Confira a entrevista com a terceira colocada do BBB 23: Bruna Griphao

Divulgação Globo/João Cotta

Já conhecida pela carreira de atriz, Bruna Griphao topou entrar no 'BBB 23' e se mostrar em sua totalidade. No confinamento, se comprometeu a ser 100% verdadeira e se jogar na experiência. Como resultado, colheu os bônus e ônus de aparecer sem máscaras diante de tantos brasileiros, e o terceiro lugar do reality show, que lhe garantiu o prêmio de R$ 50 mil. Foi a recordista de lideranças da edição, posto conquistado quatro vezes durante o programa, e uma das participantes com mais embates com os concorrentes. Deixou seu lado amoroso e seu jeito explosivo às claras. Defendeu aliados, foi presença cativa no “after dos crias”, além de ser a jogadora que ficou por mais tempo sem receber nenhum voto em formações de paredão. Olhando para trás, acredita que a história que escreveu dentro do ‘Big Brother Brasil’ aconteceu como deveria. “O BBB é muito além do que eu esperava. É um jogo de pessoas, sim, mas também é um jogo jogado. É muito doido quando você entende que os participantes são peças também. Tudo tem uma proporção maior do que a gente imagina. As pessoas vêm assistir as nossas trocas no jogo que são, também, as nossas trocas na vida. Além disso, eu não imaginava encontrar pessoas de quem gostasse tanto, tantas amizades e afetos”, descreve em retrospectiva.
 
A seguir, Bruna também fala sobre o jogo em grupo, avalia os impactos da volta de sua maior aliada ao game em uma dinâmica de repescagem, comenta erros e revela que seu próximo lançamento na música já tem data marcada.
 
Participar do BBB era como você imaginava? 
Não era nada do que eu imaginava! Demora a cair a ficha de que estamos sendo gravados. Só conseguimos perceber quando assistimos a algumas coisas de lá de dentro. Por exemplo, lembro que caiu a minha ficha quando eu assisti ao vídeo do Fred indo para o quarto branco, exibido na festa dele do líder. Ali eu fiquei: “Caramba, estamos realmente sendo filmados”. Porque a gente esquece, só vive a vida. Viver o ‘Big Brother Brasil’ é muito diferente de assistir. Eu, pelo menos, quando assistia, não tinha noção das dinâmicas. Lá dentro você entende cada uma delas com perfeição, é o que você sabe viver, o que você sabe fazer, o que você espera. Ficamos imaginando: “Fulano vai ter um contragolpe, mas que pode ser do mais votado do líder ou da casa, etc”. É muito louco, eu não esperava que fosse ficar tão imersa nessa atmosfera. O BBB é muito além do que eu esperava. É um jogo de pessoas, sim, mas também é um jogo jogado. É muito doido quando você entende que os participantes são peças também. Tudo tem uma proporção maior do que a gente imagina. Quando vemos a dimensão de uma prova, a dimensão do jogo da discórdia, etc, falamos: “Tá rolando e é real”. As pessoas vêm assistir as nossas trocas no jogo que são, também, as nossas trocas na vida. Além disso, eu não imaginava encontrar pessoas de quem gostasse tanto, tantas amizades e afetos. Foi tudo muito além do que eu esperava em vários quesitos.
 
Como foi chegar à reta final do programa ao lado de três grandes amigas? 
Foi muito legal! Nossa união lá dentro foi muito importante para a gente se fortalecer mesmo. A gente foi se enxergando uma na outra, vendo força uma na outra, e foi dando certo, fomos ficando. Foi muito emocionante. O que eu via nelas era o que elas viam em mim; a gente ia se impulsionando. Foi uma história linda a que vivi com elas. Já estou morrendo de saudade das “desérticas”, juro! (risos)
 
O que achou do resultado da final? 
Eu já esperava! Depois que eu vi o VT da Amanda, eu pensei: “Hum, a Amanda vai ganhar”. Ali eu chutei Amanda em primeiro lugar, Aline em segundo e eu no terceiro. A Aline achava o inverso nas nossas posições, mas eu acertei. Agora a Amanda me deve um carro porque ela tem três. Fora os milhões que ela ganhou... Podia deixar um carro doado para a gente (risos). Foi muito legal!
 
Você foi a participante que passou mais tempo sem receber nenhum voto nesta temporada. A que se deveu esse fato, na sua visão?
Eu falei brincando no Bate-papo da #RedeBBB que foi porque eu era lisa, mas na verdade não era uma estratégia de game, era porque eu ia me dando bem com as pessoas. Eu construí muitos afetos no Fundo do Mar e acho que, por isso, eu deixei de ser uma opção de voto para o grupo. Se esse BBB não estivesse dividido em dois grupos, acho que eu receberia voto muito antes. Como nos grupos os integrantes votavam juntos em uma mesma pessoa e eu tinha pessoas que gostavam muito de mim e preferiam não me votar, ninguém votava, até as que não gostavam, para não desperdiçar voto. Foi muito sobre esse lugar de ter construído relações muito verdadeiras e muito firmes.
 
Aconteceram diversos embates entre você e a Domitila durante o confinamento, assim como diversas reconciliações. O que te incomodava ou atrapalhava na Domitila? 
Não era bem isso de atrapalhar. A nossa história começou a dar errado quando eu a vetei da primeira prova. Depois disso, começamos a trocar farpas. E ela ia muito para cima: acontecia uma coisinha, virava indireta, brincadeira. Na verdade, ela foi quem se fechou mais para mim, ficou chateada, e fomos construindo uma relação meio ruim a partir dali. Mas a gente aprendeu a se gostar. A Domitila me divertia muito! Acho que também tem muito a ver com a gente ter seguido caminhos diferentes no BBB, quartos diferentes. Talvez se eu estivesse no mesmo quarto que ela, teríamos construído uma amizade maior, eu não teria vetado ela de prova e nada disso teria acontecido. Não tem como saber. Ela falou uma vez: “Eu poderia indicar a Bruna, mas a gente se ama” (risos). E é real. A gente se dava bem, o que era engraçado.
 
Você e Ricardo também tiveram desentendimentos durante o programa, no entanto quando ele deixou o quarto Deserto você classificou como uma atitude traíra. Como enxerga a parceria com ele no confinamento? Gostaria que ele continuasse sendo um aliado seu? 
O Facinho [Ricardo] se tornou um irmão. Quando brigamos e ele saiu do quarto teve a mágoa pela amizade. Era uma pessoa de que eu gostava muito. Nós dois somos muito explosivos e fomos nos magoando. Lá dentro as coisas tomam uma outra proporção, mas a gente conseguiu conversar e zeramos tudo porque a gente é bobo, nosso coração é mole (risos). Eu amava muito ele, ainda amo, é meu irmão. Liso toda vida (risos)! Criamos uma amizade muito maneira, a gente ria muito, trocava muita ideia. É uma pessoa que eu vou levar para a minha vida, se tudo der certo. Quanto a seguir como aliado, sinto que a história da forma como foi construída foi muito perfeita, sabe? Eu não mudaria nada. Acho que foi interessante para o Facinho sair do grupo, e depois era nítido que ele amava a gente (risos). Ele não saía de perto da gente! A gente entrava no quarto Deserto e estava ele lá, deitado. E eu falava: “O que você está fazendo aqui? Você não é mais daqui” (risos). Ele queria voltar para o Deserto, no final das contas, tanto que ele falava sempre “nós é nós”. Mas acho que a história foi como ela tinha que ser. Essa movimentação dele foi importante para ele e para a gente também, para a gente se reorganizar, se reavaliar. Por incrível que pareça, ele era a pessoa com quem mais eu trocava ideia, mesmo depois de tudo isso. A gente ficava muito junto, conversava demais. E apesar de a gente começar a jogar separado, ele estava no meu Top 5. Foi tudo como tinha que ser. 
 
O Cezar também foi seu alvo no jogo e, depois que ele decidiu ir para quarto Deserto, a relação de vocês se estremeceu ainda mais. Essa mudança chegou a atrapalhar alguma movimentação do seu grupo ou era um incômodo apenas de convivência? 
Quando o Cezar foi para o nosso quarto a gente tinha acabado de brigar. Mas, eu olhei para ele e disse: “Pode ficar com a minha cama”. A gente o abraçou. Com ele foi uma questão de quebra de expectativa. Ele falou que preferia estar ali do que com pessoas que eram falsas com ele. No dia seguinte, quando ele teve que dar o monstro que levava ao paredão, ele indicou duas pessoas do nosso quarto. Eu fiquei bolada, mas entendendo. Só que ele é muito cabeça dura. Chegou no quarto falando que estava ali para incomodar mesmo. Aí, de novo, era briga. Depois chegamos a conversar, nos desculpamos. A Larissa até disse que isso de eu sempre querer resolver as coisas estava sendo criticado aqui fora. Mas era real, eu não conseguia fazer diferente. Quando o Cezar saiu, fiquei com uma sensação muito ruim. Ontem, quando o reencontrei na final, pedi desculpas. O Black é uma pessoa muito boa e tenho muito carinho por ele. Infelizmente as questões do jogo foram falando mais alto, acabei passando do ponto, mas é isso, acontece.
 
Além deles, Key Alves, Fred Nicácio e Cristian também apareceram como desafetos seus em diferentes momentos do BBB. Quem você via como maior rival no reality? 
Não sei se eu via alguém como rival. Eu tive embates, questões no game com essas pessoas. Mas rivalidade acho que não.
 
Jogar em grupo foi bom ou ruim para o seu game, na sua visão? 
Eu queria fazer diferente, e acho que todo mundo também teve essa sensação. A gente até tentou desfazer o grupo, mas não dava porque o outro lado jogava em grupo. Virou uma questão de sobrevivência e para proteger as pessoas que a gente gostava. Ninguém ia desfazer, todo mundo já tinha entendido que ia ser assim. Do contrário, não iria funcionar. No meu caso, no Deserto, eu tinha pessoas que gostava muito. A gente sempre se afinou muito e só discordou lá na frente, quando eles queriam colocar a Marvvila no paredão. Não era difícil jogar com eles, a minha opinião geralmente era a mesma da maioria do quarto. Se algo muito doido acontecesse e não pudesse mais combinar voto, tudo bem. Mas, na dinâmica em que a gente estava, era o que dava para fazer.
 
Antes de entrar no programa, você tinha dito que o público conheceria uma outra Bruna que não via pelas suas redes sociais. Que Bruna você acredita que foi no ‘BBB 23’? 
Louca, completamente caótica (risos). Meu Deus! Mas, é isso: fui muito verdadeira, até demais.
 
O seu temperamento explosivo ficou bastante evidente na casa. Acha que essa característica impactou no seu desempenho? Teria se segurado mais ou feito algo diferente nesse aspecto? 
Com certeza impactou. O fato de eu ter sido muito verdadeira, 100% eu, e ter me jogado tanto, tem o lado positivo e o negativo porque você mostra o seu melhor e o seu pior. Era um pior que eu não via mais há muito tempo em mim, só que no confinamento do BBB as coisas tomam outra proporção, é tudo muito intenso, maior. Os gatilhos vêm, coisas de que você achava que estava curada vê que não está, e acaba caindo nos mesmos padrões, no mesmo ciclo. Com certeza se eu pudesse voltar atrás teria respirado mais, teria pensado: “Calma, não é isso que você veio fazer, pelo amor de Deus; para”. Mas, na hora, só não dava e eu era explosiva. Na mesma hora eu me arrependia, não era uma coisa que me orgulhava. Eu sabia que era um defeito meu, que eu achava que estava adormecido, mas vi que nem tanto.
 
Você viveu um relacionamento breve no BBB e, depois, preferiu não se envolver com mais ninguém, mesmo tendo recebido declarações. Acha que foi a melhor decisão?
Acho que sim. Menos problemas! (risos).
 
Você tinha dito que não gostaria que ninguém voltasse ao game, nem se fosse um aliado seu. Sendo a Larissa, o que mudou na sua perspectiva?  
Foi muito especial a Larissa voltar, muito importante. E já que alguém teria que voltar, que voltasse a Larissa, né? (risos). Mas foi muito, muito, muito legal quando ela voltou. Estávamos muito abaladas com as sequências de eliminações de pessoas do nosso quarto e o retorno dela foi uma força, um impulsionamento. Quando ela voltou, eu consegui respirar, olhar e falar: “Bora, vamos que vamos, estamos juntas”. Minha maior aliada, melhor amiga no jogo e a pessoa mais importante para mim na casa voltou. Então, querendo ou não, foi muito bom tê-la de volta.
 
Com a volta da Larissa ao jogo, você, Aline e Amanda se uniram ainda mais no BBB. Que diferenças você vê na estratégia que planejavam seguir antes e depois do retorno dela? 
Eu, pelo menos, estava com dificuldade de separar meus afetos do game. Porque, de fato, eu tinha muito afeto pelas pessoas do outro quarto. Só que eu não entendia que não dava para ter afeto por todo mundo também, era preciso fazer o jogo rolar. Tentei muito tempo preservar quem eu gostava e votar apenas nas pessoas com quem eu tive algum atrito, alguma rusga. Só que em determinado momento do jogo não dá mais para priorizar muito isso. Quando a Lari voltou, ela trouxe muito isso do “afeto é afeto, game é game”. Essa volta da Larissa, somada a minha indicação pela Sarah Aline ao paredão, foi uma virada de chave. Larissa trouxe para a gente muita sede de jogo.
 
Seu single “Bandida” não só foi lançado durante o BBB como atingiu mais de 1 milhão de streams enquanto você estava no reality. O que isso representa para você? 
Eu nem sabia se isso era muito, mas cheguei aqui fora e me falaram que era (risos). Foi muito importante. Quando a música tocou pela primeira vez no BBB eu nem acreditei. Lá parece que você está vivendo um metaverso, e quando vem alguma coisa de fora, ainda mais sendo uma coisa tão pessoal e importante, é muito legal. Gostei muito de ouvir, de ver as pessoas de dentro da casa mesmo gostando, cantando, se divertindo, enquanto aqui fora isso estava acontecendo. Foi muito especial, muito maravilhoso.
 
Quais são seus próximos planos para na música e para a carreira como atriz? Há outros lançamentos planejados para os próximos meses? 
Espero e quero trabalhar muito, agora, com as duas coisas. Estou com saudade de atuar, estou com saudade do começo dessa carreira de cantora, que ainda nem começou (risos). Quero voltar, me dedicar, estudar, fazer tudo certinho. Fazer arte, que para mim era o que eu mais estava sentindo falta de fazer no BBB. Arte, para mim, sempre foi terapia, cura. E já posso adiantar: meu próximo lançamento na música é no dia 3 de maio!
 
Estão abertas as votações do Prêmio gshow Rede BBB, que elege os melhores momentos dos brothers e sisters na casa mais vigiada do país. Ao todo serão oito categorias: “Viralizei”, “A grande fic”, “Hablou mesmo”, “Ensaboado(a)”, “Quem foi o gato(a) sorrateiro(a)?”, “Quem foi o biscoiteiro(a)?”, “Afetos ditam prioridades” e “Tiro, porrada e bomba”. Os fãs do programa poderão votar até esta quarta-feira, dia 26, quando acontece também o anúncio dos vencedores em uma live. Disponível no gshow e Globoplay, a transmissão do prêmio começará às 16h e contará com a presença de participantes da edição. Jeska Grecco, Patrícia Ramos e Vivian Amorim comandarão a live.  
 
No Multishow, também nesta quarta-feira, Bruno de Luca e Ana Clara recebem os participantes da edição para relembrarem os momentos mais marcantes no BBB - O Reencontro, às 20h30. O programa marca o primeiro encontro oficial dos participantes após o encerramento do reality e promete colocar muito fogo no parquinho! Já na sexta, dia 28, será a vez do BBB - Inimigos do Fim, a partir das 21h. Todo o time de apresentadores do ‘BBB 23’ se encontra para uma resenha exclusiva entre quem viveu todas as emoções da temporada de pertinho. O bate-papo terá, ao vivo, Ana Clara, Bruno De Luca, Tadeu Schmidt, Vivian Amorim e Patrícia Ramos. 

O ‘BBB 23’ tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. 

Postar um comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do O Universo da TV.

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato