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A primeira edição do programa Todas as Bossas em 2023 celebra o choro, gênero musical tipicamente brasileiro. Para reverenciar o estilo bem nacional, a TV Brasil exibe um espetáculo que combina apresentações de grandes personalidades neste sábado (7), às 23h15.
A produção reúne artistas consagrados que já gravaram no palco do histórico estúdio 3 da emissora pública. Participam do especial o veterano Zé da Velha, o consagrado Silvério Pontes e o experiente Zé Paulo Becker. O programa ainda conta com os músicos do grupo Os Matutos e do coletivo Choro na Rua.
Com uma hora, a atração resgata repertório de clássicos e composições autorais que destacam como a sonoridade do chorinho permanece presente na cena cultural do país. Apresentado pela jornalista e cantora Bia Aparecida, o Todas as Bossas pode ser acompanhado também pelo app TV Brasil Play.
As músicas escolhidas para integrar a homenagem ao choro contemplam sucessos de autores consagrados como "Noites Cariocas", obra de Jacob do Bandolim, fundador do lendário conjunto Época de Ouro. A seleção traz ainda canções marcantes do porte de "Os Oito Batutas" e "Chorinho de Gafieira", referências do gênero.
Clima intimista no estúdio da emissora
A produção temática do Todas as Bossas resgata e valoriza o ritmo do choro. A ideia é reconhecer os principais nomes especializados no gênero e abrir espaço aos talentosos artistas das novas gerações que revitalizam o chorinho.
Em clima intimista, o especial da TV Brasil traz uma das últimas apresentações do trombonista Zé da Velha, que está com 80 anos e é reconhecido como um dos maiores solistas de choro no país. O ícone tem uma longeva e profícua parceria de vários discos e trabalhos na música instrumental brasileira com o também célebre Silvério Pontes. Uma das iniciativas da dupla é o projeto Choro na Rua.
Em sua carreira, o compositor e trompetista Silvério Pontes integrou a equipe de sopros nas turnês de saudosos astros como Luiz Melodia e Elza Soares, além da banda Vitória Régia, de Tim Maia.
Também trabalhou com Ed Motta e Cidade Negra. Está sempre envolvido com muitos projetos como as apresentações da Banda do Síndico, em que divide o palco com os músicos que tocaram com Tim Maia.
Os integrantes do grupo Os Matutos surpreendem com a expertise musical. Com habilidade, os artistas executam vasto repertório próprio com técnica singular no estúdio da emissora pública. Os jovens contribuem na difusão do choro e dão aula competência e aptidão no show para os fãs de boa música.
A atração do Todas as Bossas ainda conta com a importante participação de uma das maiores referências da música instrumental do país: o violonista e compositor Zé Paulo Becker. Ele apresenta grandes obras com o também violonista Rogério Caetano, outro nome que é referência para a cultura brasileira.
Origem do chorinho
Considerado o primeiro gênero urbano genuinamente nacional, o choro surgiu no Rio de Janeiro, no século XIX. A estética desse modo peculiar de tocar os instrumentos tem origem com a mistura de elementos das danças de salão europeias, da música africana e da música popular portuguesa.
Gênero bem carioca, o chorinho remete a grandes astros da música brasileira. Alguns dos principais representantes das primeiras gerações do choro são o flautista Joaquim Callado e os pianistas Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga.
O consagrado Pixinguinha ajudou a consolidar o choro e foi o maior compositor do gênero. O talentoso músico fez história: era virtuose na flauta, exímio arranjador e mestre do contraponto improvisado ao saxofone.
O legado de Pixinguinha e de seus antecessores permanece latente. Esses imortais são influência para chorão de qualquer século. Os bambas estabeleceram os pilares do gênero e da música popular no Rio. A difusão da sonoridade pelas bandas e por meio do rádio ganhou espaço em todo o território nacional.
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