''Comecei o espetáculo e daqui a pouco eu não sabia nada'', conta Vera Holtz para Marcelo Tas sobre o branco que teve no palco

Divulgação/ Giovanna Carvalho

Nesta terça-feira (21/3), Marcelo Tas conversa com a atriz e diretora de teatro Vera Holtz, que está em cartaz com o monólogo Ficções, inspirado no best-seller Sapiens, de Yuval Noah Harari. No bate-papo, a atriz conta histórias inusitadas de início de carreira, sobre quando teve um ‘branco’ em cena, fala sobre novelas brasileiras, redes sociais e muito mais. O Provoca vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.
 
Tas pergunta para Vera se não teve nenhum dia que ela deu um ‘tilt’. “Deu, eu já tive tilt, tilt, branco mesmo, alguns momentos que eu esquecia (...) e a gente sempre tinha medo do dia que tudo podia ser esquecido, e esse dia aconteceu (...) comecei o espetáculo e daqui a pouco eu não sabia nada (...) eu pedi licença e a gente interrompeu aquele dia, parou”, conta a atriz.
 
Em outro momento da entrevista, Holtz fala sobre o lugar mais inesperado que já a reconheceram. “Acho que Cingapura (...) uma pessoa ficou correndo atrás de mim de burca, uma mulher (...) eu estava com umas meninas que falavam árabe e ela era do Irã e ela via Por Amor, que eu fazia com o Marco Ricca, e batia nele porque ele tinha uma vida paralela (...) a mulher de burca falou: é essa a mulher, eu preciso tocar nela (...) olha o alcance da novela brasileira”.
 
No programa, Vera comenta sobre como vê o perfil das pessoas nas redes sociais. “Eu leio, o que eu posso ler nessa pessoa, ela está querendo mostrar que é vaidosa, se sente bonita, está insegura, desejando alguém que fique ao lado dela, ou tem a autoestima maravilhosa (...) eu fico lendo, para mim é literatura, é personagem, é criação”, diz a atriz.
 
A diretora conta ainda que no começo da carreira ela ganhava dinheiro fazendo sopa e "mostrando a bunda". “No Rasga Coração eu queria ganhar mais (...) entre uma cena e outra, tinham duas sessões no sábado, eu fazia a cena, corria a escada do Villa-Lobos, preparava o panelão de sopa e descia para fazer a próxima cena (...). Tinha uma cena que uma menina aparecia de costas (...) só de cinta liga e com a bundinha de fora (...) era só uma ceninha de bundinha e sair, ai a atriz que fazia saiu (...) e eu falei: posso fazer a bunda também?”, conta rindo Vera.

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