Divulgação Globo/Fábio Rocha |
Larissa Goes acumula muitos talentos que a levam a protagonizar a terceira temporada da série mais arretada da Globo. Além de atriz, ela tem em comum com sua personagem, Rosalinda, a faceta de ser cantora. Nascida no Ceará, sua carreira perpassa experiências no teatro, no cinema e na TV, tendo participado de trabalhos como a novela ‘Velho Chico’, dirigida por Luiz Fernando Carvalho, o telefilme ‘Baião de dois’, de Alan Debberton, e a série ‘Meninas do Benfica’, de Roberta Marques e Luciana Vieira.
Interpretada por Larissa, a charmosa e destemida Rosalinda é a vocalista de uma banda de forró itinerante que chega à terceira temporada de 'Cine Holliúdy', com estreia nesta quinta-feira, dia 27. Ela decide largar a estrada e fincar raízes em Pitombas para viver uma paixão arrebatadora com Francisgleydisson (Edmilson Filho). O encontro inesperado acontece e o cinemista começa a viver os altos e baixos de ter sorte no amor e azar no jogo. É que a bilheteria do seu cinema vai de mal a pior, já que o avançar dos anos 70 impulsionou de vez a televisão, e os moradores só querem saber de ver novela.
Os pombinhos se conhecem quando Francis está afogando as mágoas num bar pela partida de sua ex-namorada. No palco, Rosalinda está de olho nele e, no fim da noite, o chama para uma dança. Apesar do “rastapé” com outras moças do recinto, é ela quem acerta em cheio o coração do cabra, que não perde tempo em se declarar. Mas a lua de mel dura pouco. Preocupado em manter sua amada e seu estabelecimento, Francis está todo endividado, sofrendo perseguições de credores sanguinários, quando decide selar um pacto com uma figura misteriosa (Alexandre Borges), que promete salvar seu cinema, lhe dando fama e sucesso.
Confira a entrevista com a protagonista Larissa Goes:
Como foi a experiência de gravar 'Cine Holliúdy'? De que maneira você se preparou para viver essa personagem?
Gravar o Cine Holliúdy foi um tanto desafiador, e prazeroso também. Foi uma experiência que me fez aprender muito enquanto artista, ao entrar em contato com a linguagem do Cine. Eles estavam, paralelamente, terminando de gravar o finalzinho da segunda temporada, quando eu comecei a gravar a terceira. A Rosalinda é uma artista cearense, ela chega na cidade fazendo uma apresentação e, depois, pretende partir para outra cidade e fazer mais shows, eu vejo nisso uma coisa bem mambembe e cigana, esses foram signos que me ajudaram a compor a personagem. Junto disso, teve um trabalho de figurino, caracterização, roteiro, direção, e a relação que se estabelecia com a equipe enquanto eu gravava, tudo isso ajudou a criar a Rosalinda. Me deparei com muita gente generosa, que estava disposta a me ajudar a encontrar a Rosalinda comigo. Tive esse desafio de pegar um trabalho que já estava com o bonde andando, mas eu pude aprender muita coisa e fiquei muito feliz.
Rosalinda chega na terceira temporada de Cine arrebatando o coração de Francis, mas fica dividida quando percebe que ele fez um pacto duvidoso. Como você avalia a relação dos dois?
A relação dos dois é muito intensa. Quando ela chega na cidade e decide ficar, ela decide por ela mesma, sabe? Eles viveram uma noite muito forte, mas ela tem o poder da escolha. Eu vejo nela uma segurança de tomar essa decisão, sabendo que, em outro momento, ela pode tomar outra, a partir do que ela vai percebendo. Ela impõe o que prioriza na relação.
Como artista nascida no Ceará, qual é a importância de uma obra como 'Cine Holliúdy' para a cultura regional e nacional?
O Cine Holliúdy é uma obra muito original. Quando eu assisto, vejo muitas cores, muita musicalidade, muita dança nas movimentações, nas corporeidades. É isso que eu vejo no Ceará, então eu me identifico com a série. Acho legal, também, que a gente tem espaço para colaborar no roteiro. Às vezes a gente implementa alguma expressão que cabe, algo que a gente usa muito no Ceará. Então é importante a gente ter essa abertura, a gente se sente ainda mais em casa. O Cine Holliúdy traz essa leveza, esse jogo de cintura para determinadas situações. Esse colorido e esse humor fazem parte da cultura cearense.
Como você recebeu o convite para protagonizar a terceira temporada?
O convite surgiu de forma bem inusitada. O Hermínio, que é o produtor de elenco, entrou em contato comigo pelas redes sociais e me pediu um material, me enviou um texto. Eu fiquei feliz só de saber da possibilidade, e ainda nem sabia que seria para fazer a protagonista. Eu só sabia que precisaria ficar seis meses morando no Rio, então eu tinha que me programar bem. Quando as coisas foram acontecendo, eu já fui ajustando toda a minha vida, entendendo que eu teria que passar essa temporada no Rio. Eu fiquei muito feliz, vibrei muito quando soube que deu certo, que eu ia encarar esse desafio.
O que o público pode esperar da terceira temporada de Cine?
A terceira temporada vem com tudo, cheia de nuances, narrativas, muita graça. O fio condutor é uma história de arrepiar, esse pacto que o Francis vai fazer e esse amor louco que ele vive. Tudo isso dentro desse contexto do Cine Holliúdy, onde ele tem que movimentar uma indústria de audiovisual de forma independente, ainda tem essa resistência que ele faz em prol da arte. Essa mistura de linguagens se faz de forma muito feliz. A Rosalinda, que chega cantando, dançando, traz esse lado cigano, mambembe, artístico. Vem o Diabo, também, que traz um peso e, ao mesmo tempo, traz uma graça. Ele é ridicularizado inúmeras vezes, então eu acho que a gente brinca muito com isso nessa temporada. Cada episódio é uma fantasia muito doida e surreal, mas, ao mesmo tempo, é tudo muito crível. A história vai se fazendo de forma lúdica e envolvente. Espero que todo mundo goste, a gente fez com muito amor e carinho.
‘Cine Holliúdy’ é uma série criada e escrita por Claudio Paiva e Marcio Wilson, baseada no longa-metragem homônimo escrito e dirigido por Halder Gomes e coproduzido pela Globo Filmes. A terceira temporada é escrita por Marcio Wilson com Péricles de Barros, Gabriela Amaral e Angélica Lopes, e colaboração de Marcelo Magano. A direção artística é de Patricia Pedrosa com direção de Halder Gomes e Renata Porto. A produção é de Erika da Matta e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
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