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O quinto programa inédito da série documental Estádios Históricos, produção original da TV Brasil, visita o estádio Moisés Lucarelli, conhecido como "Majestoso", sede da Ponte Preta, clube de Campinas, no interior de São Paulo. A edição apresentada neste domingo (5), às 18h30, fica disponível no app TV Brasil Play.
O município paulista é tema de outro episódio da atração. O conteúdo sobre o Brinco de Ouro da Princesa, estádio do Guarani, principal adversário do alvinegro campineiro, está previsto para entrar na programação do canal público em abril.
A temporada de estreia do seriado vai até seis estádios em São Paulo e sete no Rio de Janeiro. Os destinos da produção em Sampa são: Canindé (Portuguesa), Vila Belmiro (Santos), Brinco de Ouro da Princesa (Guarani), Moisés Lucarelli (Ponte Preta), Rua Javari (Juventus) e Nicolau Alayon (Nacional).
Já no Rio de Janeiro, a série mostra sete construções históricas do futebol carioca. Na capital, as atrações contemplam Laranjeiras (Fluminense), São Januário (Vasco), Gávea (Flamengo), Moça Bonita (Bangu), Luso-Brasileiro (Portuguesa) e Ronaldo Nazário (São Cristóvão). Na região do sul do estado, o programa viaja até o Raulino de Oliveira (Volta Redonda).
Estádio é marco na trajetória da Ponte Preta
A série Estádios Históricos, da TV Brasil, resgata o advento do estádio Moisés Lucarelli a partir do depoimento de torcedores ilustres da Ponte Preta. Com 122 anos de existência, o centenário time campineiro é considerado hoje um dos clubes de futebol mais antigo do país.
As cores que representam a equipe são o preto e branco. O uniforme também se destaca e consiste em uma camisa branca caracterizada por uma faixa negra diagonal. A marcação inicia na área próxima ao ombro esquerdo e termina na porção direita do quadril.
Desde a fundação, em 1900, o lema da entidade esportiva é a resistência. A instituição teve entre seus fundadores o primeiro jogador negro do futebol nacional, Miguel do Carmo. Ao longo de sua história, a Ponte Preta enfrentou situações de preconceito e racismo. Os jogadores sofreram discriminação.
No início da prática esportiva, o elenco era formado por operários, negros e pessoas simples. Os atletas da equipe eram chamados de macacos pelas torcidas adversárias. De uma forma positiva, a Ponte Preta transforma o apelido maldoso em uma das primeiras mascotes femininas no futebol brasileiro, a Macaca.
Outra adversidade encarada pelo alvinegro se referia exatamente ao fato de por muito tempo não ter estádio próprio para mandar seus jogos. A equipe era chamada pelos rivais de um time com apenas "11 camisas".
Em sua trajetória, a Ponte Preta ainda lida com prejuízos financeiros e perda de jogadores, mas a mobilização de seus torcedores faz a diferença. O clube alcançou sucesso na campanha para a construção de seu estádio na década de 1940. O Moisés Lucarelli vira motivo de orgulho para todo o seu fanático público.
Apesar de não ter conquistado tantos títulos, a história reserva essa vitória repleta de suor, lágrimas e emoção ao time. A ideia de pertencimento se fortalece ainda mais e a Ponte Preta mantém uma torcida apaixonada pela equipe do coração. A narrativa promove memórias muito latentes para os alvinegros.
Surgimento do "Majestoso"
Inaugurado em 1948, o estádio da Ponte Preta foi uma construção feita com doações realizadas por torcedores do clube durante anos. No começo, a capacidade do Moisés Lucarelli era de 35 mil espectadores. Hoje, após reformas, a arena está liberada para pouco mais de 17 mil pessoas nas arquibancadas.
A alcunha de "Majestoso" para o estádio da equipe alvinegra se deve porque sua capacidade na época da inauguração, nos anos 1940, era a terceira maior do país. O estádio campineiro ficava atrás apenas do Pacaembu, em São Paulo, e de São Januário, no Rio de Janeiro.
Sem recursos para erguer o estádio, o clube contou com o apoio de associados, de torcedores e da comunidade. O nome Moisés Lucarelli homenageia um sócio da Ponte Preta que contribuiu para adquirir o terreno, idealizar o estádio e ajudar na mobilização para arrecadar fundos e tornar o sonho realidade.
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