Créditos: Humberto Souza |
No dia 25 de novembro é celebrado o Dia Mundial de Luta pelo Fim da Violência Contra a Mulher. Uma batalha que envolve diferentes atores da sociedade e que pode ter na educação uma essencial ferramenta de enfrentamento. Para fomentar conversas e discussões sobre o tema, a Globo reuniu nesta terça-feira, 22 de novembro, executivos de mercado e parceiros do Terceiro Setor no evento ‘Mulheridades’ no gexperience, em São Paulo. Além de mesas de debate, o evento marcou o lançamento da quarta fase da campanha da empresa sobre o tema, com o objetivo de trazer luz ao enfrentamento do ciclo da violência de gênero, levando em conta que o comportamento violento não surge do dia para a noite. Todo esse movimento é parte da atuação estratégica da Globo, que apoia causas e iniciativas sociais relevantes para o desenvolvimento da sociedade brasileira, integrado à Jornada ESG da empresa.
A abertura do evento e lançamento da campanha ficaram por conta da atriz Isabel Teixeira, que interpretou a personagem Maria Bruaca na novela ‘Pantanal’. A primeira mesa foi inspirada no quadro ‘Isso tem nome’, do ‘Fantástico’, que caracteriza os diferentes tipos de violência que as mulheres sofrem. Sob mediação da repórter Ana Carolina Raimundi, a atriz Isabel Teixeira, a educadora parental Elisama Santos e a diretora de Riscos e Compliance da Globo, Carol Bueno, falaram sobre o papel da educação no enfrentamento desse problema, e que são muitas as formas de educar, inclusive, por meio de conteúdos audiovisuais. ‘Educar para não-violência é revolucionário para a sociedade. Mas não é só sobre os próprios filhos, é sobre uma sociedade melhor’ disse Elisama durante a conversa.
O filósofo e roteirista Renato Noguera também trouxe uma importante contribuição para o evento, ao falar sobre o papel do homem nesse processo e a relevância da educação como catalisadora de esperanças. A última mesa do ‘Mulheridades’, mediada pela apresentadora Laura Vicente, reuniu a fundadora da Rede Mulher Empreendedora, Ana Fontes, a atriz e humorista Nany People e a gerente de Diversidade e Inclusão da Globo, Kellen Julio, para discutir o protagonismo feminino. ‘Gosto da palavra irmandade feminina, o conceito de que uma mulher ajuda a outra’, declarou Ana Fontes ao ressaltar a importância do apoio mútuo entre as mulheres.
O encontro também apresentou uma intervenção artística de movimento de corpo durante a programação com a coreógrafa Tainara Cerqueira, além de uma ativação com a personagem Ladybug.
Campanha na TV
A chamada conceitual da quarta fase da campanha de enfrentamento à violência contra a mulher será veiculada na TV Globo e nos canais pagos da empresa. Abordando a educação para a não-violência, o filme retrata a agressividade a que as crianças estão expostas desde muito novas. Por serem vítimas diretas e indiretas da violência doméstica, as agressões naturalizadas nessa fase da vida produzem marcas muitas vezes irreversíveis e alimentam o ciclo que pode as transformar em adultos agressores ou coniventes com agressão.
Apesar de trazer as agressões sob o prisma do desenvolvimento de uma criança até a fase adulta, a mensagem da campanha é dirigida aos pais, responsáveis e pessoas que convivem com os pequenos e que auxiliam em sua formação. A peça traz fotos de família e amigos em momentos corriqueiros ou de celebração, num movimento que mostra a ideia de continuidade, enquanto a locução conduz para exemplos de momentos em que a criança presenciou agressões de todos os tipos ao longo da vida até, na fase adulta, passar de espectador a agressor. O objetivo é a conscientização do ciclo e a interrupção dele.
O filme termina com a frase ‘quando uma criança cresce com a violência, a violência cresce com ela’ seguida da hashtag #JuntosContraAViolência. A peça marca a nova fase da campanha que começou em 2020, durante a pandemia, quando houve um aumento significativo nos casos de violência contra as mulheres.
Debate do tema no conteúdo
A Globo reforça seu compromisso com o tema fomentando iniciativas, lançando campanhas e promovendo a conscientização da população ao inserir em seus conteúdos o debate do combate à violência contra a mulher.
Atualmente, em ‘Cara e Coragem’, a abordagem de relacionamentos tóxicos, assédio moral e violência contra suas parceiras é retratada através do personagem Renan, interpretado por Bruno Fagundes. Na trama, ele é um coreógrafo da dança vertical, que em diferentes relacionamentos ao longo da história demonstra atitudes machistas e violentas. Em todas as situações costuma adotar a mesma prática: seduz, demonstra uma falsa fragilidade e depois faz com que suas namoradas sintam-se ‘culpadas’ por situações que o desagradam e transparece ciúmes excessivo. Desta forma, ele justifica sua violência verbal e física contra elas. Assim aconteceu com Lou (Vitória Bohn), Isis (Mika Makino) e, recentemente, com Jéssica (Jeniffer Nascimento).
‘Rei do Gado’, trama exibida atualmente no ‘Vale a Pena Ver de Novo’, da TV Globo, traz a história da personagem Leia Mezenga (Silvia Pfeifer), que sofria violência doméstica do amante Ralf Tortelli (Oscar Magrini).
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