'Globo Repórter' mostra as joias do litoral do Piauí

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Os 66 km de extensão do litoral do Piauí enganam quem se apega aos números. Eles não dão conta do tanto de riquezas naturais que a equipe do 'Globo Repórter' encontrou na área de proteção ambiental e que vai apresentar no programa desta sexta-feira, 24 de março. Os repórteres Fernanda Grael e Renan Nunes conduzem a expedição pela costa piauiense, na  coprodução com a TV Clube, afiliada da TV Globo no estado. A viagem por esse universo particular erguido entre dunas gigantescas, com mais de 70 ilhas, começa ainda em território maranhense e segue o caminho das águas, rumo ao Piauí. Por lá, os jornalistas descobrem um emaranhado de rios e igarapés, onde já se percebe os efeitos das mudanças climáticas. A derrubada das matas faz com que mais areia desça das dunas para os rios. “Tá aterrando o lugar de onde a gente tira marisco... Tinha dia d’eu pegar 50kg. Hoje, se eu tirar 6, 8 kg de marisco, tiro muito.”, revela a marisqueira Kátia Pessoa. 
 
Na Ilha Grande de Santa Isabel, o programa encontrou Pedro Militão, de 84 anos, e Dona Graça, de 73. O casal mora numa casa, com uma floresta de cajueiros no quintal, o habitat escolhido por um animal raro: um tamanduaí, a menor espécie de tamanduá do planeta. Seu Pedro também apresenta a equipe uma garrafada que espanta o mau-olhado e protege o corpo, feita com alho roxo, hortelã e casca de almesca e de catuaba. “De tudo eu boto! Tome, acredita em Deus Pai e no Espírito Santo”, diz ele enquanto serve a repórter Fernanda Grael, que fala sobre os efeitos da bebida: “É um suadouro que vem de dentro, um negócio que vem!” 

Divulgação Globo

A fama de que piauiense recebe com o coração vai se confirmando e Renan Nunes leva a colega para conhecer outra atração do litoral do seu estado: a Pedra do Sal, onde fica o mais antigo farol da Costa do Piauí, construído em 1873, quando o Brasil ainda era um império. Os dois navegam noite a dentro pelo Delta em busca de vida. “É... só à noite, muitos animais saem da toca, do esconderijo pra se alimentar. E outros só são revelados com as luzes das nossas lanternas”, explica Fernanda, que passeia pelo território dos répteis. 
 
A APA do Delta do Parnaíba tem mais de 80 espécies de répteis e anfíbios registrados. É chegada a hora de a equipe conhecer a noite das serpentes. São mais de 30 tipos diferentes, entre elas a suaçubóia, prima das jiboias e das sucuris, famosa por ser uma cobra dorminhoca. “Dessas setenta ilhas que a gente tem boa parte dela nunca foi visitada por nós, biólogos. Faltam recursos financeiros e pesquisadores especializados nessas áreas e boa parte dessa biodiversidade ainda é desconhecida. Esse é o mecanismo de defesa. Ela abre essa boca pra intimidar o predador dela, o possível predador dela. Eu acho um dos bichos mais bonitos!”, diz o guia Pedro Costa da Silva. 
 
O passeio ainda revela uma visão privilegiada do local. “Cadê a lua? Nooosa! Pelo amor de Deus!”, exalta Fernanda ao encontrá-la e agradece ainda o bom presságio piauiense: “Nossa expedição tá com bons fluidos... tomara que nos traga sorte!”. 
 
O 'Globo Repórter' vai ao ar depois do ‘BBB 23’.

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