativo: 01 de julho, sábado, às 03h.

Sábado, 01/07 

20h30 – ''Caminhos dos Orixás'' (Série) - Episódio: ''Yemanjá - Um oceano chamado Mãe''

A série apresenta os principais orixás do candomblé, seus arquétipos e suas representações. Neste episódio, o tema é yemanjá, divindade associada aos rios. O primeiro caminho que os africanos cruzaram para chegar na diáspora foi o oceano. Quem venceu essa travessia trouxe, em sua memória (orí), os conhecimentos ancestrais. Se 70% do nosso corpo são constituídos por água, somos regidos pela força que yemanjá emana. Direção: Betse de Paula. Duração: 26 min. Classificação: 10 anos. Horário alternativo: 02 de julho, domingo, às 10h30.

Domingo, 02/07 

20h30 – ''De Volta a Basquiat'' (Documentário)

A vida e a obra do artista nova-iorquino Jean-Michel Basquiat foram marcadas por uma longa busca de identidade, por suas origens familiares haitianas e porto-riquenhas e por uma viagem de redescoberta à África. Retratar este grande pintor do século XX, que morreu em 1988 com apenas 27 anos, é também evocar o lugar dos artistas negros americanos nos Estados Unidos marcados pelo conservadorismo dos anos Reagan. Direção: Pierre-Paul Puljiz. Duração: 52 min. Classificação: Livre.

Anderson Ramos

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