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De passagem pelo Rio de Janeiro, o escritor africano Mia Couto é o entrevistado do programa 'GloboNews Míriam Leitão' desta quarta-feira, dia 19. Nascido em Moçambique, ele já recebeu dezenas de prêmios, incluindo o Camões. Mia lançará, no segundo semestre deste ano, 'As Pequenas Doenças da Eternidade', livro de contos que terá relação com a pandemia de Covid-19. À jornalista, o escritor fala sobre a importância de olhar para a diversidade.
''Essa África que existe no Brasil, que constitui parte do Brasil, ela é muito ignorada. E, do mesmo modo, a minha geração e as seguintes de escritores temos muito do Brasil também. A escrita dos brasileiros dos anos 50, 60 marcaram intensamente tudo aquilo que nasceu em Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Angola. Acho que é importante revisitar o nosso passado com mais detalhes. Por exemplo, eu verifico que a inspiração da luta contra o racismo no Brasil é muito pouco fundada na experiência africana. Como é que os africanos resolveram isso? Como é que foram superando essa herança racista colonial? E é muito virada para os Estados Unidos da América. Porque todos os tipos de preconceitos que existem nos EUA foram absorvidos. A África está presente nas suas modernidades e vale a pena perceber, por exemplo, como a experiência em Moçambique da luta contra o racismo foi muito radical, e foi uma discussão muito positiva. Me olho como um moçambicano e não como um portador de uma raça'', afirma Mia.
A entrevista completa com o escritor Mia Couto vai ao ar no ‘GloboNews Miriam Leitão’ desta quarta-feira, dia 19, às 23h30, na GloboNews.
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