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A TV Brasil apresenta a série inédita de reportagens "Intolerância Religiosa", com três matérias especiais, a partir desta quarta (18). A emissora pública exibe o conteúdo temático nos telejornais Repórter Brasil Tarde e Repórter Brasil, respectivamente às 12h15 e às 19h, até sexta (20).
A produção jornalística destaca casos de violência contra pessoas que professam determinada fé e ataques a templos religiosos. Ainda traz entrevistas com representantes de diversos credos. A série faz referência ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, lembrado anualmente em 21 de janeiro.
Com matérias diárias do repórter Maurício de Almeida, a pauta dos telejornais do canal público traz depoimentos de lideranças religiosas que demonstraram preocupação sobre o tema. Os entrevistados das atrações debatem o panorama e recordam episódios de grande repercussão.
Pauta em debate na primeira reportagem
A primeira matéria aborda situações de intolerância contra religiões de origem africana. Marco Xavier, dirigente da Tenda Espírita Caboclo Flecheiro Cobra Coral, afirma que o templo religioso coordenado por ele já sofreu diversos ataques. O espaço fica em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O convidado ressalta que não esperava essa reação e lamenta as invasões ao terreiro que já foi bastante depredado. O preconceito em relação à umbanda foi caso de polícia em diversas ocasiões. Somente após mais de 30 ocorrências registradas pelas autoridades, o agressor foi preso e deixou o local.
A série de reportagem da TV Brasil ressalta que eventos como este infelizmente não são isolados. Os últimos números do serviço "Disque 100", que recebe denúncias de violações contra os direitos humanos, revelam dados alarmantes.
Apenas entre janeiro e julho do ano passado foram registradas 518 ocorrências de intolerância religiosa em todo o país. Em 2021, foram 915. De acordo com especialistas que estudam o assunto, a quantidade é ainda maior porque as agressões são subnotificadas.
Nas pautas das matérias seguintes do especial, religiosos ligados à Igreja Católica falam que a natureza destes ataques quase sempre está ligada ao racismo. O rabino Nilton Bonder menciona a preocupação com o surgimento de movimentos neonazistas. Já o representante do Islamismo diz que a religião também sofre com o preconceito, principalmente quando os muçulmanos são associados ao terrorismo.
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