Allana Lopes e Ana Paula Valverde são as convidadas do ‘PoliCast’ desta terça (07) que comentam sobre a ligação de mãe e filha entre suas personagens em Poliana Moça e outros assuntos de vida

Divulgação SBT

A relação conturbada entre mãe e filha é o tema central do ''PoliCast'' desta terça-feira (07), que traz Ana Paula Valverde e Allana Lopes, intérpretes de Tânia e Celeste, respectivamente, em ''Poliana Moça''. As convidadas falam sobre o laço maternal entre suas personagens, além de contar sobre os sonhos e o vínculo das duas fora das telinhas. O episódio vai ao ar às 21h30 no canal da novela do YouTube e nas plataformas de áudio.

As atrizes já participaram da atração e agora voltam em dupla para declarar detalhes da trama. “Eu estou muito feliz de estar de volta, quase livre, leve e solta, porque tem uns ‘poréns’ que eu não posso contar”, declara Ana Paula sobre grandes promessas na novela que estão por fim.

Em Poliana Moça, Celeste, abandonada desde criança, descobre, após muitas investigações, que Tânia é a mãe que tanto procurava. No início, Tânia mentia para tentar fugir, mas logo acaba entregando o jogo. E de inverdades e revelações a relação delas é baseada. Com o tempo, Tânia expõe para a filha que é a Cobra, a chefe da comunidade Jardim Bem-Te-Vi, a grande vilã da história. Mas acaba usando seus poderes de persuasão para colocar Celeste nos planos da família, o que acaba gerando uma dúvida no amor genuíno. 

“Eu encontrei na Celeste uma maneira de humanizar essa personagem, só que ela não é uma personagem que sabe doar amor, ela tem um passado muito difícil, ela é uma oportunista, então, ela viu na Celeste uma oportunidade de conseguir chegar mais próxima dos planos dela, porque ela é muito estrategista, manipuladora, então, ela vê aquela oportunidade e aproveita. Ela é visionária. Ela é fria, ela não confia em ninguém, ela não sabe ser mãe, não consegue ter essa relação. Eu sinto que a Tânia não se afeta muito no amor, ela se afeta na dor, na raiva e quando age por impulso é porque se sentiu diminuída”, expressa Ana.

“Tadinha da Celeste, porque ela vive um conflito. Ela ama essa mãe, isso é fato. Por exemplo, até quando a Celeste pede dinheiro para a mãe, isso é uma maneira de falar: ‘tenha responsabilidade comigo, eu sou sua filha’. Ela tem uma desconfiança, porque ela foi no orfanato, foi atrás da mãe e quando encontrou, a mãe mentiu e falou: ‘eu não sou sua mãe’. Tem uma desconfiança, mas ao mesmo tempo ela ama muito essa mulher, ela quer estar com essa mulher, ela se inspira, tudo que a Tânia fala para a Celeste fazer ela acaba fazendo, não é que ela não desconfie, ela tem medo de não ser amada”, diz Allana.

“Eu acredito que sim tenha um afeto na relação delas, mas não é um afeto convencional”, pontua Valverde.

Nos últimos capítulos, a Cobra obriga Celeste ir atrás de Roger, Waldisney e Violeta para impedir que eles se entregassem à polícia e acabassem com os esquemas dela. Nessa busca, Celeste se apresenta como filha de Tânia, o que acaba sendo uma grande surpresa para Roger, que também desconhecia o paradeiro da filha. Essa cena acaba sendo uma grande reviravolta na novela.

“Para a Celeste foi um baque, não só por descobrir quem é o pai, mas mais uma vez uma mentira na relação com a Tânia. O pai é uma outra pessoa, a Tânia tirou uma oportunidade que ela tinha, de saber quem era o pai, e o Roger conta uma história que ela não sabe se é verdade, ela quer acreditar e aí surge mais um conflito”, comenta a jovem atriz.

“Tem essa dualidade da Tânia. Por exemplo, a idade da Celeste bate um pouco com a dos outros filhos do Roger. O que veio nessa relação? A Celeste é fruto de um adúltero? Eles tiveram um caso? Se a Tânia que deixou a Celeste no orfanato, por que a culpa cai só na mulher?”, alega a intérprete da vilã.

Já sobre a vida pessoal, as atrizes respondem qual foi a maior conquista já realizada:

“Minha maior conquista foi conseguir fazer o que eu gosto que é atuar e me manter financeiramente com isso, porque a gente sabe que é um mercado difícil para você conseguir uma estabilidade. Muitas vezes, você está estudando atuação ou faz teatro e precisa de outra renda para se manter. Para mim foi uma grande conquista me manter no trabalho fazendo o que amo”, alega Allana.

“Eu também acho que a questão da profissão muito importante, porque não é fácil conseguir se manter no mercado, tem gente que deslancha logo de cara, mas isso é uma ilusão, porque é muito trabalho, é muito estudo, é muita relação, você tem que lidar com os hiatos, você acaba o trabalho e as pessoas perguntam qual é o próximo. É uma pressão, parece que se você não está exercendo sua profissão, você não tem sua profissão. Ela só se valida se você está no ar, e na televisão, se você falar que está no teatro, todo mundo pergunta: ‘mas quando você vai fazer televisão ou cinema?'. Isso existe e mostra como a cultura é muita defasada no nosso país. [...] A capacidade de poder se reinventar é a maior conquista de todas”, discursa Valverde.

As duas entrevistadas sempre afirmaram  a parceria delas entre as cenas, um fato que fortificou a amizade fora dos estúdios. Mensagens de carinho e admiração são trocadas no programa:

“Uma coisa que gosto muito na Ana é que ela é calma, ela é firme, ela tem uma firmeza, ela é direta, não tem medo de falar o que pensa”, compartilha Lopes.

“A Allana é muito antenada em tudo. A Allana propõe muito e nesse jogo a gente teve muita confiança uma na outra, acho que por isso nossas cenas tem muita cumplicidade, porque a gente confiou. É uma coisa de energia, mas há uma postura séria no trabalho”, finaliza Ana Paula.

O podcast “Policast” vai ao ar toda terça, logo após a exibição da novela, no canal de Poliana Moça no YouTube e nas plataformas de áudio

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